quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A OSTRACIZAÇÃO DOS WESTERNS PRODUZIDOS PARA A TV

As produtoras de televisão norte-americanas também têm produzido alguns westerns de excelente factura. Curiosamente (vá lá saber-se porquê ?), essas obras são ostracizadas pelos editores de vídeo europeus. O que é lastimável. Estou a lembrar-me, por exemplo, de telefilmes como «Son of the Morning Star», «Andersonville», «Mr. Horn», «Follow the River», Thr Broken Chain», «I Will Fight no More Forever» ou, entre muitos outros mais, de «Buffalo Soldiers». Filmes que, se tivessem sido rodados para o grande ecrã, se contariam, hoje, entre os grandes clássicos do género. E que já teriam, disso não tenho a mínima dúvida,  uma profusão de cópias DVD e Blu-ray editadas no mundo inteiro. Europa incluída, naturalmente. Confesso que não percebo esta curiosa maneira de discriminar obras, só pelo facto de as ditas não terem sido exibidas nas chamadas salas obscuras dos nossos cinemas. Isto é uma verdadeira aberração, até (que isto seja dito) do ponto de vista comercial. Pois há inúmeras pessoas à espera que, um dia, cópias desses filmes TV apareçam nos escaparates dos estabelecimentos especializados na venda de videogramas. Aqui há dias topei com uma das obras citadas e há muito tempo procuradas -«Buffalo Soldiers»- que me apressei a adquirir. Até pelo facto de me ter custado menos de 10 euros. Tinha, para além da V.O., legendas em castelhano e no idioma francês, que eu felizmente domino. Único senão, é o facto de ser reservada à zona 1, que é incompatível com a nossa, que é a zona 2. Afortunadamente, tenho um mini-leitor de vídeos multizonal, que lê tudo. Inclusivamente gravações antigas e manhosas da televisão. Entre alguns dos telefilmes citados, tenho procurado, com particular interesse, versões por mim entendíveis de «M. Horn», que nos conta parte da vida aventurosa de Tom Horn, um 'herói' das guerras contra os Apaches, que acabou na forca, e, sobretudo, de «I Will Fight no More Forever»; cujo tema se debruça sobre a odisseia vivida, em 1877, por Chief Joseph e pelos derradeiros resistentes Nez-Percés ao domínio militar de Washington. Vamos lá senhores editores, façam prova de bom senso e lancem essas obras de grande interesse no comércio da especialidade. E se têm dúvidas quanto à sua qualidade, vejam-nas !

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