domingo, 27 de outubro de 2013

«O REI DA PRADARIA»

Dirigido por R. G. Springsteen e estreado em 1959, este simpático western contou, a nível da interpretação, com um bom punhado de profissionais; de entre os quais destaco George Montgomery, Diane Brewster, Emile Meyer, Denver Pyle e Edgar Buchanan. O guião de Ford Beebe refere a história de dois cowboys apostados na captura de um soberbo cavalo selvagem. Sem saber que o dito já fora propriedade de uma jovem e bonita viúva, com problemas financeiros e de vizinhança com um ambicioso rancheiro. «O REI DA PRADARIA» («King of the Wild Stallions») é uma fita colorida, com 76 minutos de duração, que ostenta a chancela dos Artistas Associados. Sem DVD editado na Europa. Título brasileiro desconhecido.

«OS DOMINADORES»

Este filme é, certamente, o mais belo do chamado Ciclo da Cavalaria, de John Ford. Realizado em 1949, «OS DOMINADORES» («She Wore a Yellow Ribbon») conta-nos a emocionante história de um oficial da cavalaria dos Estados Unidos, veterano das guerras índias, que está a poucos dias da reforma; por causa limite de idade, mas quando ainda tem muito para dar à instituição militar. Magnífico ! Indispensável na colecção de todo o westerner que se preze. «OS DOMINADORES» («Legião Invencível», no Brasil) tem um elenco de luxo, já que é protagonizado por actores como John Wayne, Joanne Dru, Victor McLaglen (este no papel inesquecível sargento Quincannon, um homem truculento e beberrão), Ben Johnson, John Agar, Harry Carey Jr. Mildred Natwick e George O'Brien. Fita colorida, com 100 minutos de duração e largamente difundida em suporte DVD. Nota final : «OS DOMINADORES» é, não haja dúvidas, um marco importante na filmografia de mestre John Ford e um dos mais sublimes westerns militares de sempre.

«LUTA DE GIGANTES»

Intitulado «Apache Woman» nos Estados Unidos, «LUTA DE GIGANTES» teve realização e produção de Roger Corman. Datado de 1955, este western caracteriza-se (como muitas outras obras do supracitado cineasta) pela sua extrema simplicidade, ligada, sobretudo, à falta de meios de financiamento. «LUTA DE GIGANTES», que foi distribuído pela companhia American Releasing Corporation, teve como principais intérpretes os actores Lloyd Bridges, Joan Taylor, Lance Fuller, Morgan Jones e Paul Birch; tudo gente sem estatuto no mundo do celuloide. Segundo filme e segundo western de Corman, «LUTA DE GIGANTES» aborda o tema candente do racismo, contando a história de uma família mestiça, que é, simultaneamente, rejeitada por brancos e por índios. Interessante. Colorido e com 83 minutos de duração. Ainda sem DVD comercializado na Europa. Tenho uma cópia gravada na TV. Título brasileiro : «Pistoleiro Solitário».

«CAVALEIROS MALDITOS»

O filme «CAVALEIROS MALDITOS» («Naked in the Sun») foi realizado em 1957 por John Hugh, por encomenda da companhia Allied Artists. A sua acção decorre por volta de 1830, quando os primeiros colonos brancos começam a instalar-se nas regiões pantanosas da Florida. No território onde reina Osceola, caudilho dos temíveis Seminolas. Invocando uma figura histórica e uma situação de guerra verídica, este modesto filme conta-nos uma aventura pouco credível, que se desenvolve à volta de uma personagem ficcional -a índia Chechotah- que é alvo da cobiça de um negociante de escravos. Filmado a cores, esta fita é colorida e tem uma duração de 78 minutos. Os actores principais do cartaz são James Craig, Lita Milan e Barton MacLane. Sem DVD à vista. O título brasileiro desta película é-me desconhecido.

«COLE YOUNGER AND THE BLACK TRAIN»

Cole Younger -um dos mais famosos e temidos quadrilheiros do Faroeste- vive obsecado pela estranha visão de um comboio negro, no qual viaja uma personagem misteriosa; à qual o fora-da-lei atribui a personificação da sua própria morte. Western datado de 2012 (e que eu ainda não pude visionar), «COLE YOUNGER AND THE BLACK TRAIN» foi realizado por Christopher Forbes. O actor principal desta produção (destinada, essencialmente, ao mercado videográfico) é Cody McCarver, que é aqui coadjuvado por Jason Harbour, John Hudson, Clyde Fennell, Stan Fink, Daniele D. Dudley e por outros ilustres desconhecidos. Distribuidor : Lion Gates Entertainment. Colorido e com uma duração de 90 minutos. Ainda desconhecido em Portugal. Não sei porquê, mas qualquer coisa me diz que esta fita é mais uma das muitas produções sem qualidade que, ultimamente, têm surgido no comércio dos DVD's. Mas posso enganar-me redondamente...

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

MAIS UMA FOTOGRAFIA CURIOSA

Esta fotografia foi tirada em 1954 num intervalo das filmagens da película -patrocinada pelos estúdios Universal- «Terra Distante» («The Far Country»). Podemos ver, da esquerda para a direita : o produtor Aaron Rosenberg, o actor James Stewart, o realizador Anthony Mann e o técnico de imagem William Daniels. Belo ramalhete de responsáveis pela feitura de um dos mais belos (esteticamente falando) westerns da década. Esta fita foi, em grande parte, rodada no Canadá (na área reservada do Jasper National Park, Alberta), região que não é propriamente uma das mais quentes da América do norte. Daí toda esta gente envergar os agasalhos de circunstância.

SOBRE A VIDA...

«O que é a vida ?
É o brilho de um pirilampo na noite.
É o sopro de um bisonte no Inverno.
É a pequena sombra que corre na erva e se perde no sol posto».

**Crowfoot (1830-1890), um dos chefes históricos da nação dos Blackfeet**

As imagens representam Crowfoot, em 1884, rodeado pela sua família (fotografia tirada por R. G. Brook); e a capa de um livro -da autoria de Hugh A. Dempsey- consagrado à figura de um homem, de um ameríndio, verdadeiramente excepcional.

«CASTIGO DE MULHER»

«CASTIGO DE MULHER» («Woman of the North Country»), filme que eu nunca vi, foi realizado em 1952 pelo prolífico cineasta Joseph Kane, um dos grandes especialistas dos westerns de serie B. Produzido e distribuído pela Republic Pictures, esta fita conta a história (com acção ocorrida por volta de 1890, no Minnesotta) de uma rivalidade que opõe uma mulher rica e ambiciosa a um engenheiro de minas, que quer explorar um filão de minério que lhe pertence, mas que não tem meios financeiros para o fazer. O guião é inspirado numa novela escrita conjuntamente por Charles Marquis Warren e Prescott Chaplin. Os actores principais do elenco são Ruth Hussey, Rod Cameron, John Agar, Gale Storm, J. Carrol Naish, Jim Davis e Jay C. Flippen. Trata-se de uma película a cores, com 90 minutos de duração. Sem DVD à vista. Desconheço o seu título brasileiro.

«ARMADILHA»

«ARMADILHA» («Ambush») é um western de Sam Wood, que o realizou em 1949 para os estúdios da Metro Goldwyn-Mayer. Filmado a preto e branco e com uma duração de 89 minutos, esta fita contou com a colaboração artística de Robert Taylor, Arlene Dahl, Jean Hagen, John Hodiak, John McIntire e Don Taylor. A história narrada é a de uma patrulha de cavalaria, que tenta resgatar uma mulher branca prisioneira dos Apaches. Belas cenas de acção, típicas dos westerns militares do tempo. Este filme, que ainda não tem, por cá, cópia DVD, chama-se, no Brasil, «Armadilha», tal como no nosso país.

«RIDE BEYOND VENGEANCE»

Depois de uma ausência de 11 anos, durante os quais amealhou uma boa maquia, o caçador de bisontes Jonathan Trapp regressa ao lar. Mas, nas imediações de Coldiron City, é tomado por um ladrão de gado e agredido e despojado por três 'honestos' cidadãos. Que, levam a afronta ao ponto de o marcarem como uma simples rês. Trapp, que sobreviveu à agressão, jura vingança... Em 1966 o western americano já não é o que era e este filme de Bernard McEveety (que o realizou nesse ano para a Columbia Pictures) não tem o charme dos westerns de outrora, pois já está impregnado da violência gratuita que caracteriza o 'spaghetti'. Ainda assim, conta uma história que tem princípio, meio e fim. Daí que se recomende. O papel vedeta de «RIDE BEYOND VENGEANCE» (que julgo ser inédito em Portugal) foi entregue ao atlético Chuck Connors e os papéis secundários a Joan Blondell, Gloria Grahame, Gary Merrill, Bill Bixby, Michael Rennie e Kathryn Hays. Filme a cores e com 101 minutos de duração. Desconheço o seu título brasileiro.

«ASSALTO À DILIGÊNCIA»

O título português desta fita -«ASSALTO À DILIGÊNCIA»- foi-lhe conferido tardiamente, aquando de uma programação televisiva, já que o filme em questão não chegou a beneficiar de uma exploração comercial no nosso país. Realizado em 1954, este simpático western tem a assinatura de André de Toth. Foi produzido para os estúdios dos irmãos Warner e contou com a participação artística de Randolph Scott, Wayne Morris, Joan Weldon, James Bell, Richard Garrick e de Charles Bronson. Afita conta-nos a história do guarda armado de uma diligência, que, depois de um assalto ao veículo, é injustamente acusado (pelos passageiros) de ser cúmplice dos bandoleiros que cometeram o crime. «O ASSALTO À DILIGÊNCIA» («Riding Shotgun»), é um filme colorido, com uma duração de 73 minutos, que, infelizmente, ainda não teve edição DVD na Europa. Título brasileiro : «Alma de Renegado».

UM 'QUARTER HORSE' ESPERA...


Este magnífico 'quarter horse' (o mais comum de todos os cavalos de sela do Oeste americano) foi pintado pelo artista texano Randy Follis. Devidamente ajaezado, o animal espera pacientemente pelo seu dono, junto a um típico moinho de vento. O autor desta tela intitulou-a «Caprock Windmill». (Clique na imagem para a ampliar).

DEAN MARTIN, ACTOR DE WESTERNS

Quando se fala no 'crooner' e actor Dean Martin, pouca gente associa o seu nome ao de um herói de westerns. A verdade, porém, é que esta grande vedeta italo-americana tem, na sua filmografia, uma dúzia de películas do género que nos apaixona. A primeira de todas elas (em qualidade) foi o inesquecível filme «RIO BRAVO» (uma obra.prima), onde Martin interpretou um dos mais extraordinários papéis da sua carreira : o do xerife auxiliar Dude, um bêbado, que acabará por regenerar-se, graças à ajuda moral dos seus companheiros de ofício, que, nessa fita, foram encarnados por John Wayne, por Walter Brennan e por Ricky Nelson. De realçar, nesse monumento da História do Cinema é, também, a canção «My Rifle, My Poney and Me», que Martin canta magistralmente, perante um 'Duke' embevecido, acompanhado à harmónica por Brennan e à guitarra (mais voz) pela promissora estrela do 'rock n'roll' Richy Nelson. Mas, como já disse, Dean Martin esteve presente num vasto rol de outros westerns; cujos títulos aqui vamos deixar para memória :

01- «O REI DO LAÇO» («Pardners»), realizado em 1956 por Norman Taurog;
02- «RIO BRAVO» («Rio Bravo»), realizado em 1959 por Howard Hawks;
03- «OS TRÊS SARGENTOS» («Sergeants Three»), realizado em 1962 por John Sturges;
04- «QUATRO DO TEXAS» («Four for Texas»), realizado em 1963 por Robert Aldrich;
05- «OS 4 FILHOS DE KATIE ELDER» («The Sons of Katle Elder»), realizado em 1965 por Henry Hathaway;
06- «DOIS CONTRA O TEXAS» («Texas Across the River»), realizado em 1966 por Michael Gordon;
07- «NOITE DE VIOLÊNCIA» («Rough Night in Jericho»), realizado em 1967 por Arnold Laven;
08- «BANDOLERO» («Bandolero !»), realizado em 1968 por Andrew V. McLaglen;
09- «O PREÇO DE CINCO JOGADORES» «Five Card Stud», realizado em 1968 por Henry Hathaway;
10- «GOLPE DE MESTRE» «Something Big», realizado em 1971 por Andrew V. McLaglen;
11- «SHOWDOWN» (Showdown»), realizado em 1973 por George Seaton.

Para não mentir a quem tem a paciência de ler estas linhas, quero dizer que algumas das películas acima referenciadas não têm o mínimo interesse cinematográfico. Tenho-as todas -e vi-as todas- e confesso que não percebo porque razão é que um actor da envergadura de Dean Martin aceitou entrar em tais chachadas. Mas, a par disso, existem, no lote, alguns filmes com inegável valor. Eu gosto particularmente de «O PREÇO DE CINCO JOGADORES», western incomum, no qual a personagem encarnada por Martin é alvo da perseguição de um falso eclesiástico, que projectou matar todos os intervenientes numa partida de póquer, que terminou de maneira dramática...

Notas : o filme sem título português refere-se a uma obra que nunca foi exibida nas salas nacionais. Dean Martin chamou-se, na realidade, Dino Crocetti e faleceu, em Beverly Hills, em 1995, com 78 anos de idade. Foi um artista que deixou saudades, muitas saudades !...

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

«O AVENTUREIRO DO MISSISSIPPI»

Esta fita foi dirigida por Rudolph Maté por conta da companhia Universal International e foi estreada em 1953. O par vedeta é formado pelos conhecidos  actores Tyrone Powers e Piper Laurie, que protagonizam uma história com acção situada no sul dos 'states', de antes da Guerra de Secessão. Mark Fallon -um jogador de póquer profissional- trabalha num casino flutuante do Mississippi e faz questão de impor regras baseadas na 'arte' de jogar as cartas e na honestidade. Mas nem toda a gente que viaja e se diverte nos famosos vapores do grande rio está interessada em que ali reine a transparência e a legalidade. Bonito filme de aventuras, algo diferente daquilo a que os 'westerners' estão habituados. «O AVENTUREIRO DO MISSISIPPI» («Mississippi Gambler») foi agora editado em DVD, em França, o que me permitiu substituir uma velha cópia (gravada na TV), por um filme perfeitamente restaurado. Para além dos dois actores já citatos, refiro ainda, no elenco, os nomes de John McIntire, Julia Adams, William Reynolds, Paul Cavanagh e Robert Warwyck. Duração : 99 minutos, colorido. Título brasileiro idêntico ao usado em Portugal.

«A CONQUISTA DA CIVILIZAÇÃO»

Intitulado no original «Canadian Pacific», este western de Edwin L. Marin, foi estreado em 1949. Interpretando os principais papéis temos Randolph Scott, J. Carroll Naish, Victor Jory e Nancy Olson. O filme «A CONQUISTA DA CIVILIZAÇÃO» conta -de maneira romanceada, está bem de ver- a epopeia de construção de uma ferrovia através dos territórios bravios do Oeste canadiano. Onde os perigos são inúmeros e variados, visto que podem surgir através dos ataques de um bando de índios hostis, do desmoronamento de um túnel ou da sabotagem de um despeitado rival. Esta película não é uma obra maior da filmografia de Scott, mas vê-se, ainda assim, com alguma curiosidade. Tenho uma cópia DVD editada em Espanha, à qual falta qualidade, visto não ter sido restaurada. «A Conquista da Civilização» é uma produção Universal com 95 minutos de duração. Fotografia a cores. Título brasileiro : «Devastando Caminhos».

«O RAPAZ E O CÃO»

Produção dos estúdios Walt Disney para toda a família, sobretudo para crianças.  A acção de «O Rapaz e o Cão» («Old Yeller») decorre no seio de uma família de pioneiros  e desenvolve-se em torno da amizade profunda que se estabelece entre um garoto e o cachorro familiar. Concebida para sensibilizar, esta fita -realizada em 1957 por Robert Stevenson- fez, efectivamente, correr muitas lágrimas...Colorida, com 84 minutos de duração, esta película já tem edição DVD em vários países estrangeiros. Actores principais do elenco de «O Rapaz e o Cão» : Fess Parker, Dorothy McGuire, Jeff York e Chuck Connors. O seu título no Brasil é «Meu Melhor Companheiro».

«ERA O SEU DESTINO»

«ERA O SEU DESTINO» («Frontier Gal») é um simpático western de Charles Lamont, rodado em 1945 com a colaboração de Rod Cameron, Yvonne de Carlo (que aqui aparece mais bela do que nunca), Andy Devine, Fuzzy Knight, Sheldon Leonard, Andrew Tombes e com a pequenita Beverly Simmons. O filme (perfeitamente remasterizado) conta-nos a história dos amores tumultuosos de um homem ávido de vingança e de uma fogosa proprietária de 'saloon'. Amores interrompidos por uma longa pena de prisão do justiceiro; que, no seu regresso, depara com uma inesperada... filha. Filmado em sumptuoso TechniColor pelos estúdios Universal, «ERA O SEU DESTINO» surpreendeu-me pelo seu equilíbrio e pela sua qualidade. A sua cópia videográfica (DVD) foi editada há poucos dias, em França, e eu já possuo um exemplar. Duração : 92 minutos. Título brasileiro desta película : «Era Seu Destino».

«THE WOLF HUNTERS»

O agente Rod Webb, da Real Polícia Montada do Canadá, e o seu cão Chinook investigam a morte misteriosa e brutal de um 'trapper' e o roubo de peles de vários outros homens da montanha. Realizada em 1949, esta fita nunca estreou comercialmente no nosso país. Foi um dos primeiros westerns de Oscar 'Budd' Boetticher e não teve a expressão dos seus grandes trabalhos do géneros, que foram todos realizados nos anos 50 ou no início da década seguinte. Para além de Kirby Grant, que aqui encarna o homem do 'dolman' vermelho, refira-se a presença, na distribuição, de Edward Norris, Helen Parrish, Jan Claiton e Luther Crockett. Esta modesta película, com 70 minutos de duração e com fotografia a preto e branco, foi produzida e distribuída pela companhia Monogram Pictures. Sem cópia DVD editada na Europa.