quarta-feira, 17 de outubro de 2012

«HOMENS DE GELO», UMA PÉROLA RARA


Em contrapartida, esta fita de André de Toth -lançada em DVD no nosso país pelo editor (Ciné Digital) das ingénuas cowboyadas de Roy Rogers- é uma obra-prima. É uma película (com a atmosfera de um 'film noir') que é indispensável descobrir. Sobretudo por aqueles que querem saber algo mais sobre um género 'retro', que a maioria dos portugueses da minha geração perdeu de vista e que os cinéfilos mais jovens deste país não desdenhariam conhecer. «HOMENS DE GELO» conta-nos a história de um grupo de desesperados (ex-soldados do exército confederado), que depois de ter realizado um assalto, que lhe rendeu dezenas de milhar de dólares, tenta escapar aos seus perseguidores através das Montanhas Rochosas. E que, na sua fuga, faz refém a população de uma cidadezinha da região...
Assim sumariamente contado, ficarão os leitores a pensar que o filme em causa é um modelo de fita de acção, com muitos tiros e cavalgadas movimentadas. Desenganem-se os que assim o imaginam. «HOMENS DE GELO» é um 'huis-clos', no qual a violência psicológica se sobrepõe às tradicionais cenas de murros e de disparos de armas de fogo. Daí o seu charme. Servida por um naipe de excelentes actores -Robert Ryan, Burl Ives, Tina Louise, etc), esta fita (a preto e branco) produzida pela companhia United Artists é uma das melhores peças do catálogo da supracitada editora, no qual figuram, no entanto, westerns tão extraordinários como «A Caravana Perdida», «Duelo ao Sol», «Johnny Guitar», «Sozinho Contra a Cidade» ou «Quem Ventos Semeia». //////////////////////////////////////////////////////////////
«HOMENS DE GELO» («Day of the Outlaw») foi realizado em 1959. À direita, na foto, perfila-se a figura de Robert Ryan, que tem nesta fita um dos bons papéis da sua carreira de actor

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