quarta-feira, 31 de julho de 2013

«EMBOSCADA NA SOMBRA»

Realizado em 1969 por Robert Mulligan, o filme «EMBOSCADA NA SOMBRA» («The Stalking Moon») é um western impressionante pelo 'suspense', pelo clima angustiante que paira sobre a intriga e que envolve, muito particularmente, as personagens encarnadas por Gregory Peck e por Eva Marie Saint. Algo nunca visto no cinema do género. Sinopse : um ex-batedor do exército americano, em fim de carreira, resolve dar protecção a uma ex-cativa dos Apaches e ao seu filho, fruto de uma união forçada com Salvage, um indómito guerreiro pele-vermelha. Esse acto de pura humanidade tem o condão de enfurecer o pai da criança, que se entrega numa luta feroz e sem tréguas contra aquele que ele considera o raptor da sua mulher e do seu filho... Impressionante é o adjectivo que melhor define esta película, que no Brasil se intitula «A Noite da Emboscada». Fita colorida e com 109 minutos de duração. Foi distribuída pela pouco conhecida firma National General Pictures e já tem edição DVD em países como a Espanha ou a França. Por cá continua a ser ignorada... O que já não me surpreende.

O PRINCÍPIO DO FIM...

Na imagem : algo intrigados, dois autóctones da costa atlântica da América do norte veem deslizar, nas águas que banham o seu território, uma «estranha e enorme canoa com asas». Dela sairão uns seres barbudos, vindos do outro lado da «grande água», que eles não identificaram, logo, como sendo os seus anjos exterminadores. Três séculos mais tarde, pouca gente da raça dos homens vermelhos restava. E praticamente nada subsistia do seu ancestral modo de vida. Em finais do século XIX, a América do norte já era totalmente dominada pelos europeus e pelos seus descendentes e o que restava da população ameríndia vegetava nas famigeradas reservas, criadas para a controlar e para cercear os seus movimentos, a sua liberdade...

«O MONTE DO DESESPERO»

Bertrand Tavernier -ilustre cineasta francês e reconhecido fã de cinema western- escreveu sobre este filme o seguinte : «é um western simultaneamente púdico e lúdico». Isso, para definir as relações entre Tab Hunter e Natalie Wood (os principais actores), que, em «O MONTE DO DESESPERO» («The Burning Hills»), vivem uma história de amor contrariado. Realizado por Stuart Heisler em 1956, o film terá, no entanto, o 'happy end' imposto pela produtora da fita, que foi a companhia dos irmãos Warner. O autor do roteiro deste bonito e sensível western foi o famoso Louis L'Amour, que se inspirou numa das suas próprias novelas para o redigir. Fita colorida e com 94 minutos de duração. Infelizmente ainda sen cópia DVD divulgada em zona 2. O seu título no Brasil é «Montanhas em Fogo».

«THE MAN BEHIND THE GUN»

«THE MAN BEHIND THE GUN» é um western produzido (em 1953) pela companhia Warner Bros., com Randolph Scott, Patrice Wymore e Dick Wesson nos papéis de relevo. Infelizmente nunca foi exibido comercialmente em Portugal. A história contada é a de um agente secreto do exército norte-americano, que é enviado para a Califórnia a fim de ali por termo a uma revolta promovida por separatistas; que querem fazer desse território um estado não-submisso à autoridade de Washington. Nada de excepcional, mas com algum interesse para os amadores do género... Esta fita colorida e com 82 minutos de duração já tem edição DVD em Espanha, país onde este western é conhecido pelo título «Era el Comandante Callicut». No Brasil, este filme -realizado por Félix Feist- chama-se «De Arma em Punho». O cartaz anexado -com o título «Estafadores de Armas»- é de origem argentina.

A LEI DAS SÉRIES : «O MAIORAL»

«O MAIORAL» foi o título conferido, em Portugal, à popular série televisiva «The Virginian». Estreada na rede NBC em 1962, esta série western teve 226 episódios (com cerca de 45 minutos cada um) e prolongou-se até 1970. Todas as 8 temporadas estão editadas, nos E.U.A., em DVD. O que não acontece na Europa, infelizmente. Esta série tinha como actores principais e permanentes James Drury (no pepel do maioral), Doug McClure (no do vaqueiro Trampas) e Lee J. Cobb e desenvolvia a sua acção num rancho do velho Oeste. Mostrando, o rude trabalho quotidiano dos cowboys à mistura com as aventuras que estes iam vivendo ao longo dos episódios. Foi, sem dúvida, uma das boas séries TV do seu género, da qual temos muitas saudades. Deu origem a uma nova série intitulada (no original) «The Men from Shiloh». Esta já filmada a cores, ao contrário de «O Maioral», que tinha fotografia a preto e branco.

AINDA A PROPÓSITO DA CONFUSÃO DOS TÍTULOS...

Aqui há uns dias atrás, um seguidor brasileiro deste blogue mandou-me um amigável comentário sobre o western por cá intitulado «ONDE IMPERA A TRAIÇÃO» («Column South»), cujo título português (de Portugal) é idêntico àquele que, no seu país, foi dado ao filme «The Duel at Silver Creek»; que foi exibido no nosso país com o título «A CIDADE DO PECADO». Ocorre, para acrescentar mais confusão a esta salgalhada, que os dois filmes em causa são do mesmo género e que ambos foram protagonizados pelo mesmo actor : Audie Murphy. O que torna isto um quebra-cabeças de todo o tamanho. Infelizmente há mais casos desta natureza. Estou a lembrar-me, por exemplo e só para citar mais um caso no seio do cinema western, de «O PARCEIRO DO DIABO». Que no Brasil corresponde à película «SHOOT OUT», realizada em 1970 por Henry Hathaway e que tem Gregory Peck no papel principal. Ora por cá, em Portugal, «O PARCEIRO DO DIABO» é uma fita de Andrew McLaglen (realizada em 1971) cujo título original é «ONE MORE TRAIN TO ROB» e que tem no papel do herói o actor George Peppard. Convém referir que, no Brasil, este western usa o título «EM LIBERDADE PARA MATAR». É claro que imputamos esta tremenda amálgama à falta de diálogo entre os distribuidores portugueses e brasileiros. Que, se tivessem a boa ideia de conversar, evitavam tanta perplexidade  e tanta barafunda aos cinéfilos dos dois países. A não ser que esses tais senhores estejam interessados em babelizar o sistema... Diga-se, em abono da verdade, que esta situação anómala não acontece só com os países de língua portuguesa. Entre a França e a Bélgica francófona existe o mesmo problema. Com a agravante destes países viverem lado a lado.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

«COCHISE»

Habitualmente, inclui-se esta fita numa trilogia que também compreende «A Flecha Quebrada» e «Herança de Honra». Mas, a verdade é que são filmes que não têm ligações especiais entre eles, a não ser o facto de todos invocarem a figura de Cochise, o grande chefe Apache, e dessa figura histórica ser encarnada (em todas estas películas) pelo actor Jeff Chandler. O filme «COCHISE» («The Battle at Apache Pass») teve realização de George Sherman, produção dos estúdios Universal International e foi estreado em 1952. No seu elenco inscrevem-se os nomes do já citado Chandler e os de John Lund, Susan Cabot, Bruce Cowling, Beverly Tyler, Richard Egan, Jay Silverheels, Jack Elam, John Hudson, etc. Western militar, a sua acção desenvolve-se à volta do incidente de Apache Pass, uma traição cometida pelas autoridades de Washington contra os esforços de paz conduzidos pelo famoso caudilho ameríndio. Com algum interesse. Colorido e com 85 minutos de duração. Tenho uma excelente cópia deste filme, graças a um DVD adquirido em França. Títulos brasileiros : «A Revolta dos Pele-Vermelhas» e «O Levante dos Apaches».

«AGENTE SECRETO»

Produção típica de inícios da década de 50, o filme «AGENTE SECRETO» («Wyoming Mail») foi distribuído pela Warner em 1950. Os actores que encarnavam as principais personagens, respondiam pelos nomes de Stephen McNally, Alexis Smith e Howard da Silva. A realização foi da responsabilidade de Reginald LeBorg. Sinopse : um antigo agente especial das tropas nortistas retoma a sua actividade no pós-guerra de Secessão. Para investigar quem são os facínoras que, de maneira sistemática e meticulosa, pilham os comboios-correio de uma companhia do leste. A situação complica-se, quando o dito agente se apercebe que a mulher pela qual se enamorou é uma pedra fundamental da quadrilha que ele persegue... Colorido e com 87 minutos de duração. Título nos Brasis : «A Fogo e Sangue».

domingo, 28 de julho de 2013

QUATRO RARIDADES DE UMA ASSENTADA !

Só mesmo nos Estados Unidos da América é que se pode comprar uma coisa assim : uma edição DVD com quatro (4) westerns raros. Todos inéditos (penso eu) deste lado de cá do oceano Atlântico ! De fazer inveja aos westernófilos europeus...

«UM PÉ NO INFERNO»

Com realização de James B. Clark, o filme «UM PÉ NO INFERNO» («One Foot in Hell») data de 1960 e foi produzido para a 20th. Century Fox. No elenco, figuram os nomes de Alan Ladd, Don Murray, Dolores Michaels, Kark Swenson, John Alexander, Rachel Stephens e Barry Coe, entre outros. Esta fita colorida conta-nos (em 90 minutos) a história de um antigo combatente confederado que vota um ódio secreto, mas profundo, à população de uma cidadezinha do Oeste, que concorreu -com o seu cinismo, com a sua avidez, com a sua xenofobia- para a morte de sua esposa. Depois de se ter tornado xerife dessa localidade, o despeitado Mitch Barrett vai formar uma quadrilha de malfeitores para, com ela, roubar o banco local e concretizar a sua vingança. Mas as coisas não se vão passar exactamente como ele planeou... Já editado em suporte DVD em vários países da Europa, nomeadamente em França, de onde provém a minha cópia do filme. Titulo no Brasil : «A Senda do Ódio».

«DUELO NA MONTANHA»

O western «DUELO NA MONTANHA» («Man in the Saddle») tem a assinatura do cineasta húngaro-americano André de Toth e estreou em 1951. A figura principal desta fita é encarnada por Randolph Scott, que aqui contracena com Joan Leslie, John Russell e Alexander Knox, que assumem a protagonização dos principais papéis. Já com cópia DVD editada em Portugal (o que não deixa de ser surpreendente) «DUELO NA MONTANHA» conta-nos a história de uma rivalidade amorosa, que descamba em drama. Esta película colorida e com uma duração de 83 minutos, tem a chancela da Columbia Pictures e também se distingue pela fotografia (verdadeiramente excelente) de Charles Lawton Jr.. O guião foi inspirado numa novela do famoso escritor westerniano Ernest Haycox. Título brasileiro : «Terra do Inferno».

sábado, 27 de julho de 2013

«DA TERRA NASCEM OS HOMENS»

Filme de William Wyler (1958), votado à grandeza do estado do Texas e dos homens rudes que o desbravaram; e que ali -em pleno século XIX- construíram impérios ganadeiros, tão vastos e tão poderosos como o eram certas nações da velha Europa. Sinopse : um capitão de navios, procedente da aristocrática cidade de Boston, abandona os oceanos para seguir a sua namorada até aos confins do Oeste americano, onde seu pai possui um rancho e cria milhares e milhares de bovinos. Mal acolhido pelas gentes do Texas, que o tomam por um desprezível 'dandy', o capitão James McKay (Gregory Peck) vai ter de fazer (sem, todavia, o desejar) a demonstração das suas capacidades humanas e da sua valentia. Com o supracitado Peck, mas também com Charlton Heston, Jean Simmons, Carrol Baker e Burl Ives, Charles Bickford, Chuck Connors e Alfonso Bedoya, entre outros actores conhecidos. Apesar de ter sido muito criticado aquando da sua estreia, «DA TERRA NASCEM OS HOMENS» («The Big Country») é, quanto a mim, um excelente western. Esta película inspirada numa novela de Donald Hamilton, distribuída pelos Artistas Associados, é colorida e tem uma duração excepcionalmente longa de 166 minutos. No Brasil, tem título idêntico ao usado no nosso país. Largamente difundido em DVD e 'Blu-ray'.

AS FLECHAS DOS PELE-VERMELHAS

O arco e as flechas eram das armas mais comuns e mais eficazes usadas pelos guerreiros e pelos caçadores ameríndios dos tempos que precederam a chegada dos invasores europeus. E só seriam, progressivamente, abandonadas por esses homens primitivos (do ponto de vista tecnológico, entenda-se) depois da introdução, nas Américas, das armas de fogo; armas que fascinaram os autóctones e que eles cobiçaram desde os primeiros encontros com os intrusos. As flechas dos pele-vermelhas eram fabricadas, segundo as regiões dos seus utilizadores, com madeiras de diferentes árvores e arbustos; que se deixavam secar para ganhar rigidez e qualidades balísticas. Eram de tamanhos distintos, segundo a origem e tradições dos seus  utilizadores e as suas pontas também eram diferentes, já que feitas com ossos de animais, com sílex e, após a chegada dos europeus, com fragmentos de metais forjáveis. Os primeiros desses projécteis até tinham, simplesmente e apenas, as pontas aguçadas e endurecidas pela acção do fogo. As flechas eram, de qualquer modo, munições fáceis de fabricar e muito temidas por todos os adversários de quem estava armado com um bom arco e equipado com uma aljava repleta de setas. A empenagem -dispositivo que ajudava à estabilização da haste durante a sua trajectória- também era diferente de nação para nação, de tribo para tribo, em função das aves que forneciam as plumas. Por outro lado, certos utilizadores personalizavam as suas flechas, decorando-as com sinais e símbolos que os identificavam pessoalmente ou que eram representativos do clã ao qual eles pertenciam. Na ponta extrema da haste, do lado da empenagem, era habitual talhar um engaste, fenda que permitia 'encaixar' a flecha na corda do arco e projectá-la com mais segurança e maior precisão. Muitos pioneiros brancos morreram trespassados por flechas ameríndias. Outros, que não foram atingidos de maneira letal, sofreram na carne, como se pode facilmente imaginar, as agruras da extracção de um corpo estranho, que se cravava profundamente no corpo ou num membro. Operação que se fazia, nesses tempos, sem recurso a produtos anestesiantes e que, muitas vezes, deixava sequelas irreversíveis e duradouras.

«BATTLE OF ROGUE RIVER»

Este modesto filme, com realização de William Castle (1954), nunca chegou a estrear comercialmente em Portugal. E, para ser franco, devo confessar que nada de interessante se perdeu, já que se trata de um banalíssimo western militar, sem valor histórico e/ou cinematográfico. «BATTLE OF ROGUE RIVER» -que utilizou os serviços dos actores George Montgomery, Richard Denning, Martha Hyer, John Crawford e Emory Pernell- centra-se na guerra travada no Oregon (na última metade do século XIX) entre as tribos autóctones e o exército dos Estados Unidos, limitando-se, no entanto, a reproduzir uma série de clichés, já explorados, até à exaustão, por dezenas de outras fitas do mesmo género. Tenho uma cópia desta película (colorida) gravada num canal estrangeiro de televisão. De qualidade medíocre, tal como o filme em apreço. Esta película estreou no Brasil com o título «Rio de Sangue».

«O HOMEM QUE NÃO QUERIA MATAR»

«O HOMEM QUE NÃO QUERIA MATAR» («From Hell to Texas»), filme datado de 1958, é, muito simplesmente, um dos melhores westerns da carreira de Harry Hathaway, o seu ilustre realizador. Com papéis protagonizados por Don Murray, Diane Varsi, Chill Wills, Dennis Hopper, R. G. Armstrong, Jay C. Flippen, John Larch e Rodolfo Acosta, esta esplêndida fita relata-nos a história de um jovem e pacífico cowboy, que, durante uma rixa que ele não provocou, mata acidentalmente o seu adversário. Os familiares e amigos da vítima movem-lhe uma encarniçada perseguição, durante a qual haverá mais sangue e que só terminará numa pequena cidade da fronteira do Texas (com o México), depois do herói ter feito a vibrante demonstração de que não é um assassino, mas, isso sim, um homem altruísta e de boa fé. «O HOMEM QUE NÃO QUERIA MATAR» é uma película colorida produzida para a Fox e com 100 minutos de duração.  «Caçada Humana» é o seu título no Brasil. Tenho uma excelente cópia deste filme (sobre suporte DVD) adquirida em França e acho lamentável que este grande western ainda não tenha merecido a devida atenção por parte dos editores portugueses de material videográfico.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

«NOITE DE VIOLÊNCIA»

Esta fita foi realizada em 1967 -para a companhia Universal- por Arnold Laven, com o título original de «Rought Night in Jericho». As principais figuras do seu elenco artístico são Dean Martin, Jean Simmons, George Peppard, John McIntire, Slim Pickens e Don Galloway. Colorido e com uma duração de 1 h 40, este western, muito violento, conta-nos a história de uma proprietária de diligências e de um amigo pouco dado a cobardias, que vão desafiar o poderio de Alex Flood, um homem mau e exageradamente ambicioso, que se apoderou de uma cidadezinha do Oeste. Onde faz reinar o terror. Nitidamente influenciado pelo chamado 'western spaghetti', este filme ofereceu a Dean Martin um papel inesperado : o do mau da fita. Com edições videográficas lançadas em vários países da Europa (a minha cópia é de origem francesa), «Noite de violência» recebeu, no Brasil, o título de «A Noite dos Pistoleiros».

quinta-feira, 25 de julho de 2013

«RIO DAS PENAS»

«RIO DAS PENAS» («The Charge at Feather River») é um pouco conhecido western de Gordon Douglas, cineasta que o realizou para a companhia Warner Bros. em 1953. Tem, no elenco, alguns conhecidos actores (de segundo plano), tais como Guy Madison, Vera Miles, Frank Lovejoy, Helen Westcott, Dick Wesson e Neville Brand, que interpretaram os papéis das figuras principais desta história imposta por um guião de James R. Webb. Curiosamente, esta fita foi o primeiro de todos os westerns a ser filmado em 3D, uma técnica de imagens em relevo. Que foi abandonada rapidamente por não ser de visionamento fácil, já que impunha, aos espectadores,  o uso de óculos especiais. A intriga de «RIO DAS PENAS» desenvolve-se à volta da missão de um jovem oficial de cavalaria, a quem é pedido que vá libertar -no território hostil dos Cheyennes- duas cativas brancas. Nada de extraordinário nesta película, que beneficiou da fotografia a cores e que tem uma duração de 97 minutos. Não se vislumbra a sombra de um DVD no panorama videográfico europeu. O que é uma lástima. No Brasil, este filme é conhecido pelo título «Investida de Bárbaros».

«O XERIFE»

Sequela do excelente filme de Henry Hathaway «A Velha Raposa» («True Grit») -que valeu um merecido óscar de interpretação a John Wayne- «O XERIFE» («Rooster Cogburn») foi realizado por Stuart Millar, em 1975. Com um elenco de luxo, que compreendeu o já citado Wayne, mas também Katharine Hepburn, Anthony Zerbe, John McIntire e outros actores de renome, esta fita teve também uma competente equipa técnica. Enfim, foi-lhe dado tudo para repetir o sucesso da película que a inspirou. Só que faltou alguma substância a esta história, que relata o encontro do zarolho e rude 'marshall' Cogburn com a irmã Eula Goodnight, que, vai prescindir da justiça divina e socorrer-se de meios mais terrenos (e explosivos) para vingar a morte de seu pai. Western agradável de se ver, apesar de tudo. Produzido pelos estúdios Universal, «O XERIFE» faz alarde de uma belíssima fotografia a cores (da autoria de Harry Stradling Jr.) e tem uma duração de 108 minutos. Esta fita, que no Brasil se intitula «Justiceiro Implacável», já foi bastante divulgada em edições DVD e 'Blu-ray'.