terça-feira, 19 de novembro de 2013

«O VALE DA HONRA»

Anos 60 do século XIX : a família Anderson vive no vale de Shenandoah cuidando, em paz, dos seus campos, enquanto todo o Sul está mergulhado no drama da guerra civil. Contrariando a manifesta vontade dos seus filhos mais velhos (que acham que não cumprem o seu dever), o velho chefe do clã tenta preservar a neutralidade dos seus e alhear-se da tragédia que se avizinha. A sua atitude vai mudar radicalmente, quando o mais jovem dos seus filhos é abusivamente capturado por tropas nortistas e enviado para um ignoto campo de prisioneiros... Esta magnífica película produzida para a companhia Universal é, quanto a mim, uma das melhores e mais emocionantes obras jamais realizadas por Andrew V. McLaglen. «O VALE DA HONRA» («Shenandoah»), datada de 1965, é uma fita colorida, com uma duração de 105 minutos, que conta com uma verdadeira plêiade de bons actores. Tais como James Stewart, Doug McClure, Glenn Corbett, Patrick Wayne, Katharine Ross, Philip Alford, Rosemary Forsyth, Jim McMullan, Paul Fix, etc, etc. De realçar, também, nesta excelente fita, é a banda sonora da autoria do compositor Joseph Gershenson. «O VALE DA HONRA» teve vasta divulgação em DVD. Título brasileiro : «Shenandoah, o Paraíso Perdido».

MISTÉRIO...

Em 1985, o «Mundo de Aventuras» -título mítico da BD em Portugal- começou a publicar uma aventura westerniana intitulada «Shannon». Que todos os amadores do género, leitores da supracitada publicação, acharam excelente. Aqui publicamos, aliás, a prancha de abertura da referida história aos quadradinhos, que confirma isso mesmo. Quero aqui deixar duas ou três perguntas sobre «Shannon» e sobre o seu autor, o artista português António Ruivo. Porque razão é que esta história não foi, posteriormente, editada em álbum ? -Que é feito do autor de «Shannon» e porque razão não publicou mais nada ? Confesso que isso me intriga há muito tempo... (Clique na imagem para a ampliar).

RORY CALHOUN, HERÓI DE WESTERNS

///////// Com cerca de 30 westerns na sua filmografia, Rory Calhoun (1922-1999) foi uma das figuras mais emblemáticas daquele que já foi considerado «o género (fílmico) mais genuíno do cinema americano». Depois de ter vivido uma existência algo conturbada num bairro pobre de Los Angeles (com passagens pela prisão), Francis T. McCown (seu verdadeiro nome) exerceu, sucessivamente, as profissões de lenhador, de vaqueiro, de pugilista e de motorista. Disse-se, durante muito tempo, que a sua estreia no cinema foi proporcionada por um feliz encontro com Alan Ladd, que lhe teria oferecido a possibilidade de trabalhar em Hollywood. Mas, segundo o interessado, isso é pura lenda. A verdade, no dizer de Calhoun, é que a oportunidade surgiu quando esperava um autocarro numa paragem situada junto dos estúdios da M.G.M. e que aí lhe foi oferecido o papel de duplo num filme de Bucha e Estica. Agradada com o desempenho desse atlético moço (com 1,91 m de altura),  a agência de Sue Carol (então esposa do supracitado Alan Ladd) ofereceu-lhe um contrato, abrindo-lhe, assim, as portas da chamada Meca do Cinema. Rory Calhoun estreou-se, verdadeiramente, numa produção da 20th. Century-Fox (datada de 1944) intitulada «Something for the Boys», cuja estrela era a famosa luso-brasileira Carmen Miranda. Depois dessa primeira experiência, os seus papéis foram ganhando estofo e o seu nome a ser conhecido e apreciado. Fez muitas dezenas de filmes, especializando-se -a partir de 1949- em papéis de herói do Faroeste, com os quais ele forjou o essencial da sua carreira. Que foi particularmente longa, pois só foi interrompida nos anos 90 do século XX. Nem tudo aquilo que Rory Calhoun fez é excelente; mas, ainda assim, tem a qualidade suficiente para que o seu nome tenha perdurado na memória de todos os 'westerners' do planeta. Em homenagem a este actor, aqui deixo a lista (que eu julgo ser exaustiva) das  fitas de cowboys em que ele participou e que nos encantam :

01- «O RIO DO MASSACRE» («Massacre River», de John Rawlins, 1949);
02- «SAND» (inédito em Portugal, de Louis King, 1949);
03- «A TICKET TO TOMAHAWK» (inédito em Portugal, de Richard Sale, 1950);
04- «RESGATE DE HONRA» («Return of the Frontierman», de Richard L. Bare, 1950);
05- «ROGUE RIVER» (???, de John Rawlins, 1951);
06- «MENSAGEIROS DO PERIGO» («The Silver Whip», de Harmon Jones, 1953);
07- «SANGUE NO RIO» («Powder River»), de Louis King, 1953;
08- «THE YELLOW TOMAHAWK» (inédito em Portugal,  de Lesley Selander, 1954);
09- «RIO SEM REGRESSO» («River of no Return», de Otto Preminger, 1954);
10- «4 ESPINGARDAS EM FUMO» («Four Guns to the Border», de Richard Carlson, 1954);
11- «TUDO POR TUDO» («Dawn at Socorro», de George Sherman, 1954);
12- «O TESOURO DE PANCHO VILLA» («The Treasure of Pancho Villa», de G. Sherman, 55);
13- «O SIGNO DAS ARMAS» (Red Sundown», de Jack Arnold, 1956);
14- «ROCHEDOS HUMANOS» («The Spoilers», de Jesse Hibbs, 1956);
15- «ESTA MULHER É MINHA» («Raw Edge», de John Sherwood, 1956);
16- «HOMENS DIABÓLICOS» («Utah Blaine», de Fred S. Sears, 1957);
17- «THE HIRED GUN» (inédito em Portugal, de Ray Nazarro, 1957);
18- «CORRIDA DA VINGANÇA» («Ride Out for Revenge». de Bernard Girard, 1957);
19- «KID, O AVENTUREIRO» («The Domino Kid», de Ray Nazarro, 1957);
20- «MEU SANGUE POR MINHA HONRA» («The Saga of Hemp Brown», de R. Carlson, 58);
21- «TERRITÓRIO APACHE» («Apache Territory», de Ray Nazarro, 1958);
22- «THE GUN HAWK» (inédito em Portugal, de Edward Ludwig, 1963);
23- «AS ESPORAS NEGRAS» («Black Spurs», de R. G. Springsteen, 1965);
24- «YOUNG FURY» (???, de Christian Nyby, 1965);
25- «FINGER ON THE TRIGGER» (???, de Sidney W. Pink, 1965);
26- «APACHE UPRISING» (???, de R. G. Springsteen, 1966);
27- «BAD JIM» (???, de Clyde Ware, 1990).

Rory Calhoun também protagonizou vários trabalhos de sabor western para a televisão, sendo nomeadamente o herói da série «The Texan», que obteve algum sucesso popular.



domingo, 17 de novembro de 2013

«O MASCARILHA»

Datado de 2013, esta nova versão da lenda do 'Lone Ranger', revisitada e corrigida pelas produções Walt Disney, nada trouxe de novo -excepção feita dos efeitos especiais, que são realmente espectaculares- à percepção do mito. Excessivamente longo (2 h 30), achei-o maçador. Resumindo e concluindo, «O MASCARILHA» («The Lone Ranger»), realizado por Gore Verbinski, foi uma desilusão. Para mim e, segundo as notícias que circularam sobre o filme, para muitos cinéfilos do mundo inteiro. Colorido, com Johnny Depp (no papel de Tonto), Armie Hammer (no do justiceiro mascarado), Helena Bonham Carter, Mason Cook, James B. Dale, William Fichtner, Barry Pepper, Bryant Prince, Tom Wilkinson e Ruth Wilson. Título brasileiro : «O Cavaleiro Solitário». O DVD está prestes a ser lançado em Portugal.

«SHILLOH FALLS»

Provavelmente inédito em Portugal, este filme foi realizado, em 2007, por Adrian Full. No elenco artístico figuram os nomes de gente totalmente desconhecida, mesmo dos familiares do cinema western, tais como Forrest Witt, Rudolph Verivet ou Amber Jaeger. A acção tem a ver com a perseguição movida à quadrilha dos famigerados Dalton por um destemido representante da lei e da ordem. «Shilloh Falls» é uma fita colorida, com 90 minutos de duração. Título brasileiro desconhecido. Trata-se, presumivelmente, de um daqueles filmes que agora se fazem directamente para a indústria videográfica.

CREES DAS PLANÍCIES

Os Crees das planícies são um ramo dos Algonquins (originários do Leste), que, em época recuada, se estabeleceu nas grandes pradarias do Oeste canadiano. Precisamente nos territórios que constituem, hoje, as províncias de Alberta, Saskatchewan e Manitoba. Inimigos acérrimos dos Siksikas e dos Sioux, este povo estabeleceu relações estreitas com missionários franceses vindos do Quebeque, que os visitaram e com eles conviveram desde meados do século XVII. Reputados pela sua hospitalidade e pela sua honestidade escrupulosa, os Crees das planícies eram também de um natural generoso e confiante. Aliados dos Ojibwas e dos Bois Brûlés (mestiços franco-ameríndios do Canadá), os Crees das planícies participaram (ao lado das forças do malogrado Louis Riel) na famosa revolta de 1885, no Manitoba, contra as autoridades britânicas. Revolta que foi severamente reprimida. Em 1835, esta comunidade contava 4 000 almas; e, em 1858, eram já só cerca de 1 000 indivíduos. Hoje, as suas múltiplas tribos -espalhadas pelo Canadá, mas também pelo noroeste dos 'states'- contam várias dezenas de milhar de membros. Apesar da sua tradicional animosidade para com os Sioux, os Crees não se opuseram à breve estadia, no seu país, de Sitting Bull e de parte do seu povo, depois das perseguições que lhes foram movidas pelas autoridades ianques, após a sua histórica vitória em Little Big Horn. (As fotografias anexadas -que podem ser ampliadas- foram tiradas num acampamento Cree do Canadá por volta de 1870).

ESTÃO A CHEGAR (DE FRANÇA) MAIS NOVIDADES EM DVD

Depois do lançamento, a acontecer já na próxima semana, de 4 novos DVD's («Revoltados», «O Aventureiro», «Esta Mulher é Minha» e «O Homem que Ninguém Deteve»), a editora francesa Sidonis-Calysta prepara-se para nos presentear com mais 3 títulos inéditos na Europa. Com efeito, esta editora especializada nas fitas ditas 'de cowboys', já anunciou, para vésperas de Natal, a saída dos seguintes westerns : «Raízes Fortes» («Tap Roots», de George Sherman, 1948), «Fúria Selvagem» («The Great Sioux Uprising», de Lloyd Bacon, 1953) e «4 Espingardas em Fumo» («Four Guns to the Border», de Richard Carlson, 1954). Estou animado de grande curiosidade no que respeita o primeiro e o último dos filmes citados, que eu nunca tive a oportunidade de ver. Refiro, aliás, que muitos dos westerns editados pela suprarreferida firma não entravam nas minhas contas, pois sempre pensei que (por contingências de vária ordem) nunca chegariam a ser comercializados. Felizmente enganei-me redondamente; o que me causa, naturalmente, um legítimo regozijo.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

«SON OF THE MORNING STAR»

Não sei se este belíssimo telefilme alguma vez chegou a ser exibido nos canais de TV portugueses. E se o foi, qual o título que lhe atribuíram. De qualquer modo, quero dizer que o vi na televisão francesa e que considero esta obra (realizada em 1991 por Mike Robe, para o ABC Channel) uma das mais bonitas, mais interessantes e historicamente mais justas, que me foram dadas ver sobre as guerras índias e sobre a intervenção do 'general' Custer, no conflito que opôs este militar e o 7º Regimento de Cavalaria dos Estados Unidos aos povos da chamada Grande Pradaria. A batalha de Little Big Horn foi aqui 'montada' de maneira magistral. De maneira como ainda nunca se tinha visto (na minha opinião) no cinema hollywoodiano, do qual este episódio histórico foi tema recorrente. Colorido e com 187 minutos de duração «SON OF THE MORNING STAR» contou com a participação de inúmeros actores de reconhecida qualidade, tais como Gary Cole, Rosanna Arquette, Stanley Anderson, Edward Blatchford, George Dickerson, Rodney A. Grant, Tom O'Brien, Nick Ramus, Dean Stockwell, etc. Infelizmente, no nosso país (mas não só), à espera de um DVD com cópia desta obra verdadeiramente magnífica; que, no Brasil (país onde a cópia já foi editada), se intitula «Filho da Estrela Nascente».

O 'RENDEZ-VOUS' DOS HOMENS DA MONTANHA

O 'rendez-vous' era um encontro anual organizado, geralmente no mês de Julho, pelos caçadores das montanhas Rochosas. O local de encontro era previamente combinado e reunia, para além dos homens brancos que consagravam a sua vida à captura dos castores -cujas peles valiam ouro- membros das diferentes nações ameríndias, comerciantes vindos de localidades distantes (como St. Louis) e aventureiros de toda a espécie. Uma treva, entre inimigos e rivais, era estabelecida enquanto durava esse período festivo, durante o qual os participantes faziam negócios, participavam em corridas de cavalos e concursos de tiro ao alvo, organizavam lutas entre si e se entregavam a bebedeiras colectivas. Os negócios baseavam-se, em princípio, na troca de peles e de outros produtos da caça por géneros alimentícios (carne fumada, farinha, café, álcool), tabaco, mantas, bugigangas, recipientes (panelas, chaleiras), armas, pólvora e munições, machados, facas, etc, etc. Era também durante esse período de folguedos que os rudes homens da montanha contraíam casamentos com as únicas mulheres disponíveis naquelas recônditas e selvagens paragens : mulheres indígenas pertencentes a diferentes grupos étnicos do Faroeste. Geralmente o 'matrimónio' concretizava-se após a oferta ao pai da 'noiva' de um presente de valor; que podia ser uma cobiçada espingarda, um lote de bugigangas negociáveis, cavalos ou umas botijas de rijo uísque. O homem branco saía sempre a ganhar deste negócio, porque as mulheres ameríndias, para além de serem dóceis e dedicadas ao seu homem, eram trabalhadeiras e muito entendidas na preparação das peles de castor; que, depois do animal esfolado, elas pacientemente raspavam, secavam e preparavam em fardos prontos para serem vendidos a quem mais desse. Terminados os festejos do 'Rendez-vous', os participantes voltavam aos seus lugares de procedência (regiões de caça, acampamentos de Verão, localidades de origem) para se entregarem às suas actividades normais. O Inverno era -no que respeitava aos caçadores, brancos ou ameríndios- aproveitado para descansar; até à Primavera, época ideal para dispersar armadilhas e para refazer os 'stocks' de peles, que se negociariam no próximo e jubilatório encontro. Este hábito perdeu-se com a escassez de animais e também com a mudança dos gostos dos janotas do leste ou da Europa. Que, a partir de certa altura, começaram a desprezar a matéria-prima em questão. Hollywood mostrou o clima de festa eufórica que presidia a estes encontros. Estou-me a lembrar de filmes como, por exemplo, «Assim São os Fortes» («Across the Wide Missouri», de William Wellman, 1951) ou de «Os Homens da Montanha» («The Mountain Men», de Richard Lang, 1980) e, também e muito especialmente, da mini-série televisiva «Centennial», cujo título português desconheço.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

«CARGA HUMANA»

Contrariando a boa vontade do capitão Hunt, que tenta estabelecer laços de bom entendimento com os pele-vermelhas, o ministério da guerra decide entrar em conflito aberto com Acoma, o seu chefe. «CARGA HUMANA» é um filme colorido e com 76 minutos de duração, realizado -em 1951- por Irving Reis, para a Irving Ayres Production. Infelizmente, nunca vi esta fita, que contou com a colaboração dos conhecidos actores Lew Ayres, Marilyn Maxwell, Andy Devine, Raymond Burr, Jeff Corey, Ted de Corsia e John Hoyt. Título brasileiro : «Homens Verdadeiros».

«O ÚLTIMO DUELO»

«O ÚLTIMO DUELO» («The San Francisco Story») fala-nos da luta travada por dois amigos contra a corrupção política que grassa na Cidade da Porta Dourada, em meados do século XIX. Quando San Francisco era, mercê da descoberta do ouro californiano, uma das cidades mais prósperas do Oeste dos Estados Unidos. Uma história de amor floresce entre um dos justiceiros e uma mulher próxima de um dos políticos indelicados... Esta película, que tem a chancela dos estúdios Warner Bros., foi realizada, em 1952, por Robert Parrish e conta com as interpretações -nos principais papéis- de Joel McCrea e de Yvonne de Carlo. Filme com fotografia a preto e branco e com 80 minutos de duração. Título brasileiro «Pecadores de San Francisco».

«O SABRE E A FLECHA»

Esta película -produzida para os estúdios Columbia- foi realizada, em 1953, pelo excelente cineasta André de Toth. «O SABRE E A FLECHA» («Last of the Comanches») contou com a participação artística de Broderick Crawford, Barbara Hale, Johnny Stewart, Lloyd Bridges e Mickey Shaughnessy. Este filme colorido e com uma duração de 85 minutos coloca-nos no Oeste americano por volta de 1876 e conta-nos um episódio (ficcionado) da guerra travada entre a cavalaria dos Estados Unidos e os temíveis Comanches. Não nos trouxe nada de novo, a não ser a confirmação do 'savoir-faire' do seu realizador. Eu gostaria, no entanto, de arranjar uma cópia conveniente de «O SABRE E A FLECHA», para substituir a cópia tosca que possuo e que foi gravada, há muitos anos, numa TV estrangeira. Título no Brasil idêntico ao usado em Portugal.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

FAMÍLIA UTE

Esta autêntica fotografia de uma família de índios Ute data de fins do século XIX. De uma época em que esta orgulhosa e aguerrida nação autóctone das montanhas Rochosas já havia (há muito) deposto as armas e aceitado a infamante  'pax americana'. O chefe de clã, conhecido pelo nome de Severo, representa aqui a mais velha de três gerações. Atente-se no casaco azul (debotado e com galões do exército) do chefe; que pertenceu, sem dúvida, a um oficial da cavalaria dos Estados Unidos.

CHASCO ESTÁ A CHEGAR !

Criada pelo desenhador Ronald Guimarães e pelo argumentista Wilson Vieira (ambos brasileiros), a figura de Chasco -um novo herói westerniano- está em vias de aparecer por aí e de fazer a sua entrada triunfal no extraordinário mundo da banda desenhada. O álbum inicial já tem nome : «Na Trilha dos Abutres»; e terá, segundo informações credíveis, 140 páginas. Inspirado num dos 'homens sem nome' do westerm 'spaghetti', o principal protagonista desta história aos quadradinhos é, ao que parece, um aventureiro que calcorreia as pistas poeirentas e as localidades ('muy peligrosas') da fronteira mexicana. Cá o esperamos. E, verdade seja dita, com alguma impaciência...

QUÉ VIVA MEXICO Y ZAPATA TAMBIÉN !!!

Emiliano Zapata, 'el Caudillo del Sur', viu-se constrangido à rebeldia permanente : lutou sucessivamente -ao lado dos seus inúmeros seguidores- contra os regimes de Diaz, Madero, Huerta, Carranza... Procurando sempre conquistar melhores condições de vida e mais justiça para os seus compatriotas mais desprotegidos. O falhanço da sua aliança com Pancho Villa (outra figura incontornável da Revolução mexicana) precipitou a queda de ambos. Zapata foi atraído a uma cilada na 'hacienda' Chinameca e aí foi assassinado no dia 10 de Abril de 1919. Com uma vida tão prenhe de acção, é natural que Hollywood se tivesse aproveitado das aventuras de Zapata e as tivesse convertido nos filmes que todos recordam. O mais famoso de entre eles foi, sem dúvida, «Viva Zapata !», realizado em 1951 por Elia Kazan e com Marlon Brando no papel do grande revolucionário. Tal como os filmes sobre a guerra de Secessão, as fitas com acção decorrente durante o período revolucionário mexicano são assimiladas, pelos westerners, ao seu cinema de eleição. 'À tort ou à raison'. Daí, a existência deste 'post' no blogue WESTERNSAGA45.