quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

DVD DE «O PISTOLEIRO DO RIO VERMELHO». ATÉ QUE ENFIM !

Há anos que esperava pela edição de um DVD com uma cópia -de qualidade impecável- do filme «O PISTOLEIRO DO RIO VERMELHO» («The Last Challenge»), realizado em 1967 por Richard Thorpe. Isso, porque a minha reprodução desse western (de que dispuz até ontem) era proveniente de uma gravação da TV francesa, que se encontrava já muito envelhecida. No limite do utilizável. Graças à edição recente da dita fita, integrada numa preciosa colecção chamada 'Les Trésors Warner', posso agora dar-me ao luxo de integrar a pelicula em questão na minha DVDteca de westerns, que já ultrapassou a barreira simbólica dos 1 000 títulos. A propósito de «O PISTOLEIRO DO RIO VERMELHO» quero dizer que o dito não é, longe disso, um dos melhores westerns da História do Cinema; mas é, certamente, um filme bem feito (por um especialista de películas de aventuras), que aqui conta uma história subordinada ao tema do 'mais rápido pistoleiro do Oeste'. Tema que Glenn Ford até já havia abordado, na década precedente, quando participou (em 1956, sob a orientação do realizador Russell Rouse) na fita «A Vida ou a Morte» («The Fastest Gun Alive»). Os heróis são diferentes : o de «O PISTOLEIRO DO RIO VERMELHO» é um ex-fora-da-lei regenerado, cuja habilidade no manuseamento do Colt o levou a exercer funções de xerife numa pequena cidade da fronteira. E cuja dificuldade maior consiste em medir-se àqueles que constantemente o desafiam na vã tentativa de conquistar um nome e uma aura de atirador infalível. Quanto ao segundo, é sabido, trata-se de um modesto comerciante, que, ciclicamente, não resiste à vontade de se afirmar nas comunidades que o recebem como o grande atirador que efectivamente é. Isso, perante o desespero de uma esposa que teme as consequências da sua inconsequente gabarolice. Os desfechos das histórias também são diferentes. Se no primeiro western o herói acaba por renunciar ao uso da arma e também ao amor da mulher amada, para se eclipsar para parte incerta, no segundo filme o pistoleiro fenomenal aceita, voluntariamente, passar por morto para assim poder (com a sua família) continuar a viver tranquilamente e anonimamente na terra onde ele, afinal, até já criara raízes. Dois filmes para ver e rever.

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