sábado, 8 de julho de 2017

BEBÉ NEZ-PERCÉ

Esta esplêndida fotografia foi tirada no Idhao por Edward S. Curtis (1868-1952). Mostra um bebé de uma das tribos Nez-Percé no seu berço. Este artefacto era portátil e transportado às costas da mãe.  Curtis era etnólogo e fotógrafo e foi, certamente, o artista/pesquisador que mais retratou os povos nativos da América do norte. Deixou-nos um espólio único e de valor incalculável, constituído por centenas de retratos de ameríndios e de fotografias reproduzindo Aa sua vida e os seus costumes.

«SON OF THE RENEGADE»

Este western de modestíssimo orçamento (e destinado às primeiras partes das populares sessões duplas) foi realizado em 1953 por Reg Browne. A sua produção foi assegurada pela companhia de Jack Schwarz; que contratou Johnny Carpenter, Lori Irving, Joan McKellen, Valley Keene e Jack Ingram para desempenharem os papéis principais. Esta fita tem fotografia a cores e uma duração de 56 minutos. Sinopse : um homem jovem regressa a Red River para reclamar a herança deixada por seu falecido pai; que fora, outrora, banido pelo xerife da povoação... Cavalgadas e tiroteios, constituem o prato forte servido às pouco exigentes plateias do tempo. Título brasileiro desconhecido.

'TRAIL BOSS'

Neste selo emitido pela administração postal dos EUA sobre a conservação e salvaguarda das pastagens, podemos ver -do lado esquerdo- a figura do 'Trail Boss'. Que era o chefe de equipa, o chefe de pista de um grupo de vaqueiros e responsável pela qualidade do trabalho efectuado e por muitas outras tarefas. Inclusivamente pelo comportamento dos seus homens fora e dentro do acampamento. Irresistivelmente, pensei na figura do actor Eric Fleming, da série televisiva «Rawhide». Que foi uma das melhores jamais produzidas sobre a vida rude e perigosa dos cowboys...

Eric Fleming no papel do contramestre Gil Favor, em «Rawhide».

sexta-feira, 7 de julho de 2017

«CANHÕES PARA CORDOBA»

«CANHÕES PARA CORDOBA» («Cannon for Cordoba») tem a assinatura de Paul Wendkos, que o realizou em 1970 para a companhia Mirich. Apesar de ser apresentado como uma fita norte-americana, este western foi inteiramente rodade em Espanha, muito provavelmente na região de Almeria; que, durante anos, fez figura de Hollywood ibérica. É um filme colorido e com 104 minutos de duração, que contou com a participação artística de George Peppard, Giovanna Ralli, Peter Dull, Raf Vallone, John Russell, Don Gordo, Francine York, etc. Como diz o outro, não é nada de, verdadeiramente, 'encher o olho'. E pelo qual valha a pena suspirar. O seu título brasileiro é idêntico ao que lhe foi atribuído no nosso país. Sinopse : no início do século XX, no norte do México em plena revolução. Um grupo de soldados da US Army entra -clandestinamente e sob o manto do anonimato- no México, com ordens para ali por cobro às perigosas actividades de um aventureiro local, o 'general' Cordoba. Depois de atacado e de deixar escapar algumas peças de artilharia, os 'gringos' vão virar a sua acção para a recuperação ou destruição desses canhões...

«HOSTILES»

«HOSTILES» foi (ou vai ser) estreado em 2017. As críticas que incidem sobre este novo western são excelentes e dão para acreditar que temos aqui uma obra que marcará o seu tempo. Oxalá não estejamos a ser demasiado optimistas ! Este filme teve realização de Scott Cooper e tem, nos seus principais papéis, os actores Christian Bale, Wes Studi, Rosamund Pike, Ben Foster e Jesse Piemons. É uma película a cores, com duração que ainda desconhecemos. A acção decorre no território do Novo México em 1892 e a história contada é a seguinte : um capitão de cavalaria em vésperas de obter a reforma, aceita cumprir uma derradeira missão; que consiste em escoltar (com alguns dos seus homens) um velho chefe Cheyenne, que deseja acabar os seus dias na terra sagrada dos seus antepassados. Mas o caminho será longo e cheio de surpresas. E a mais surpreendente será -para estes dois combatentes rivais das chamadas guerras índias- o facto de terem aprendido a respeitar-se e a aceitar-se tal como são. Como disse um crítico, «HOSTILES» não é uma narrativa sobre combates (...), mas sobre o caminho que conduz ao respeito, à reconciliação e ao perdão. Esperemos para ver. Curiosidade : parece não haver, na Net ou em qualquer outro lado, reprodução do cartaz deste novo western.

«TRADED»

«TRADED», inédito por cá (pelo menos segundo as informações que tenho), foi realizado em 2016 por Timothy Woodward Jr.. Que nesta fita dirigiu Kris Kristofferso, Trace Adkins, Michael Paré, Tom Sizemore, Martin Kove e Brittany Elizabeth Williams. Foi produzido/distribuído por Cinedign Entertainmente directamente para o mercado vídeo, segundo creio. É uma fita a cores, com 98 minutos de duração. «TRADED» foi inteiramente rodado na Califórnia, embora a acção se passe, por escolha do guionista, no Cansas em 1880. Onde Clay Travis, um antigo pistoleiro, vai arrumar as armas para se consagrar à criação de gado. Mas o destino vai negar-lhe um fim de existência tranquilo. Sua filha de 17 anos foge de casa e vai procurar trabalho num bordel de Dodge City; onde o pai a procura e deve disputá-la, de armas na mão, ao implacável La Voie, dono do estabelecimento...

NA HORA DA DESPEDIDA

Numa estação de caminhos-de-ferro, algures no Sul rebelde, um oficial confederado despede-se da esposa e do filho recém-nascido. Um comboio parece aguardar que o dito combatente se decida a embarcar para o conduzir ao seu regimento e ao campo de batalha. Repare-se no burburinho que reina na gare, onde os militares se interpelam e as caixas de munições e barris de pólvora se acumulam... Esta mui realista cena foi pintada pelo conhecido artista Mort Kunstler, autor de inúmeras telas sobre a fratricida guerra civil americana (1861-1865).

INCONGRUÊNCIAS

Estas duas capas de DVD's editados em Espanha são alusivas ao filme «Mosqueteiros do Oeste» («Kentucky Rifle»), realizado em 1955 (certas fontes dão-o como estreado no ano seguinte) por Carl K. Hittleman. Contêm, ambas, erros gritantes; como, por exemplo, a representação de carabinas de repetição Winchester, que, naturalmente, nada têm a ver com a histórica espingarda do Kentucky, usada pelos pioneiros em finais do século XVIII e nas primeiras década da centúria seguinte. Outra coisa que não se encaixa na área geográfica onde a acção desta aventura westerniana decorre, é o totem decorado que uma das capas apresenta. Com efeito, esse objecto também nada tem a ver com os Comanches da fita. Estes mastros artisticamente trabalhados pertencem, na realidade, à cultura dos ameríndios da costa do Pacífico. Abro aqui um parêntese para dizer que já vi alguns deles (autênticos), que estão expostos no Museu Canadiano de História (outrora chamado Museu das Civilizações), em Hull, no Canadá. Enfim, são detalhes que, acho eu, têm a sua importância... A propósito do uso da espingarda em apreço no conflito contra os Comanches (que se intensificou já na segunda metade do século XIX), penso que também é descabido. Usar essa arma nesse tempo, seria como, se nos nossos dias, utilizássemos um venerável Ford T nas nossas autoestradas.<br />
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Estas sim, são as famosas espingardas de pederneira do Kentucky; que tinham um comprimento descomunal e que, como todas as armas do seu tempo, se carregavam pela boca.

AMBULÂNCIA DOS APACHES DE SAN CARLOS

A tristemente célebre reserva de San Carlos -onde, em finais do século XIX, as autoridades político-militares dos Estados Unidos internaram, em condições infra-humanas, os últimos resistentes Apaches e suas famílias- foi teatro de dramas atrozes, que levaram ao desespero e à morte muitos dos companheiros e parentes de Geronimo (ele desterrado para a Flórida e, depois, para o Oklahoma), o grande caudilho e estratego ameríndio. O tempo passou, mas San Carlos não deixou de ser aquilo que sempre foi : uma área confinada, árida, sem grandes condições para se ser feliz. Mas, graças à racional administração do conselho tribal de San Carlos, as coisas melhoraram significativamente. Em matéria de saúde, por exemplo, a população Apache beneficia agora de centros sócio-médicos aceitáveis e de ambulâncias modernas e bem equipadas, que -como a que se vê na imagem anexada- asseguram o transporte de doentes em condições dignas de seres humanos.

A LEI DAS SÉRIES : «DEAD MAN'S GUN»

Esta série televisiva norte-americana (que, tanto quanto julgo saber, é inédita na Europa) foi produzida, entre 1997 e 1999, pelo departamento TV da companhia M.G.M.. Dela foram realizados 41 episódios a cores com uma duração unitária de 60 minutos. Foi criada por Ed e Howard Spielman. Foi inteiramente rodada no Canadá. A narração é assegurada por Kris Kristofferson. Tem mais de uma centena de protagonistas, entre os quais se contam os actores Jim Shield, Chilton Crane e Brenton Spencer. Os episódios são independentes uns dos outros e contam-nos a história de uma arma -um revólver- que sucessivamente perdido e achado, influi no destino do seu utilizador... O que não deixa de nos lembrar a Winchester 73 da fita homónima de Anthony Mann. Segundo informações colhidas aqui, ali e acolá, trata-se de uma série com qualidade. Que, naturalmente, todos nós -incondicionais do western- muito gostaríamos de poder ver por cá.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

«NEVADA»

Esta película da RKO -realizada em 1944 por Edward Killy- teve Robert Mitchum no papel principal. Foi um dos primeiros westerns da carreira do grande Bob, que aqui contracena com Anne Jeffreys, Guinn 'Big Boy' Williams, Nancy Gates, Harry Woods, etc.  Filmado a preto e branco e com 62 minutos de duração. Sinopse : Nevada, um modesto cowboy, ganha, surpreendentemente, 7 000 dólares numa sala de jogos. E logo decide investir essa soma em equipamento de exploração mineira, para tentar arrancar milhões de um filão aurífero. Mas, um vigarista local -que lhe cobiça o dinheiro- acusa-o de roubo e de assassínio, provocando uma tentativa de lynchamento. «NEVADA» teve (há relativamente pouco tempo) uma edição DVD em França, mas que não tem legendagem na nossa língua. Acho (sem ter a certeza) que esta fita resta inédita no nosso país. Já no Brasil, foi difundida com o seu título original.

«RATON PASS»

Este western (que eu vi há muitos anos, creio que na TV francesa) data de 1951 e teve realização de Edwin L. Marin. Filmado a preto e branco, «RATON PASS» ostenta a marca dos estúdios Warner Bros. A sua duração é de 84 minutos. No elenco figuram alguns nomes conhecidos, tais como os de Steve Cochran, Patricia Neal, Dennis Morgan, Dorothy Hart, Basil Ruysdael, Louis Jean Heydt, e outros. A história contada é esta : uma aventureira chega a uma pequena cidade do Novo México, que vive da actividade ganadeira. Depois de ter desposado um rico herdeiro e de o ter despojado de metade do seu rancho, a senhora faz-se amante de um banqueiro local e intriga para se tornar ainda mais rica e poderosa... O seu título brasileiro é «Escrava da Cobiça». Resta-me uma vaga recordação desta fita de série B e a ideia dela ser mais ambiciosa do que a maioria das suas congéneres da época. Para rever e confirmar.

«WACO»

«WACO», mais um western inédito por cá, foi realizado em 1952 por Lewis B. Collins. Que aqui dirigiu Wild Bill Elliott, Pamela Blake, Stanford Jollay, Rand Brooks, etc. A produção foi assegurada pelos estúdios Monogram Pictures, que, no que à fotografia diz respeito, optaram pela 'Sepiatone', um preto e branco, que, por vezes, dava a ilusão da cor que na realidade não tinha. A duração é de 68 minutos. Sinopse : um condutor de diligências mata -durante uma partida de póquer- um batoteiro. Apesar de ter actuado em legítima defesa, o postilhão foge e junta-se a um bando de criminosos. Uma nova oportunidade se lhe adianta, quando o xerife que o persegue o captura e lhe oferece um indulto a troco da entrega da quadrilha de bandoleiros que o acolheu... Título no Brasil : «Pistoleiros em Ação».

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

AINDA SOBRE «BONE TOMAHAWK»

Num 'post' aqui colocado em data de 11 de Março do passado ano, referi o lançamento internacional do western «Bone Tomahawk»; que eu ainda não tinha visto. Passados 4 ou 5 meses, pude visualizar uma versão DVD do filme. Que, confesso, não me entusiasmou por aí além. A história algo bizarra de uma missão de resgate de uma mulher detida contra a sua vontade por índios canibal/trogloditas não é, propriamente, o meu subgénero preferido. Mas estas linhas foram escritas, sobretudo, para alertar os interessados de que esta película de S. Craig Zahler foi, finalmente, estreada nos nossos ecrãs. Com o título, também ele estranhíssimo de «A DESAPARECIDA, O ALEIJADO E OS TROGLODITAS». Uma curiosidade que, certamente, não será do gosto de todos...

«WILD HORSE AMBUSH»

«WILD HORSE AMBUSH» é uma produção da companhia Republic Pictures datada de 1952. Foi realizada por Fred C. Brannon e tem 54 minutos de duração e fotografia a preto e branco. Os papéis principais desta discreta 'coboiada' (que nunca chegou a ser exibida nas nossas salas de cinema) foram distribuídos a Michael Chapin, Eilene Janssen, James Bell, Richard Avonde e Roy Barcroft. Este western tem um argumento algo inédito, pois conta-nos a história de um caçador de cavalos selvagens que, sob a capa dessa actividade legal, esconde um tráfico de pesos (mexicanos) falsos. Nunca vi.

«ARIZONA LEGION»

«ARIZONA LEGION» é uma modesta fita com a chancela da RKO Films. Estreou em 1939. Teve realização de David Howard, foi filmada a preto e branco e a sua duração é de, apenas, de 58 minutos. Entre os principais actores do elenco, destacam-se os nomes de George O'Brien, de Laraine Johnson e de Chill Wills. Tema : em finais do século XIX, o território do Arizona é alvo da sanha de bandidos que saqueiam, matam e escapam impunemente aos seus crimes. A polícia e os juízes foram corrompidos e as testemunhas de roubos e de assassínios acobardam-se. Até que -no meio do caos vigente- surge um homem destemido, que vai colocar-se no caminho dos violadores da lei e da ordem... Inédito em Portugal. Título brasileiro (se é que o tem) desconhecido.

O INFERNO DO PÓQUER

O cinema 'made in Hollywood' ofereceu-nos alguns filmes inesquecíveis sobre o póquer e sobre aqueles que se entregam à paixão devorante dos jogos de cartas. Estou a lembrar-me, por exemplo, de «The Cincinnati Kid», de «The Sting» e de «California Split»... Mas, e é disso que quero falar, no campo bem específico do western, são, igualmente, numerosas as películas que lhe consagraram (ao póquer) um lugar muito especial. Tais como estas (entre muitas outras), que cito de memória e sem respeito pela data de estreia : «Maverick», «The Mississippi Gambler», «The Rawhide Years, «Five Cards Stud», «The Gambler from Natchez» ou «River Lady». Confesso, no entanto, que aquela que mais me apaixonou, que mais gozo me proporcionou, foi mesmo «A Big Hand for the Little Lady», realizada em 1966 por Fielder Cook. Uma fita (com várias celebridades no elenco, das quais se destacam Henry Fonda, Joanne Woodward, Jason Robards, Charles Bickford e Burgess Meredith) que nos conta a maneira como alguns ricos, experientes e arrogantes jogadores de póquer se fazem 'depenar' por um grupo de actores de teatro. Este filme (no qual alguns críticos viram um conto filosófico) passa-se, essencialmente, à volta de uma mesa de jogo e alimenta as preocupações, os sobressaltos dos espectadores em relação a uma singela família de pioneiros; até eles (os espectadores) descobrirem que os 'lobos maus' da história não são, afinal, aqueles que as aparências sugerem... Pena é que esta película continue inédita no nosso país, inclusive em DVD. Aqui deixo algumas reproduções de cartazes do filme em questão, editados em países europeus onde o dito fez sensação.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

«WILD BILL HICKOK : SWIFT JUSTICE»

Este filme, estreado no passado ano (2016), foi realizado conjuntamente por Sharpe García Jr. e por Daniel Rodriguez e teve participação artística de Jeff Fahey, Lee Majors, Tanya Chistiansen, Harold Jones, Rob Mello, etc. Presumo que «WILD BILL HICKOK : SWIFT JUSTICE» tenha sido produzido a pensar, prioritariamente, na sua difusão vídeo. Tem a marca da companhia Barnholtz Entertainment, foi filmado a cores e propõe 77 minutos de acção. Sinopse : pouco tempo antes de ter sido assassinado pelas costas num 'saloon' de Deadwood, Wild Bill (farto de violências) aceitou o posto de xerife oferecido pelas autoridades de uma cidadezita pacata e sem história. Mas o seu passado persegue-o e o famoso pistoleiro vê-se forçado a afrontar, ali, os temíveis irmãos Roby;  que querem tirar proveito da glória de o abater... Nunca vi, mas temo que seja uma obra menor, feita para aproveitar esta nova onda de popularidade que avassala o nosso género fílmico preferido. Oxalá me engane.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

O 'APAZIGUADOR'


A sua utilização por cowboys e xerifes, por militares e foras-da-lei, enfim por todos aqueles que, no bravio Oeste, pretendiam defender a vida face a um inimigo também ele 'artilhado', fez desta fabulosa arma de fogo -o Colt 45 'Peacemaker'- um parceiro ideal e fiável. Hollywood assegurou-lhe fama duradoira, pois, nos seus filmes (do género western), 'não há cão nem gato' que não a use encafuada num coldre que lhe pende do cinturão-cartucheira. Embora, na realidade, esta arma tenha sido, apenas, uma das muitas pistolas de tambor rotativo utilizadas pelos homens da fronteira. Mas, reconheça-se, o 'Peacemaker' foi a melhor, a mais popular e a mais potente arma de punho de finais do século XIX. Daí o seu nome ser, ainda hoje, sinónimo de revólver. A letal invenção de Samuel Colt, a tal personagem que -depois de Deus ter criado os homens- os tornou iguais.

«RENEGADE GIRL»


«RENEGADE GIRL» (1946) é um filme com a chancela da companhia Screen Guild Productions; que confiou a sua realização a William Berke e o desempenho dos principais papéis a Ann Savage, Alan Curtis, Edward Brophy, Russell Wade, Jack Holt e Ray Corrigan. É uma fita com fotografia a preto e branco e com 65 minutos de duração. Inédita no nosso país. Sinopse : Depois da Guerra Civil, aquando da ocupação do Sul pelas tropas ianques, uma jovem rebelde do Missouri casa-se (por amor) com um garboso capitão 'inimigo', mas não abdica de vingar-se de um chefe Cherokee, que assassinou o seu irmão. E, para tanto, vai congeminar planos para matar o índio com o apoio de membros do antigo bando de Quantrell... Título brasileiro : «A Rebelde».

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

«WHITEWATER SAM»

Esta raríssima película foi inteiramente filmada (em 1982) no grandioso quadro das 'Rockies' (em terras do Wyoming e do Colorado), proporcionando aos espectadores (de todas as idades) paisagens de uma beleza sem par. Foi adaptada ao cinema, co-realizada, produzida e protagonizada por Leith Larsen, que aqui pretendeu narrar a vida aventurosa de um certo Whitewater Sam; que terá sido o primeiro homem branco a sobreviver aos rudes invernos das Montanhas Rochosas. E que terá mantido (por volta de 1820) uma relação privilegiada com as tribos autóctones e com a Natureza. Nunca tive oportunidade de ver (nem sequer em vídeo) esta fita com 85 minutos de duração, que ostenta a chancela da Keith Larsen Film e que foi filmada a cores. Talvez um dia «WHITEWATER SAM» nos surja por aí (nunca se sabe) sob forma de DVD...

«SHE CAME TO THE VALLEY»

Proveniente do Oklahoma, a família Westall estabelece-se com um comércio numa sossegada cidadezinha do Oeste, não muito longe da fronteira do Rio Grande. Onde acaba por recolher e por ligar-se de amizade com Bill Lester, um jovem vagabundo. Este, é um confesso admirador de Pancho Villa, que, do outro lado da fronteira, contesta a autoridade do governo do seu país. Até ao dia em que o temido chefe guerrilheiro atravessa o rio, destrói a cidade onde ele vive e mata o seu amigo Pat Westall... Com realização de Albert Band, esta fita (de 1979), «SHE CAME TO THE VALLEY», contou com a participação de Scott Glenn, Ronee Blakley, Dean Stockwell, Rafael Flores Jr., Jennifer Jones, Les Brecht, Anna Jones, etc. É colorida e tem uma duração de 92 minutos. Distribuição da RGV Pictures. Totalmente desconhecida por cá.

«SADDLE TRAMP WOMEN»

Também nunca vi isto... Uma obra marginal do cinema western, que tem por título «SADDLE TRAMP WOMEN». Foi realizada, em 1972, por Stu Segall e é uma fita colorida com duração de 65 minutos. Distribuída pela firma An Ommi Pictures, relata a história de uma caça ao homem por um grupo de matadores profissionais. Ou melhor, é a implacável caça a um 'gang' de foras-da-lei, que atacaram e violaram a filha de um rico ganadeiro do Oeste. Que para os exterminar, ofereceu uma choruda recompensa. Com Dan Kemp, Sandy Dempsey, John Alderman, Carl de Jung, Heather Vale, Deke Wilson, Elliott Lindsey, etc. Título brasileiro desconhecido. Atenção : este filme contém (ao que percebi) cenas eróticas, impróprias para um público de menor idade.

«THE TWINKLE IN GOD'S EYE»

Trata-se de um western paródico, que teve produção da Republic Pictures e realização de George Blair. Estreou em 1955 e no seu cartaz figuram, em primeiro plano, os nomes de Mickey Rooney, de Coleen Gray e de Hugh O'Brian. Tem fotografia a preto e branco e uma duração de 73 minutos. Sinopse : o reverendo Macklin regressa a Lodestone, lugar onde seu pai fora -25 anos antes- vítima de um ataque dos pele-vermelhas. O seu objectivo é duplo : reconstruir o templo incendiado pelos índios e levar a palavra de Deus a uma população que, tanto tempo sem guia espiritual, se tornou violenta e pervertida... Película inédita no nosso país e, porventura, no Brasil, onde não me parece ter tido alguma vez título próprio.

domingo, 22 de janeiro de 2017

«WAR PARTY»

Em 1870, um destacamento da cavalaria dos Estados Unidos tenta socorrer um pastor episcopal e sua filha cercados pelos Comanches. A missão, quase impossível, acaba por ter êxito devido à colaboração de uma mulher indígena, que indica aos militares um caminho esquecido que conduz aos assediados... É este o tema deste western realizado em 1965 pelo cineasta veterano Lesley Selander; que aqui contou com a colaboração dos actores Davey Davison, Donald Arry, Michael T. Mikler, Don 'Red' Barry, Laurie Mock, etc. «WAR PARTY» tem a chancela da companhia 20th. Century Fox, foi filmado a preto e branco e tem uma duração de 73 minutos. Título brasileiro : «Patrulha de Heróis».

«WAGON TEAM»

«WAGON TEAM» é uma fita realizada em 1952 por George Archainbaud. Foi produzida e distribuída pela Columbia Films e teve como principais participantes Gene Autry e o seu cavalo 'Champion', Gail Davis, os Cass Country Boys, e Pat Buttram. Tem fotografia a preto e branco e uma duração de 61 minutos. É mais uma 'coboiada' com tiros e cançonetas, típicas da filmografia de Gene Autry; que aqui interpreta o papel de um inspector de uma companhia de diligências, vítima de um importante roubo : o dos salários da tropa. Confesso que nunca fui grande fã deste género de fitas, mas que é normal aqui evocar, porque fizeram parte da realidade westerniana dos anos 30 e 40, sobretudo. Sem título conhecido no Brasil.

A PISTA DE OREGON

Para os emigrantes europeus do século XIX, que desembarcavam na costa leste dos Estados Unidos (onde já não havia terras livres para satisfazer o seu sonho americano), o território de Oregon surgiu como uma das últimas oportunidades de mudar o destino das suas vidas. Assim, naquele tempo, boa parte dessas famílias (quase todas elas de origem rural) optaram por passar a linha Mississippi-Missouri e lançar-se na grande aventura da travessia do Oeste; que haveria de os levar às terras, ainda quase míticas, da Califórnia e de Oregon, entre outras... Para esta última, longínqua e fértil região do extremo Oeste, a odisseia começava em Independence, uma pequena cidade ribeirinha do Missouri, onde se concentravam os carroções dos pioneiros candidatos à fortuna ou... à morte. Era ali que começava a pista de Oregon, que foi realmente aberta com a partida de 875 emigrantes em 1843. E que seriam -oficialmente- mais de 100 000 até 1867, ano em que o fluxo começou a atenuar até se extinguir. A pista de Oregon (que teve um troço comum para os colonos que se dirigiam para o norte da Califórnia e para o Utah) estendia-se por cerca de 3 200 km, que atravessavam enormes pradarias (povoadas por nações pele-vermelhas hostis à presença, mesmo passageira, do homem branco), desertos e -principal obstáculo do percurso- as Montanhas Rochosas; que era imperativo transpor fora da estação invernal, sob pena de ali se deixar os haveres e a vida. Os mais felizes cobriam (ao preço de imensos sacrifícios) esse percurso em 6/7 meses de caminhada, chegando a Portland, no fim da pista, exaustos mas convencidos de que iriam construir -naquela distante região- um futuro promissor. E a verdade é que conseguiram, graças ao seu sacrifício e ao seu labor, fazer do Oregon um estado próspero e invejado. É evidente, não refiro aqui (porque isso é outra história...) o preço a pagar pela chegada dos brancos a esse território; que comportou, como hoje se diz, danos colaterais : a saber, destruição das nações e tribos indígenas, descontrolo da Natureza, etc. Mas um dia falaremos disso.

CURIOSO TÍTULO

Curioso o título deste western... A não ser que antecipadamente se saiba que, na língua italiana, o nome Kociss corresponde, no nosso idioma, a Cochise; e que esta denominação aponta para um dos grandes líderes dos Apaches, que participaram (no século XIX) nas guerras contra a cavalaria dos Estados Unidos. O título original desta fita é «The Battle at Apache Pass», foi realizada por George Sherman e estreada em 1952. Muitos amadores de westerns viram nesta película a parte II de uma trilogia que se iniciou com «A Flecha Quebrada» e que finalizou com «Herança de Honra». Coisa que muitos cinéfilos contestam, pois não vêem nestes três filmes elos de ligação. A não ser a figura do já referido caudilho ameríndio e a sua encarnação cinematográfica pelo saudoso actor Jeff Chandler. Mas nós vamos deixar essa querela aos especialistas que queiram continuar a controvérsia e informar que estas linhas apenas servem para fazer observar as diferenças de grafia entre línguas néo-latinas (como o são as línguas de Camões e de Dante) e publicar a reprodução de um cartaz, para nós algo exótico, que pode confundir os amantes de cinema western. Esta fita «Kociss, l'Eroe Indiano» corresponde, não hajam dúvidas, ao filme denominado por cá «Cochise» e, no Brasil, «O Levante dos Apaches».

sábado, 21 de janeiro de 2017

«NAKED GUN»

«NAKED GUN» estreou em 1956. É uma produção da companhia AFRC (Assiciated Film Releasing Corporation), que teve realização conjunta de Eddie Dew e de Paul Landres. A história contada é a seguinte : um certo Pablo Salazar roubou uma fortuna em jóias a uma tribo índia; e o seu feiticeiro lançou uma maldição sobre os autores do crime, que perdurará até que o tesouro seja devolvido aos seus legítimos donos. Mas a cobiça do ouro vai despertar a inveja de muita gente, que vai tentar extorquir aos descendentes do referido Salazar (entretanto desaparecido) as jóias surripiadas... Este filme distribuído pela Allied Artists -com William Parker, Mara Corday e Barton MacLane- foi filmado a preto e branco e tem uma duração de 70 minutos. Nunca estreou por cá. Desconheço se chegou ao Brasil e, caso afirmativo, qual o seu título nesse país.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

«WALKING THUNDER»

«WALKING THUNDER», realizado em 1997 por Craig Clyde,  é um filme para toda a família. Que tem como herói um menino (John McKay) e os seus, que, em meados do século XIX, se perderam numa das regiões mais inóspitas da América do norte : as Montanhas Rochosas. Mas que vão sobreviver a essa duríssima prova, graças à ajuda de um pioneiro, de um 'medecin man' ameríndio e de... um possante grizzly. História de coragem, de abnegação, de entreajuda, face a uma Natureza selvagem e aos golpes da adversidade. Filme colorido e com 95 minutos de duração. Com John Denver, James Read, David Tom, Ted Thin Elk, Christopher Neame, etc. Distribuição DVD nos 'States' da responsabilidade da Echo Bridge Home Entertainment. Título brasileiro : «A Lenda do Trovão».