domingo, 31 de agosto de 2014

«CAVALGADA COM O DIABO»

Nesta fita datada de 1999, Ang Lee, o seu realizador, conta-nos uma história com acção decorrente durante a Guerra Civil : dois jovens 'Bushwhakers', amigos de infância organizam uma guerrilha que hostiliza as forças fiéis à união entre os estados. A sua determinação e audácia vai granjear-lhes a fama que ambicionam; mas também muitos dissabores... «CAVALGADA COM O DIABO» («Ride With the Devil») é um longo filme, com 138 minutos de duração. Foi filmado a cores e distribuído, nos E.U.A. pelo consórcio MCA/Universal Pictures. No elenco artístico figuram os nomes de Skeet Ulrich, Tobey McGuire, Jewel, Jeffrey Wright, Jeremy W. Auman e Kathleen Warfel. Título brasileiro idêntico ao usado em Portugal.

«O APACHE BRANCO»

Refiro, antes de mais e a título de pura curiosidade, que -no ano da sua estreia, em 1953- este filme foi um dos maiores sucessos de bilheteira verificado nos Estados Unidos. «O APACHE BRANCO» («Arrowhead») baseou-se num livro de W. R. Burnett, que narrava livremente episódios de vida do famoso batedor do exército Al Sieber. Algo violento para a época e francamente anti-índio, o que ia contra a corrente do tempo, que era de reabilitação e de humanização dos pele-vermelhas, este western foi realizado por Charles Marquis Warren e contou com as participações de Charlton Heston, Jack Palance (no impressionante papel de Toriano, o apache branco de que fala o título português), Kathy Jurado, Brian Keith, Mary Sinclair, Milburn Stone, Richard Shannon e Frank de Kova. Produzido para os estúdios Paramount, esta fita colorida  tem uma duração de 105 minutos. O seu título no Brasil é «O Último Guerreiro». Já com edições DVD em vários países da Europa; nomeadamente em França, de onde provém a cópia que eu tenho a sorte de possuir.

«FORA DA LEI»

«FORA DA LEI» («The Daltons Ride Again») tem a assinatura de Alan Curtis e contou com a participação interpretativa de Ray Taylor, Lon Chaney Jr., Noah Beery Jr., Jess Barker e Martha O'Driscoll. Filme produzido para os estúdios Universal em 1945. Com fotografia a preto e branco e com uma duração de 70 minutos. Sinopse : aquando do seu julgamento em Coffeyville, o famoso bandoleiro Emmett Dalton evoca o dia trágico em que os seus três irmãos e cúmplices foram abatidos a tiro durante o assalto a um banco. Título no Basil : «Os Dalton Retornam».

«STAGECOACH KID»

«STAGECOACH KID» é uma humilde produção da companhia RKO Radio Pictures, que teve realização -em 1949- de Lew Landers. Um rancheiro reformado e a sua filha tomam a diligência para San Francisco, cidade onde pensam estabelecer-se e viver dos seus rendimentos. Mas a carruagem que os transporta (mais os valores que possuem) é atacada por antigos empregados da família... Vale-lhes a coragem do condutor e do guarda da diligência, que metem os meliantes em fuga. Inédito em Portugal. A preto e branco e com 1 hora de duração. Filme protagonizado por Tim Holt, Richard Martin, Jeff Donnell, Joe Sawyer, Carol Hughes e Thurston Hall. Títulos brasileiros : «O Moço da Diligência» e «Diligência Fatídica».

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

«A DESAPARECIDA», DE JOHN FORD, (RE)ESTREIA HOJE NO CINEMA IDEAL

O Cinema Ideal (ex-salão Ideal, ex-Cine Camões, ex-Cinema Paraíso) reabre, hoje, as suas portas na rua do Loreto, em Lisboa. Isto, depois de um investidor ter (em boa hora !) apostado na sua sobrevivência enquanto espaço consagrado à 7ª Arte e de ter gasto cerca de 1/2 milhão de euros na sua reabilitação. Com capacidade para 200 espectadores, o Cinema Ideal estreia-se com dois filmes : «E Agora ? Lembra-me», do realizador português Joaquim Pinto e «A DESAPARECIDA», obra incontornável do cinema do Oeste, que mestre John Ford realizou em 1956. Lembro que esta última fita -que tem na interpretação dos principais papéis os actores John Wayne, Jeffrey Hunter, Natalie Wood, Vera Miles e Ward Bond- é considerada por muita gente (críticos e cinéfilos) o melhor western jamais realizado e que figura em 7º lugar na lista dos melhores filmes de sempre estabelecida pela revista «Sight and Sound», órgão oficial do prestigioso British Film Institute. Confesso que é nestas ocasiões que eu gostaria de morar na capital. Porque, certamente, não falharia este momento histórico da inauguração de um novo cinema (num tempo de bota abaixo) e a oportunidade de rever uma obra-prima no grande ecrã. Embora «A DESAPARECIDA» seja o filme que eu mais vezes vi na vida (20, 30 vezes ?), desde que, em finais da década de 50 (do passado século, obviamente), fiz a sua descoberta na modesta esplanada de um bairro periférico do Barreiro. E que, apesar da minha pouca idade, me dei conta que estava na presença daquele que viria a ser o filme da minha vida.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

«O REI DO LAÇO»

«O REI DO LAÇO» («Pardners») é uma comédia com acção decorrente no Oeste, protagonizada por Jerry Lewis e por Dean Martin; que, ao tempo da estreia desta fita de Norman Taurog (1956), formavam um duo muito apreciado pelos espectadores norte-americanos, mas não só. Produzido para a Paramount, este sofrível filme foi filmado a cores e tem uma duração de 85 minutos. Conta as aventuras e desventuras de um citadino milionário e desastrado no rude país dos vaqueiros. Também com Lori Nelson, Jackie Loughery, Agnes Moorehead, Lon Chaney Jr e Lee Van Cleef. Título brasileiro idêntico ao usado no nosso país.

O GENÉRICO DE «HOMENS DE GELO» (1959)

Para aguçar o apetite daqueles que desejariam ver (ou rever) «HOMENS DE GELO» («Day of the Outlaw»), que é, quanto a mim, o mais sedutor de todos os westerns realizados por André de Toth, aqui deixo a possibilidade de apreciar o respectivo genérico. Adoro este filme, cuja acção decorre numa região agreste do Oeste, em pleno inverno. O saudoso actor Robert Ryan encarna, nesta fita em glorioso preto e branco, a figura de um rancheiro arrogante, mas que acaba por sacrificar a pele numa tentativa para salvar a vida dos seus concidadãos, reféns de uma quadrilha de perigosos malfeitores. Suspense de cortar à faca, num dos mais originais westerns do fim da 'Época de Ouro'.

https://www.youtube.com/watch?v=4cWQfPByfKI

«BANDIDOS»

«BANDIDOS» («The Desperadoes») estreou em 1943. É um western realizado por Charles Vidor, que reuniu à volta de Randolph Scott, de Glenn Ford e de Claire Trevor -principais encarnações das personagens de topo- os actores Evelyn Keyes, Edgar Buchanan, Irving Bacon, Guinn 'Big Boy' Williams, Porter Hall e outros mais. Esta fita, que tem a chancela da Columbia Pictures, foi filmada em TechniColor e tem uma duração de 87 minutos. A acção passa-se no Utah em finais do século XX. Um banqueiro indelicado e o director dos serviços postais de Red Valley recorrem a uma quadrilha organizada para pilhar os estabelecimentos colocados sob a sua própria responsabilidade. Um homem honrado vai por cobro a tais desmandos. Título brasileiro desta película : «Império da Desordem».

«ÓDIO ENTRE IRMÃOS»

«ÓDIO ENTRE IRMÃOS» («Seminole Uprising») é um filme de 1955, ano em que foi realizado por Earl Bellamy. Do seu elenco artístico fazem parte George Montgomery, Karin Booth, William Fawcett, Steven Ritch, Ed Hinton e John Pickard. Produção menor da companhia Columbia Pictures, relatando a história de um oficial do exército que é incumbido de resgatar a filha de um dos seus superiores hierárquicos, refém dos Seminolas. Filme sem a mínima consistência histórica, mesmo (e sobretudo) a nível dos detalhes. Filmado a preto e branco e com 74 minutos de duração. Título no Brasil : «A Mulher e os Índios».

«IMPERADORES DO CRIME»

Realizado em 1955 por Bruce Humberstone, «IMPERADORES DO CRIME» («Ten Wanted Men») é um western produzido para a companhia Columbia Pictures, que tem no seu elenco os actores Randolph Scott, Richard Boone, Jocelyn Brando, Alfonso Bedoya, Skip Homeier e Lee Van Cleef. Foi filmado a cores e tem uma duração de 80 minutos. Esta fita (com argumento bem alinhavado e agradável de se ver) conta-nos a história das rivalidades entre dois rancheiros do Arizona, que lutam pela supremacia das suas ideias e, sobretudo, dos seus interesses. Já editado em DVD no nosso país. Título brasileiro : «Arizona Violento».

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

GENERALIDADES SOBRE A ALIMENTAÇÃO DOS ÍNDIOS DA AMÉRICA DO NORTE

Antes da chegada do homem branco ao Novo Mundo, existiam no território da actual América do norte, uma infinidade de comunidades autóctones. Muito diferentes entre si e que, ora coexistiam pacificamente, ora se guerreavam por mil e uma razões. O meio e a geografia determinavam hábitos, que diferiam muito de nação para nação, de região para região. Em matéria alimentar, por exemplo, era normal e lógico que os ameríndios da costa do Pacífico baseassem a sua dieta no consumo de peixe, nomeadamente de salmão, espécie muito abundante nos seus rios e cuja técnica de conservação eles dominavam. Já os índios da chamada Grande Pradaria -destemidos caçadores de bisontes- consumiam, essencialmente, a carne desse imponente ruminante, variando, quando possível, a sua alimentação com as bagas colhidas (pelas mulheres) em arbustos da flora local. Outro exemplo dessa variedade de hábitos é o que nos dão os indígenas dos Grandes Lagos, que cultivavam milho, abóboras, feijão e outros vegetais e que os incluíam abundantemente na sua dieta habitual; que também incluía espécies piscícolas dos rios e lagos da sua região. Estudos efectuados por especialistas destes povos, determinaram, com rigor (e isto é apenas um exemplo), a dosagem certa de produtos utilizados na alimentação das tribos ameríndias. Assim, os índios das vastas planícies do Oeste consumiam 40% de carne, 20% de peixe, 30% de vegetais não cultivados e 10% de bagas e frutos selvagens. Já os Iroqueses (que além de guerreiros temíveis eram, também, agricultores competentes) consumiam 65% de milho (cerca de 1/5 kilo diário por pessoa), 15% de feijão e de sementes de girassol, 10% de peixe, 5% de carne e 5% de bagas, de verduras, de nozes e de xarope de ácer. Curioso, não é verdade ?

O 'PLASTRON', UM ATRIBUTO DE BRAVURA

Considerado durante muito tempo, pelo homem branco, como uma protecção contra os golpes do inimigo, o 'plastron' era, na realidade, um elemento decorativo e indicativo da bravura do guerreiro que o usava. Constituído por ossos de corça, o 'plastron' (nome francês dado pelos 'coureurs de bois' do Canadá, que estabeleceram os primeiros contactos com os índios da Grande Pradaria) era um adorno usado, circunstancialmente, nas cerimónias -de carácter religioso ou profano- que marcavam a vida das diferentes tribos das nações Sioux, Cheyenne, Blackfeet, Arapaho, Comanche e outras. Alguns desses atavios eram de uma grande originalidade e beleza e, por isso, muito cobiçados pelos colecionadores de troféus. Imagem anexada : fotografia do caudilho Sioux Red Cloud ostentando um 'plastron'.

«OS TEMERÁRIOS»

«OS TEMERÁRIOS» («The Raiders») é um filme de 1964 realizado por Herschell Daugherty. Uma das cabeças de cartaz é Brian Keith, actor que se especializou na interpretação de personagens westernianas. Trabalhou aqui acompanhado por Robert Culp, Judi Meredith, James McMullan e Harry Carey Jr.. História sem grande interesse, passada num Sul de pós-guerra de Secessão, dominado pelo famigerados 'carpetbaggers'. Produção dos estúdios Universal, a cores e com 75minutos de duração. Título brasileiro não identificado.

«DESERT PURSUIT»

Filme inédito em Portugal. «DESERT PURSUIT» foi 'estrelado' (passe o termo) por Wayne Morris, um antigo herói da aviação norte-americana, recuperado pelo cinema depois de terminada a 2ª Guerra Mundial. Também com as participações de Virginia Grey, George Tobias, Anthony Caruso, Gloria Talbott, John Doucette e Emmett Lynn. A história narrada é curiosa e quase inédita, visto colocar em acção um grupo de árabes que utilizam camelos para atacar os heróis da fita. Mas que poderia corresponder à verdade, visto o próprio exército da União ter, durante algum tempo, recorrido a estes animais nas suas operações no Oeste... «DESERT PURSUIT» foi produzido pelos estúdios Monogram em 1952, realizado por George Blair, filmado a preto e branco e teve uma duração de 71 minutos. Sem título brasileiro conhecido.

«VENCER OU MORRER»

«Este filme datado de 1958 é, quanto a mim, um dos melhores westerns realizados por Gordon Douglas. «VENCER OU MORRER» («Fort Dobbs») ostenta no seu cartaz os nomes de Clint Walker, Virginia Mayo, Brian Keith, Richard Eyer e Michael Dante. A história relatada é a de um foragido que, para escapar aos seus perseguidores, se interna no perigoso território dos Comanches. O seu encontro com uma viúva e seu filho, desencadeia uma fuga que termina numa fortaleza militar abandonada, onde se refugiou a população de uma localidade vizinha. Graças à abnegação do foragido (e a um lote de armes de repetição de que ele se apoderou), os brancos vão sobreviver ao assédio dos pele-vermelhas. No final da aventura, o herói ganha a confiança e o perdão dos seus concidadãos e o amor da mulher e da criança que ele protegeu... Belíssimo filme a preto e branco, do qual acabo de adquirir uma excelente cópia DVD. A produtora de «VENCER OU MORRER» é a Warner Bross. Com fotografia a preto e branco e com 93 minutos de duração. Título brasileiro : «O Rifle de 15 Tiros».

«FURACÃO DE SAIAS»

«FURACÃO DE SAIAS» («The Second Time Around») foi realizado em 1961 por Vincent Sherman. A heroína da fita é a simpática Debbie Reynolds, que aqui contracena com Steve Forrest, Thelma Ritter, Andy Griffith, Juliet Prowse e Isobel Elsom. A história contada situa-se no Arizona de inícios do século XX e relata as aventuras de uma novaiorquina que ali se instala com os seus dois filhotes. Depois de um difícil período de habituação aos usos e costumes locais, a forasteira candidata-se ao posto de xerife e... é eleita. Mas a tarefa é árdua e as coisas só lhe correm de feição, graças à ajuda interessada de um dos seus suspirantes. Esta paródia westerniana tem a marca da companhia 20th. Century Fox, foi filmada a cores e tem uma duração de 100 minutos. O seu título no Brasil é idêntico ao usado em Portugal.

NOVO WESTERN

Estreado este ano (não em Portugal, presumo), «THE SALVATION» será lançado, proximamente, no mercado francês de videogramas. Este novo western foi realiado por Kristian Levring e tem, na interpretação dos principais papéis, os actores Mads Mikkelsen, Eva Green, Jeffrey Dean Morgan, Michael Raymond-James e Jonathan Price. Curiosamente, esta película distribuída pela firma Nordisk Films, foi produzida pela Dinamarca e conta a história de um colono oriundo desse país do norte da Europa (instalado no Oeste americano) que -perante a cobardia evidenciada pelos seus vizinhos- se lança, sozinho, na senda de uma quadrilha dos malfeitores que assassinaram toda a sua família. Confesso que esta fita desperta em mim uma grande curiosidade. Fita que, muito provavelmente, eu só poderei ver graças à sua versão DVD. Mas aqui fica a informação para os westernófilos que se possam interessar por estes exotismos...

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

«SAM WHISKEY»

Trata-se de um western (em tom de comédia) produzido em 1969 para a United Artists. Realizado por Arnold Laven, este filme tem no seu cartaz nomes sonantes do cinema do tempo, tais como os de Burt Reynolds, Angie Dickinson, Clint Walker, Ossie Davis e Chubby Johnson. A história contada é a de uma expedição ao fundo do rio Platte, onde repousa a carcaça de um embarcação carregada com lingotes de ouro, 'desviados' da caixa forte de um banco. Segundo a comanditária da operação, trata-se de recuperar esse tesouro para o devolver aos seus legítimos donos... Mas a vida está cheia de surpresas. Fita colorida com 96 minutos de duração. Título brasileiro : «Sam Whiskey, o Proscrito».

domingo, 24 de agosto de 2014

«O JUSTICEIRO SOLITÁRIO»

Simultaneamente realizador, co-produtor e actor principal, Clint Eastwood estreou este filme em 1985. «O JUSTICEIRO SOLITÁRIO» («Pale Rider»), que foi distribuído pela companhia dos irmãos Warner, conta-nos a história de um estranho pregador, que toma partido por uma pequena comunidade de pesquisadores de ouro na sua guerra contra um potentado; que os quer fora das terras onde laboram duramente na extracção de pepitas, para ali empregar meios industriais poderosos, que desfiguram a natureza... É um dos melhores e mais bonitos westerns de Eastwood, que aqui trabalha com Michael Moriarty, Carrie Snodgress, Christopher Penn, Richard Dysart, Sydney Penny e Richard Kiel. Apesar da nítida influência do 'spaghetti', uma visualização mais atenta desvenda as afinidades desta fita com «Shane», de George Stevens. Colorido e com 111 minutos de duração. Título brasileiro : «O Cavaleiro Solitário». Largamente difundido em vídeo.

«TERRITÓRIO FORA DA LEI»

«TERRITÓRIO FORA DA LEI» («Outlaw Territory»/«Hannah Lee»/«Hannah Lee : An American Primitive») foi realizado em 1953 por Lee Garmes e por John Ireland. Os actores principais do elenco são MacDonald Carey, Joanne Dru, John Ireland, Tom Powers e Stuart Randell. Filmado em 3D e a cores, este raríssimo western foi produzido pela firma Realart Pictures Inc. e tem uma duração de 75 minutos. Não tendo visto esta fita, não posso dar a minha opinião. Mas a verdade é que ela é apontada por muitos cinéfilos como sendo uma das melhores obras do seu género da década de 50. O que, francamente, me deixa embasbacado. A história contada é a de um grémio de rancheiros do Oeste, que contrata um assassino profissional para desembaraçar os criadores de bovinos de incómoda presença de fazendeiros vindos do Leste. Tema recorrente no cinema de cowboys. Não conheço videogramas editados desta película. Título brasileiro desconhecido.

«OS MARIDOS DE ELIZABETH»

Comédia musical ambientada no Oeste americano de finais do século XIX. Não aprecio muito este filme, principalmente por causa da promiscuidade que constitui a mistura de géneros. Reconheço, no entanto e sem esforço, que esta fita de Josuah Logan (1969) tem algumas cenas bem divertidas. «OS MARIDOS DE ELIZABETH» («Paint Your Wagon») reuniu um elenco do qual sobressaiem os nomes de Lee Marvin, de Clint Eastwood (que também foi co-produtor) e de Jean Seberg. Distrbuído pela companhia Paramount, esta fita colorida é excepcionalmente extensa, visto prolongar-se por 169 minutos. Conta-nos a história (pouco moral) de dois pesquisadores de ouro, que se lançam no rendoso negócio da prostituição... Título brasileiro : «Os Aventureiros do Ouro».

«BRIMSTONE»

Sem título nacional, «BRIMSTONE» (1949) tem a assinatura de Joseph Kane. Que foi um dos mais prolíficos realizadores de westerns. Os actores selecionados para dar corpo e voz às principais personagens desta película foran : Rod Cameron, Lorna Gray, Walter Brennan, Forrest Tucker, Jack Holt, Jim Davis e Guinn 'Big Boy' Williams. «BRIMSTONE» evoca a vida dos criadores de bovinos e fazendeiros e a sua difícil coabitação nos espaços do Faroeste. Filmado a cores para a companhia Republic, este filme tem uma duração de 90 minutos. Título brasileiro : «O Cavaleiro Negro». Tenho uma velha e desgastada cópia desta película, gravada num canal de TV europeu.

«O CALIFÓRNIA»

«O CALIFÓRNIA» («Guns of Diablo») foi realizado por Boris Sagal em 1964. A escolha dos principais actores desta fita recaíu sobre Charles Bronson, Kurt Russell (que tinha, então, 14 anos de idade), Douglas Fowley, Susan Oliver, John Fiedler e Jan Martin. Teve distribuição da M.G.M., foi filmado a cores e tem uma duração de 79 minutos. A história contada : a caminho do Oeste e arvorado no protector de um adolescente, Link Murdock (Bronson) vai cruzar-se, numa pequena localidade, com a mulher que ele ama e com o marido desta, um pistoleiro que fora mutilado durante um duelo... Nada de verdadeiramente excepcional. Título brasileiro : «As Armas do Diabo».

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

CITAÇÃO

Numa das cenas finais de «OS SETE MAGNÍFICOS» (de John Sturges, 1960) o ancião da aldeia socorrida pelos mercenários norte-americanos dirige-se aos sobreviventes e diz-lhes : «Só os camponeses venceram e aqui ficarão para sempre. Vós, pistoleiros, sois como o vento... Um vento forte, que varre a terra e que se esfuma».

«A TIME FOR DYING»

Esta fita ocupa um lugar muito especial no coração dos westernófilos; embora não seja, do ponto de vista qualitativo, nada de marcante no género cinematográfico que eles apreciam. O simbolismo de «A TIME FOR DYING» reside no facto de ter sido a última fita de longa metragem realizada pelo grande e insubstituível Budd Boetticher e também por ter sido a derradeira película com o actor-herói Audy Murphy. Actor que também a produziu, através da sociedade Fipco. Murphy encarna aqui a figura de Jesse James, um pequeno papel que desiludiu os seus fãs. Ainda com Victor Jory, Richard Lapp, e Anne Randall. Colorido e com cerca de 90 minutos de duração. Filme raro, nunca visto em Portugal no circuito comercial. No Brasil chama-se «Gatilhos da Violência». DVD inexistente (ao que sei) deste lado do Atlântico.