quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

«O SEGREDO DA CAVERNA»

Nunca vi (infelizmente) esta película, que, justificadamente ou não, goza de excelente reputação. O western «O SEGREDO DA CAVERNA» («Cave of the Outlaws») foi realizado em 1951 por William Castle e tem no actor MacDonald Carey o seu principal intérprete. No Brasil chama-se «O Segredo das Cavernas». A história contada é a seguinte : um antigo fora-da-lei, que cumpriu 15 longos anos de cadeia por assalto à mão armada, regressa ao lugar onde, presumivelmente, terá escondido o fruto de um roubo de valores. A sua presença naquele local suscita uma verdadeira caça ao tesouro. À qual estão atentos os detectives da Wells-Fargo, a empresa lesada... Filmado a cores nas famosas e espectaculares cavernas de Carlsbad, um dos sítios turísticos naturais mais visitados do Novo México. Duração : 75 minutos. Com : Alexis Smith, Edgar Buchanan, Victor Jory e Hugh O'Brian. Esta produção dos estúdios Universal ainda não tem, que eu saiba, DVD editado na Europa. O que é pena.

«TODOS MORRERAM CALÇADOS»

É um dos mais conhecidos filmes consagrados, por Hollywood, à controversa figura do tenente-coronel George A. Custer, o comandante do 7º Regimento de Cavalaria dos Estados Unidos vencido em Little Big Horn por uma coligação de nações ameríndias. «TODOS MORRERAM CALÇADOS» («They Died With Their Boots On») é um excelente trabalho do realizador Raoul Walsh, que dirigiu (em 1941) esta película por encomenda dos estúdios Warner Bros.. Foi Errol Flynn que aqui encarnou o malogrado militar, que é, repito, a figura central deste western militar, que virou filme-culto para muitos westernófilos, mas não só. A fotografia a preto e branco é excelente e tem a assinatura de Bert Glennon. Outros intérpretes : Olivia de Havilland, Arthur Kennedy, Anthony Quinn. Este último representa aqui o papel de Crazy Horse, que foi o grande estratego militar da derrota de Custer. «TODOS MORRERAM CALÇADOS» (filme que, no Brasil, se intitula «O Intrépido General Custer») tem uma duração de 2 horas e já foi amplamente difundido em DVD e noutros suportes videográficos.

«A CAMINHO DA FORCA»

«A CAMINHO DA FORCA» («Along the Great Divide») é um western de Raoul Walsh, estreado em 1951 com a chancela da companhia dos irmãos Warner. Conta-nos a história de um xerife inflexível (Kirk Douglas) , que teima em conduzir ao patíbulo o pai (Walter Brennan) da sua amada (Virginia Mayo), acusado de um crime de sangue. Os outros papéis importantes deste simpático western são interpretados por John Agar, Morris Ankrum, Ray Teal e Charles Meredith. «A CAMINHO DA FORCA» -que se intitula «Embrutecidos pela Violência» no Brasil- foi filmado a preto e branco e tem uma duração de 88 minutos. Já tem cópias DVD comercializadas em vários países da Europa.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

FALTA DE ILUSTRAÇÕES

Devido a problemas de natureza técnica (ligados às minhas próprias incapacidades e limitações), os últimos 'posts' não têm sido ilustrados com fotografias e outras imagens referentes aos filmes e matérias que aqui trago regularmente. Quando eu conseguir ultrapassar essas dificuldades, terei imenso prazer em actualizar os textos já editados com a respectiva iconografia.

O PORQUÊ DESTE BLOGUE

Uma das primeiras razões de existir deste blogue -consagrado ao cinema western- é a divulgação das fitas do género. Sobretudo daquelas que foram abundantemente exibidas nos ecrãs das nossas salas. Com efeito, este género, hoje tão desprezado, gozou no nosso país, no passado século, de uma grande aceitação popular e até dos favores de certos intelectuais; que, ao tempo, não desdenhavam ir ver e depois comentar as grandes 'coboiadas' da década de 50. Que foi a verdadeira «Época de Ouro» dos filmes de aventura ambientados no mítico Faroeste de John Ford, de Raoul Walsh, de Delmer Daves, de Anthony Mann, de Budd Boetticher e de tantos outros génios da chamada 7ª Arte. Nos nossos dias, em Portugal, o género que tanto nos interessa caiu no mais completo esquecimento e até os títulos das suas películas foram remetidos para a arca das velharias. Onde jazem na poeira da indiferença. Nós estamos, pois aqui, para os trazer à lembrança de quem por aqui passa e deita um olhar (mesmo distraído) à nossa pobre prosa. Não para que o western reviva aos olhos dos novos cinéfilos (sabemos que isso é 'missão impossível'), mas para que ele não se apague totalmente da memória daqueles que, como eu, foram jovens há 50/60 anos...

«ALVORADA DO FUROR»

«ALVORADA DO FUROR» («Stage to Thunder Rock») é um modesto western de William Claxton; que o realizou em 1964. Tema : um xerife é colocado diante do seguinte dilema - servir a lei, honrando a estrela que ostenta ao peito, prendendo o seu pai e irmãos adoptivos ou fechando os olhos... Produção modesta da Paramount Pictures, a cores e com uma duração de 82 minutos. Com Barry Sullivan, Marilyn Maxwell, Scott Brady, Lon Chaney Jr., Anne Seymour, John Agar, Wanda Hendrix , Ralph Taeger, Keenan Wynn e Argentina Brunetti. Apesar dos nomes ilustres que constelam a sua ficha artística, esta película é, não se tenha a mínima dúvida, um western menor e dispensável. Título brasileiro : «Diligência para o Inferno».

«O DESPERTAR»

O filme começa assim : o pequeno Jody Baxter, filho único de uma família de pioneiros, adopta um gamo. Animal selvagem ao qual ele vota uma afeição pouco comum. Até que um dia, perante os estragos importantes causados pelo bicho na propriedade familiar, os pais de Jody decidem desembaraçar-se do seu companheiro de quatro patas. Desgostoso com a atitude dos seus progenitores, o jovem abandona o lar, embrenhando-se numa floresta onde o perigo o espreita a cada momento... «O DESPERTAR» («The Yearling») é uma fita de Clarence Brown, que a realizou em 1946. É um dos primeiros filmes da carreira de um promissor actor chamado Gregory Peck e dirigia-se, essencialmente, a um público jovem. Apesar de não ser uma obra verdadeiramente excepcional, granjeou, no entanto, a simpatia das plateias populares americanas, que lhe asseguraram um êxito comercial assinalável. Além do já referido actor, note-se, no elenco, a presença de vários outros actores de renome, tais como Jane Wyman e Forrest Tucker. O papel do jovem herói é interpretado por Claude Jarman Jr.. Produção a cores da Metro Goldwyn Mayer, com 128 minutos de duração. Já tem cópia DVD editada. Título brasileiro : «Virtude Selvagem».

domingo, 26 de janeiro de 2014

«40 CAVALEIROS»

Nunca foi exibido comercialmente nas salas de cinema portuguesas. O título «40 CAVALEIROS» foi-lhe dado aquando de uma tardia (já depois do 25 de Abril) passagem pela nossa televisão. O western «40 CAVALEIROS» («Forty Guns») foi realizado em 1957 por Samuel Fuller e tem nos actores Barbara Stanwyck, Barry Sullivan, Dean Jagger, John Ericson e Robert Dix os seus mais visíveis intérpretes. Obra atípica no cinema western, que raramente concedeu a primazia a uma mulher, como é aqui o caso. Jessica Drummond (Barbara Stanwyck) reina sobre a cidade e região de Tombstone, submetendo tudo e todos à sua férrea vontade. Até ao momento em que chega à cidade um xerife enérgico e inflexível, que não hesita balear a tirana para impor a lei. A sua lei. Filmado em cinemascope e a preto e branco, este filme-culto tem uma duração de apenas 80 minutos e foi distribuído internacionalmente pela companhia 20th. Century Fox. No Brasil foi-lhe dado o título «Dragões da Violência». Tenho uma excelente cópia desta película sobre suporte DVD adquirida em França.

«BUFFALO BILL, O INDOMÁVEL»

É mais uma película glorificando a figura quase lendária de William Cody. Aqui apresentada pelo realizador Jerry Hopper, que trabalhou com os actores Charlton Hestom, Rhonda Fleming, Jan Sterling, Forrest Tucker e Henry Brandon, entre outros. «BUFFALO BILL, O INDOMÁVEL» («Pony Express») estreou em 1953. Tem a chancela da Paramount Pictures, foi filmado a cores e tem uma duração de 101 minutos. A hisória contada é a seguinte : Cody e o seu amigo Wild Bill Hickok empenham-se num projecto revolucionário de transporte de correio a cavalo. Mas há grandes hostilidades a vencer, nomeadamente a dos patrões de companhias de diligências e a dos índios, que ocupam a maior parte dos territórios que os cavaleiros da Pony Express terão de percorrer até à Califórnia. Esta película já tem DVD's editados em vários países. Título brasileiro : «As Aventuras de Buffalo Bill».

«COME HELL OR HIGH WATER»

«COME HELL OR HIGH WATER» é um filme de produção recente (2008), daqueles que se lançam imediatamente no mercado videográfico sem passar pela exibição nas salas de cinema. Foi realizado por Wayne Shipley e distribuído (sob forma de DVD) por Barnholtz Entertainment. Os principais actores do elenco respondem pelos nomes de guerra de Mark Redfield, Mike Hagan, Jennifer Rouse e Richard Cutting. Tudo gente desconhecida. A acção decorre no Missouri, em 1887, e refere a história de um homem que procura vingar a morte do irmão; que -muitos anos antes, durante a guerra de Secessão- morreu de maus tratos num campo de concentração nortista. Ainda não vi e não é uma das minhas prioridades. Mas aqui fica feita a referência.

sábado, 25 de janeiro de 2014

«A DAMA VALENTE»

A história começa assim : num vapor-casino que navega no rio Mississippi, uma misteriosa jogadora de póquer 'limpa' um famoso profissional das cartas, que gozava da reputação de ser quase imbatível. Intrigado pela enigmática mulher que o destronou, Chris Mooney inteira-se sobre o seu passado e descobre que a dama é a filha de um homem rico que ele outrora arruinara e que, por causa disso, se suicidara... O western «A DAMA VALENTE» («Texas Lady» tem a assinatura de Tim Whelan, que o realizou em 1955. A produção desta fita em belíssimo TechniColor é da companhia RKO, que contratou para o elenco os actores Claudette Colbert, Barry Sullivan, Ray Collins, Gregory Walcott, John Litel, Walter Sande e Don Haggerty. «A DAMA VALENTE» tem uma duração de 86 minutos e chama-se no Brasil «O Drama de Uma Consciência». Já existem cópias DVD desta película em vários países.

«O MONTE DO DIABO»

«O MONTE DO DIABO» («Drums in the Deep South») é um insignificante filme de William Cameron Menzies, datado de 1951, que nos conta uma historieta inspirada pela guerra civil. Um major do exército rebelde tenta opor-se, com um punhado de soldados confederados, ao inexorável e avassalador avanço das tropas do general Sherman, que marcham contra Atlanta. Para tanto, o dito oficial sulista ocupa o monte do Diabo, de onde pode metralhar as forças inimigas. A cores e com 87 minutos de duração, esta fita foi produzida para a RKO. Conta no seu elenco os actores James Craig, Barbara Payton, Guy Madison e Barton MacLane. Título brasileiro : «Os Tambores Rufam ao Amanhecer». Possuo uma cópia deste filme adquirida em Espanha. «O MONTE DO DIABO» também já tem edição DVD no Brasil.

«O ULTRAJE»

Inspirado pelo filme de Akira Kurosawa «Rashomon», esta película de Martin Ritt (1964) é -sejamos francos- de qualidade inferior ao realizado pelo mestre japonês. Isto, apesar de contar com as apreciáveis comparticipações de actores tão competentes como o são (ou foram) Paul Newman, Laurence Harvey, Claire Bloom, Howard da Silva, Albert Salmi, William Shatner e Edward G. Robinson. Sinopse : três homens -um pastor, um batoteiro profissional e um garimpeiro- refugiados num barracão, onde se protegem da intempérie, conversam e contam, cada um deles, uma versão pessoal e diferente de um crime... «O ULTRAJE» («The Outrage») foi produzido e distribuído pela companhia Metro Goldwyn Mayer. Foi filmado a preto e branco e tem uma duração de 96 minutos. No Brasil chama-se «Quatro Confissões».

«SALOMÉ»

Realizado em 1945 por Charles Lamont, este western atípico foi patrocinado pelos estúdios Universal e filmado em magnífico TechniColor. A excelente distribuição de actores reúne Rod Cameron, David Bruce, Walter Slezak, Albert Dekker e Marjorie Rambeau em volta de uma Yvonne de Carlo mais bela e sedutora do que nunca. É ela que aqui interpreta o papel de Salomé, uma bailarina austríaca que canta e encanta os frequentadores dos 'saloons' do Faroeste. Tenho uma cópia DVD, proveniente de França, deste filme raro, que tem uma duração de 90 minutos e que, no Brasil, se intitula «A Irresistível Salomé».

«OS FILHOS DE DEUS»

Trata-se da odisseia vivida pelos mórmons do Utah, levada à tela por Henry Hathaway em 1940. Acossados pela intolerância religiosa, os membros desta igreja -fundada em 1830 por Joseph Smith- vão atravessar grande parte do território dos Estados Unidos para se fixarem na região do Grande Lago Salgado, nos confins do Oeste selvagem. Território que eles colonizaram e desenvolveram, apesar das mil e umas dificuldades que se lhes depararam. Com Tyone Power, Linda Darnell, Brian Donlevy, Jane Darwell, John Carradine, Mary Astor, Dean Jagger e muitos outros actores de prestígio. Produzido pela 20th. Century-Foz, esta grandiosa película foi filmada a preto e branco e tem uma duração de cerca de duas horas. A cópia de «OS FILHOS DE DEUS» («Brigham Young, Frontiersman») já foi editada em DVD em vários países da Europa. Nomeadamente em França, de onde provém o DVD que enriquece a minha colecção western. Título brasileiro desta fita : «O Filho dos Deuses».

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

BOM ANO NOVO !

Que o ano de 2014 traga a todos os meus semelhantes Saúde, Paz e Prosperidade. E, àqueles que comigo partilham paixões westernianas, que o Ano Novo lhes (nos) traga muitas novidades no domínio das cópias videográficas ainda por editar. Espero (todos esperamos) que seja em 2014 que apareça -em Portugal ou em França- um DVD (ou 'Blu-ray') com uma reprodução de «O Sargento Negro» (de John Ford) e com cópias de outras preciosidades, que (vá lá saber-se porquê ?) continuam a ser ostracizadas. Ámen !