domingo, 19 de maio de 2013

CLARA BARTON, O 'ANJO DOS CAMPOS DE BATALHA'

Clarissa Harlowe Barton, de se verdadeiro nome, nasceu no dia de Natal de 1821 em North Oxford, uma localidade do estado de Massachusetts. Foi incumbida pelos seus, desde muito nova, para dar apoio a doentes familiares. Que, inesperadamente, recuperaram a saúde graças aos seus cuidados. Mais tarde, foi professora e funcionária pública. Quando, no ano de 1861, rebentou a guerra civil, Clara (nome pelo qual respondia) organizou vários movimentos humanitários para angariar roupas, alimentos e material sanitário para socorrer os soldados em dificuldade. Em 1862, depois de muita insistência da sua parte, recebeu autorização oficial para estender a sua actividade humanitária aos campos de batalha e, em 1864, foi nomeada -pelo general unionista Benjamin Butler- responsável pelos hospitais de uma das frentes de combate. Foi nesses lugares de sofrimento e de morte e perante o seu espírito interventivo e reconhecidamente solidário, que Clara ganhou o seu cognome de 'Anjo dos Campos de Batalha'. Esteve no horroroso campo de prisioneiros de Andersonville (autêntico precursor de Dachau e Auschwitz), onde, depois da derrota dos Confederados, ela ajudou a identificar e a marcar as campas dos soldados da União martirizados nesse lúgubre lugar. Foi também Clara Barton quem criou o organismo dos soldados desaparecidos em combate, em Washington. Depois da tormenta, Clara visitou a Europa, nomeadamente a Suíça, onde teve a ocasião de conhecer Henri Dunant, o futuro fundador da Cruz Vermelha. O ramo norte-americano dessa benemérita instituição seria fundada pela pioneira da acção humanitária na Guerra de Secessão em 1882 e teve no presidente Chester Arthur um dos seus primeiros sócios e apoiantes. Clara Harlowe Barton prosseguiu a sua actividade a favor dos que sofriam durante outros conflitos (Crimeia, guerra Hispano-Americana, etc) e, depois de uma vida bem preenchida, faleceu a 12 de Abril de 1912 em Glen Echo, no estado de Maryland. Tinha 90 anos de idade. A sua casa de Maryland -onde ela viveu os derradeiros 15 anos da sua vida e onde funcionou a primeira sede da Cruz Vermelha dos E.U.A.- recebeu em 1975 o estatuto oficial de Edifício Histórico Nacional e recebe anualmente muitos milhares de turistas; que ali vão para prestar homenagem a uma das grandes mulheres da história americana.

Sem comentários:

Enviar um comentário