sábado, 17 de maio de 2014

«VÍCIO DE MATAR»

«VÍCIO DE MATAR» foi o título dado a este western psicológico de Arthur Penn, aquando de uma programação televisiva tardia; já que esta película nunca chegou a estrear (vá lá saber-se porquê ?) nas nossas salas de cinema. Esta película pretende ser uma das mais fiéis biografia fílmicas de Billy-the-Kid, alcunha que valeu a celebridade a um obscuro bandido do Novo México denominado, na realidade, William Bonney. Segundo um crítico, «o fatalismo impregna este filme, que oferece a Paul Newman um dos seus melhores papéis». Opiniões... «VÍCIO DE MATAR» («The Left-Handed Gun») é uma fita dos estúdios Warner Bros., que contratou o já referido Paul Newman, Lita Milan, John Dehner, Hurt Hatfield e James Best para darem corpo e voz às principais personagens. Foi filmado a preto e branco (em 1958) e tem uma duração e 102 minutos. No Brasil foi-lhe dado o título «Um de Nós Morrerá».

«HOMENS SEM LEI»

Atmosfera de 'film noir' transposta para o Oeste americano de fins do século XIX. Esta fita traça a carreira de um marginal, a sua ascenção no mundo do crime e o seu fim trágico, mas previsível. «HOMENS SEM LEI» («Bad Men of Tombstone») foi realizado em 1949 por Kurt Neumann, por conta da modesta companhia Allied Artists. O desempenho dos principais papéis foi confiado a Barry Sullivan, Marjorie Reynolds, Broderick Crawford, Fortunio Bonanova, Guinn Williams e Johm Kellog. Esta película tem fotografia a preto e branco e uma duração de 75 minutos. Não é conhecida a existência de qualquer cópia deste filme em  DVD (ou noutro suporte videográfico), mesmo nos Estados Unidos. Seu título no Brasil : «O Último Malfeitor».

MAS, AFINAL, QUEM FOI ALLAN PINKERTON ?

O nome de Allan Pinkerton é citado em vários westerns, sempre aliado à acção de uma famosa agência de polícia privada, que ainda hoje existe e que se chama Pinkerton Consulting and Investigtions. Allan Pinkerton, nasceu em Glásgua (na Escócia) a 25 de Agosto de 1819 e cedo começou a interessar-se pela política. Ainda jovem, aderiu ao British Chartist, um dos primeiros movimentos que, no Reino Unido, pugnou pelos direitos da classe operária. Mas, com pouco mais de 20 anos de idade, já casado, decidiu instalar-se nos Estados Unidos da América, onde procurou uma vida mais desafogada. Ali exerceu várias profissões, até que, em 1849, travou conhecimento com Edward Rucker -um advogado de Chicago- com o qual fundou, ainda nesse ano, a sua famosa agência de detectives. Cujo emblema era um olho bem aberto e cujo lema foi «We Never Sleep» ('Nós Nunca Dormimos'). Essa instituição privada chamou-se inicialmente North-Western Police Agency, mas passou a denominar-se, pouco depois, Pinkerton National Detective Agency. Organização que sempre se empenhou (contra remuneração, obviamente) na luta contra o crime organizado e na caça aos fora-da-lei. A agência Pinkerton especializou-se, muito particularmente, no combate aos assaltantes de bancos e de transporte de valores, tais como diligências e comboios. E ganhou tal fama no desempenho dessas missões arriscadas (foi Pinkerton que reinventou o conceito da infiltração de agentes) que, em 1861 -quando rebentou a guerra civil- foi o próprio presidente Lincoln que contratou a agência Pinkerton para realizar algumas missões de espionagem em território do inimigo e para assegurar a sua protecção pessoal. Aliás Lincoln foi salvo de um atentado em Baltimore, logo no início do seu mandato, pela acção dos experimentados homens de Pinkerton; a cujo chefe o presidente dos E.U.A. não hesitou entregar o cargo de director do 'Union Intelligence Service', a espionagem nortista. Assim, quando o conflito terminou, Pinkerton e os seus agentes regressaram à vida civil com um prestígio enorme e merecido. O que levou várias companhias financeiras e de transporte de valores a recorrerem aos seus serviços na luta contra, entre outras, as quadrilhas Reno e a dos irmãos James. Contra as quais os sucessos da agência foram, diga-se em abono da verdade, mínimas ou nulas. Em contrapartida, há que reconhecer-lhe mérito na luta contra a quadrilha de Butch Cassidy ('the Wild Bunch'), que os agentes da Pinkerton ajudaram a desmantelar. Outra faceta da agência Pinkerton que é necessário referir, é a luta que esta polícia privada desencandeou (a mando do patronato ianque) contra os sindicatos e contra os movimentos sociais que -nos 'states', de finais do século XIX e de inícios da centúria seguinte- lutavam a favor de melhores salários e de condições de trabalho mais humanas. O que não deixa de ser surpreendente, se considerarmos o passado de militância de Pinkerton durante os seus anos de juventude. Talvez a explicação resida no facto de Allan Pinkerton ter morrido em 1884, em Chicago, das sequelas de uma queda e os 'feitos' anti-sociais da sua agência serem, quase todos eles, posteriores ao seu passamento :  Homestead Strike (1892), Pullman Strike (1894), Ludlow Massacre (1914), em que os agentes Pinkerton se encarniçaram contra os operários siderúrgicos, os ferroviários e os mineiros, respectivamente. As fotos anexadas mostram Pinkerton a cavalo durante o período da Guerra de Secessão, o emblema da organização que ele fundou e uma placa identificativa dos seus agentes. Na última imagem (à esquerda), vêmo-lo ao lado do presidente Abraão Lincoln e de um general das tropas federais.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

«OS ABUTRES TÊM FOME»

Com título idêntico, tanto em Portugal como no Brasil, «OS ABUTRES TÊM FOME» (Two Mules for Sister Sara») teve realização de Don Siegel; que dirigiu esta fita (com cheirinho a 'spaghetti'), em 1970, por conta  dos estúdios Universal International. Sinopse : em finais do século XIX, no México revolucionário, dois espiões juaristas (um homem e uma mulher) cruzam-se, por acaso, e acabam por aliar-se para melhor poderem escapar às tropas francesas de Maximiliano, que ocupam o país e os perseguem. Ela decidiu vestir o hábito de freira, para assim iludir o adversário... Entrecortada por laivos de humor, que muito a bonificam, esta fita (inspirada numa história escrita por Budd Boetticher) tem no elenco Clint Eastwood, Shirley MacLaine, John Kelly, Armando Silvestre, Alberto Morin, Ada Carrasco, etc. A cores e com 1 h 56 de duração. Já com várias cópias editadas em DVD e noutros suportes videográficos.

«O JUIZ»

Obra de John Huston, que realizou «O JUIZ» («The Life and Times of Judge Roy Bean») em 1972, baseado num guião original de John Milius. Conta a história (romanceada, já se vê) de Roy Bean, famoso aventureiro que pretendia encarnar 'a lei a Oeste do Pecos'. E que nutria pela cantora Lily Langtry, também aqui evocada, uma admiração sem limites. Com Paul Newman, Jacqueline Bisset, Roy Jenson, Gary Combs, Fred Broolfield e a bela Victoria Principal no seu primeiro papel no cinema. Esta fita picaresca, bem humorada, tem a chancela da companhia First Artists, foi filmada a cores e tem 2 hoas de duração. Tem música do galardoado compositor francês Maurice Jarre. Largamente difundido em vídeo este filme intitula-se no Brasil  «Roy Bean, o Homem da Lei».

«BANDIDOS À FORÇA»

«BANDIDOS À FORÇA» («The Great Missouri Raid») foi realizado em 1951 pelo estimável Gordon Douglas. Este western nunca foi estreado nas salas de cinema do nosso país. O título aqui referenciado foi-lhe atribuído aquando de uma exibição tardia num dos canais da TV portuguesa. Mais uma versão das 'proezas' dos manos Jesse e Frank James e seus apaniguados. Simpático western, que, ao tempo da sua estreia, encantou as plateias populares dos 'states' e dos países para onde foi vendido. Bem feito e sem tempos mortos. Produzido para a companhia Paramount Pictures, colorido e com 83 minutos de duração. Com Wendell Corey, Macdonald Carey (no papel de Jesse), Ward Bond, Ellen Drew e Bruce Bennett. Ainda sem cópia DVD comercializada por estas bandas. Título brasileiro : «A Vingança de Jesse James».

O VALE DO FUGITIVO»

Com a assinatura do realizador Abraham Polonsky, esta película tem acção decorrente na Califórnia de inícios do século XX. Willie Boy, um jovem índio marginalizado pelo seu próprio povo, quer desposar Lola contra a vontade do pai desta. A situação agrava-se com a morte provocada do responsável tribal e vai mobilizar polícias e jornalistas, que movem uma feroz perseguição ao assassino. Vítima da famigerada 'caça às bruxas', Polonsky quis (confessadamente) condenar, em «O VALE DO FUGITIVO» («Tell Them Willie Boy Is Here»), certas taras (apresentadas como virtudes) da sociedade americana. Muito polémico, o filme recebeu poucas críticas favoráveis; mas eu gostei, apesar do seu tom moralisador. Com Robert Redfod, Robert Blake, Katharine Ross, Barry Sullivan e Susan Clark. Produzido para os estúdios Universal em 1969, colorido e com 97 minutos de duração. Título no Brasil : «Willie Boy».

«A ÁRVORE DA VIDA»

O filme «A ÁRVORE DA VIDA» («Raintree County»), realizado em 1957 por Edward Dmytryk, é mais um drama familiar com a Guerra Civil em pano de fundo, do que propriamente um western. John Shawnessy é seduzido por Suzanna, uma beldade do Sul, que, pouco a pouco, revela ser uma mulher psicologicamente desiquilibrada e lhe vai transformar a vida num infermo. Filme complexo, produzido plos estúdios M.G.M., «A ÁRVORE DE VIDA» propõe ao espectador um assombroso frente a frente entre dois monstros sagrados do cinema hollywoodiano : Elizabeth Taylor e Montgomery Clift. Também com a participação de Nigel Patrick, Lee Marvin, Rod Taylor, Agnes Moorehead e Jarma Lewis. Filmado em cinemascope e a cores, com 2 h 50 de duração. Sem cópia DVD por cá. Título brasileiro idêntico ao usado em Portugal.

«UM HOMEM SÓ»

Filme de Harry Horner, rodado em 1956 por conta da United Artists. A preto e branco e com uma duração de 1 h 22. Um vagabundo abate um pistoleiro reputado, na sequência de um inesperado golpe de sorte. O proprietário de um 'saloon' local, que ambiciona dominar a cidade fronteiriça onde teve lugar a ocorrência, tenta contratá-lo. Enquanto Estella -uma beldade da terra- o repudia, porque odeia os homens que fazem da violência um modo de vida. Com Anthony Quinn, Katy Jurado, Whit Bissell, John Larch, Douglas Fowley, etc. Interessante, mas ainda sem DVD editado por estas bandas. «Blefando com a Morte» é o título brasileiro deste western.

«AVANÇADA PERIGOSA»

É uma das obras interessantes da filmografia de Audie Murphy. O western «AVANÇADA PERIGOSA» («Ride a Crooked Trail») foi realizado, em 1958, por Jesse Hibbs e contou com a participação artística de Gia Scala e de Walter Matthau, além da do já referido Murphy; que aqui encarna a personagem de um forajido, que chega a uma localidade do Faroeste e é tomado por quem não é : quer dizer pelo recém-nomeado xerife do lugar. A sua acção de polícia impoluto, vai beneficiá-lo (e regenerá-lo) quando a sua verdadeira identidade é revelada. Produzido para a Universal, este filme foi filmado a cores e tem uma duração de 87 minutos. Tenho uma belíssima cópia proveniente de França. Título no Brasil : «Na Rota dos Proscritos».

«A CIDADE TURBULENTA»

A fita «A CIDADE TURBULENTA» («Destry Rides Again»), que foi realizada por George Marshall em 1939, tem no par vedeta formado por Marlene Dietrich e James Stewart o seu maior trunfo. Sinopse : um xerife novato vai impor (sem usar armas) a lei numa cidadezinha do Oeste, até então dominada por um criminoso sem escrúpulos e pela bela e rebelde proprietária de uma casa de jogo. Esta história -um western paródico- que já teve várias versões cinematográficas, foi filmada a preto e branco, tem uma duração de 81 minutos e ostenta a marca da companhia Universal. Outros actores do elenco : Brian Donlevy, Charles Winninger, Mischa Auer e Jack Carson. Já com edições DVD comercializadas em vários países. Título brasileiro : «Atire a Primeira Pedra».