quarta-feira, 18 de junho de 2014

DIXIE, PARAÍSO E INFERNO

Muitos filmes de Hollywood ilustram o quotidiano da alta sociedade sulista, antes da eclosão da guerra civil; que após quatro longos anos de luta fratricida, culminou com a derrota da Confederação e com a destruição de um modo de vida, que assentava, essencialmente, na servidão e na humilhação de centenas de milhar de seres humanos transplantados da África negra para as Américas. «12 Anos Escravo» é um dos exemplos mais recentes a testemunhar essa realidade. Também a ilustração que aqui deixo (e cujo autor só não cito por pura ignorância) é exemplo do que foi essa sombria realidade : enquanto os membros da aristocracia branca se entregavam aos prazeres proporcionados pela segregacionista Dixie, os negros trabalhavam duramente, alombando com os fardos que vão carregar o «Delta Queen» ou executando outras tarefas subalternas que qualquer branco (mesmo de modesta condição social) se negava fazer. Quase 1 milhão de mortos foi o preço a pagar para abolir a escravatura do território dos Estados Unidos. Mas os vexames persistiram até aos anos 60 do passado século, onde se operou toda uma série de melhorias beneficiando os antigos escravos. E isso, graças às vozes e à acção de mulheres e de homens corajosos (tais como Martin Luther King, para citar só um deles), que pagaram com a sua própria vida o preço da liberdade. Ilustrativo do que ainda ara a vida dos afro-americanos por volta de 1950 é o filme «As Serviçais». Cujo visionamento, nas salas de cinema ou em casa, em DVD, eu recomendo vivamente.

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