quinta-feira, 19 de setembro de 2013
ALTA ENGENHARIA
Esta ponte, construída com troncos de árvores, fazia parte da estrutura que suportava a via férrea intercontinental, explorada pela companhia Canadian Pacific. Esta espectacular obra de engenharia data do século XIX e é característica de certas regiões do Oeste canadiano (e norte-americano), onde abundavam as grandes florestas; que forneciam, naturalmente, às companhias ferroviárias, a matéria prima utilizada na construção das pontes, no fabrico das travessas onde assentavam os carris, nas infraestruturas de funcionamento (estações, depósitos de material, etc) e abasteciam, também, as locomotivas com a lenha-combustível que as suas caldeiras consumiam. Tudo isto necessitava, como é óbvio, uma mão-de-obra numerosa e servil. Daí o recurso ao trabalho (quase forçado) de emigrantes provenientes, essencialmente, da China. (Clique na imagem para a ampliar).
«O IRRESISTÍVEL FORASTEIRO»
Esta fita foi realizada em 1958 por George Marshall. Tem algumas afinidades com «Montana, Terra Proibida», western do qual já aqui tivemos a ocasião de falar. Sim, porque «O IRRESISTÍVEL FORASTEIRO» («The Sheepman») aborda o mesmo tema, que é o da rivalidade -nunca pacífica-entre rancheiros, proprietários de grandes manadas de bovinos, e criadores de gado lanígero. Na tradição westerniana, e os exemplos abundam no cinema do género, os homens dos borregos eram alvo de chacotas e de provocações por parte daqueles que os acusavam de deteriorar as pastagens e essa atitude acabava por dar origem a conflitos que, por vezes acabavam tragicamente. Não foi essa situação drástica que Marshall aqui quis retratar. Em «O IRRESISTÍVEL FORASTEIRO» (que tem o mesmo título no Brasil), o tom é ligeiro e, muitas vezes, bastante divertido. Com Glenn Ford, Shirley MacLaine, Leslie Nielsen, Mickey Shaughnessy, Edgar Buchanan, etc. Produzida pela MGM, esta fita é colorida e desenrola-se durante 83 minutos. Já tem cópia DVD editada na maioria dos países da Europa. A minha veio de França.
«A ÚLTIMA CARGA DOS SIOUX»
A acção desta fita começa em 1867, ano da integração do Nebrasca (enquanto estado) na União. Por essa altura, os povos autóctones e os pioneiros brancos ainda se guerreavam pela posse das terras. Um agente federal é, então, enviado para essa região com a incumbência de estabelecer um tratado de paz entre as duas comunidades rivais. Realizado em 1953 por Fred F. Sears, «A ÚLTIMA CARGA DOS SIOUX» («The Nebraskan») foi produzido pela Columbia pictures e protagonizado pelos actores Phil Carey, Roberta Haynes, Wallace Ford, Richard Webb e Lee Vn Cleef (este num insignificante papel). Esta película foi filmada a cores e em 3D. A sua duração é de 68 escassos minutos. Nunca vi esta película de série B, cuja gravação DVD já existe nos Estados Unidos, em V.O. integral. Ignoro como se intitula no Brasil.
«O HOMEM QUE VEIO DE LONGE»
«O HOMEM QUE VEIO DE LONGE» («The Man From Laramie») é, simultaneamente, um dos melhores westerns do seu realizador -Anthonny Mann- e de James Stewart, que nesta fita interpreta o papel principal. Ao lado de Arthur Kennedy, Donald Crisp, Cathy O'Donnell, Alex Nicol, Aline MacMahon e Wallace Ford. Produzido pela Columbia Pictures, este filme conta-nos a história de um homem, animado pelo espírito de vingança, que tenta descobrir o responsével da morte de seu irmão, um jovem militar massacrado pelos Apaches numa recôndita região do Arizona. «O HOMEM QUE VEIO DE LONGE» («Um Certo Capitão Lockhart», no Brasil) data de 1955, foi filmado a cores e tem 98 minutos de duração. Tenho uma excelente cópia DVD desta película, adquirida em França.
«FORTE APACHE»
Primeiro filme da trilogia fordiana dita 'da cavalaria'. Embora a acção decorra no Sudoeste dos 'states' e a principal figura da história contada responda por um outro nome, toda a gente adivinhou que o drama militar aqui descrito e a personagem em questão eram Little Big Horn e o 'general' George A. Custer. Excelente filme do mestre do western, que realizou «FORTE APACHE» («Fort Apache») em 1948 para a companhia RKO. É um clássico da cinematografia do género, que contou com a colaboração de actores prestigiados como Henry Fonda, John Wayne, Shirley Temple, Ward Bond, Victor McLaglen, Pedro Armendariz ou John Agar. A história desenvolve-se à volta das chamadas guerras índias, que tomaram maior incremento depois do conflito que dilacerou os estados. Esta maravilha, filmada a preto e branco e com 127 minutos de duração, está amplamente divulgada em vídeo; para grande alegria dos cinéfilos. Título brasileiro : «Sangue e Herói».
«ENAMORADA»
Soberbo filme mexicano com acção decorrente no norte desse país aquando da revolução villista. Com papéis magnificamente interpretados por Pedro Armendariz, María Félix, Fernando Fernandez, Miguel Inclán, Manuel Donde e Juan Garcia, entre outros, esta fita foi premiada internacionalmente, graças, sobretudo, à sua esplêndida fotografia. «ENAMORADA» conta-nos a história de um general rebelde que invade uma cidade para a pilhar e, assim, financiar o seu exército. E que, em Cholula, acaba por enamorar-se da filha do homem mais rico do lugar. Do encontro com essa mulher, linda e arrogante, vai nascer uma paixão escaldante. A película em apreço, que teve realização de Emilio Fernandez, foi estreada, com grande sucesso, em 1946 . «Enamorada» foi filmada a preto e branco e tem 100 minutos de duração. Título brasileiro idêntico ao original e ao usado em Portugal.
«THE ROMANCE OF ROSY RIDGE»
Depois de ter cessado a Guerra de Secessão, um ex-combatente encontra trabalho numa fazenda do Missouri. Pouco a pouco, estabelece relações mais do que amistosas com a filha dos seus novos patrões. Até que estes descobrem que ele lutou no exército que, presumivelmente, lhe matou o filho. «THE ROMANCE OF ROSIE RIDGE» é mais um filme (excelente) sobre o rescaldo da guerra civil americana (1861-1865), que separou famílias e amigos; que alimentaram rancores que perduraram, por muitos anos, na nação fundada por George Washington. Incompreensivelmente, nunca foi estreado em Portugal. Contrariamente ao que aconteceu no Brasil, onde esta película se intitula «Reconciliação». Teve realização (em 1947) de Roy Rowland e ofereceu os papéis principais a Van Johnson, Janet Leigh, Thomas Mitchell, Marshall Thompson e Selena Royle. «THE ROMANCE OF ROSIE RIDGE» foi produzido pela companhia M.G.M., filmado a preto e branco e tem uma duração de 105 minutos. Sem DVD à vista na Europa. Possuo uma cópia manhosa desta fita gravada num canal da TV francesa.
CANÇÕES DO OESTE NA NOSSA LÍNGUA
Aqui há dias, neste espaço, citei o Duo Ouro Negro -constituído pelos saudosos artistas luso-angolanos Raul Indipwo e Milo MacMahon- a propósito de «Cavaleiros do Céu», uma muito bonita canção de inspiração western. Que os supracitados tão bem interpretaram na sua versão brasileira. Depois, lembrei-me que esse simpático e talentoso duo também cantou outras canções ditas de cowboys. Lembro me, particularmente bem, da balada intitulada «Cavaleiro Solitário», cuja letra começava assim :
«Pela estrada vou cantando,
Sou um pobre cavaleiro solitário,
Trabalhando sem horário,
Uma rês que se perdeu vou procurando...»
E, ainda, da agradável «Valsa do Vaqueiro», que, logo de início, se identificava com a saga westerniana, proclamando :
«A valsa do vaqueiro
Era melodia do Oeste,
A valsa do vaqueiro
Era a canção do Faroeste...»
Que saudades desse tempo, quando o nosso panorama musical (com transmissão radiofónica e/ou televisiva) era preenchido por autênticos artistas, que cantavam coisas perceptíveis por todos !
Nota : as duas canções citadas podem ouvir-se, sem problemas, no you tube.
«Pela estrada vou cantando,
Sou um pobre cavaleiro solitário,
Trabalhando sem horário,
Uma rês que se perdeu vou procurando...»
E, ainda, da agradável «Valsa do Vaqueiro», que, logo de início, se identificava com a saga westerniana, proclamando :
«A valsa do vaqueiro
Era melodia do Oeste,
A valsa do vaqueiro
Era a canção do Faroeste...»
Que saudades desse tempo, quando o nosso panorama musical (com transmissão radiofónica e/ou televisiva) era preenchido por autênticos artistas, que cantavam coisas perceptíveis por todos !
Nota : as duas canções citadas podem ouvir-se, sem problemas, no you tube.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
«O TESOURO DE PANCHO VILLA»
A acção desta modesta fita decorre por volta de 1915, num México em plena revolução e conta a história e um aventureiro americano, simpatizante da causa villista, que se apodera de um tesouro. Que deveria servir para financiar a guerra contra o poder central. O realizador desta película foi o veterano e experimentado George Sherman, que a dirigiu em 1955. Os actores principais desta produção da RKO Pictures (colorida e com uma duração de 96 minutos) são : Rory Calhoun, Shelley Winters, Gilbert Roland e Joseph Calleia. Sem DVD comercializado na Europa, que eu saiba. Título brasileiro idêntico ao usado em Portugal.
PARQUES NACIONAIS DOS E.U.A. EM DVD
Comprei no 'site' da Amazon.fr -a preço de promoção- este DVD com documentários sobre 3 dos mais bonitos Parques Nacionais do Oeste dos Estados Unidos. Por menos de 8 euros ! Aguardo com impaciência a sua entrega, embora já tivesse visitado (e admirado 'de visu') dois deles, aquando de uma memorável viagem que fiz em 1999. Durante a qual visitei várias outras áreas protegidas, como o Parque Nacional das Sequóias, a Reserva Tribal dos Navajos de Monument Valley, etc. Todas elas belíssimas ! Pena é que, algumas delas, tenham sido alvo, recentemente, de agressões que as descaracterizaram parcialmente. Foi o caso, por exemplo, de Yosemite, que este Verão sofreu com os grandes incêndios ocorridos na Califórnia. Ainda gostaria de visitar, antes de morrer, o Parque Nacional de Yellowstone. Que é considerada a maravilha das maravilhas naturais da América do norte e que foi o primeiro parque a ser protegido em todos os Estados Unidos; visto ter sido fundado em 1872, graças a uma lei promulgada pelo presidente Ulysses S. Grant. Creio, no entanto, que não terei essa sorte, pois a idade avança e vai-nos diminuindo fisicamente e intelectualmente e porque não há dinheiro para financiar tal viagem. A não ser que o deus Euromilhões me contemple...
«GRITO DE GUERRA»
«GRITO DE GUERRA» («Tomahawk») foi realizado em 1951 por George Sherman e teve a colaboração artística de Van Heflin, Yvonne de Carlo, Alex Nicol, Preston Foster Jack Oakie, Tom Tully e até (num pequeno papel) a de Rock Hudson. Com a chancela da Universal International, este western foi filmado a cores e tem uma duração de 82 minutos. Conta-nos uma história que tem na figura de Jim Bridger o seu herói. Herói que se esforça para manter a paz entre colonos brancos e populações autóctones do Oeste. Nada de extraordinário, finalmente, mas ainda assim a não falhar. Nem que seja pela presença da sempre graciosa actriz Yvonne de Carlo, uma das mulheres mais bonitas do cinema norte-americano do tempo. O DVD com cópia deste fita já foi editado em França. Título brasileiro : «Coração Selvagem».
«PALA NEGRA»
/ O western «PALA NEGRA» («Black Patch») data de 1957 e teve realização de Allen H. Miner. Os actores principais desta fita de série B são George Montgomery (que também é co-produtor), Diane Brewster, Tom Pittman e Leo Gordon (que também foi o hábil autor do guião). A distribuição foi assegurada pela Warner Bros.. «PALA NEFRA» foi filmado a preto e branco, tem uma duração de 83 minutos e conta-nos a seguinte história : o xerife (zarolho) de uma cidadezinha do Oeste é acusado de ter assassinado o seu melhor amigo, que passara para o lado oposto da lei e se tornara um temível assaltante de bancos. Pouco conhecido, até porque não lhe conheço DVD comercial, este western tem alguma qualidade. Tenho uma cópia (manhosa) deste filme, obtida através de uma gravação num canal estrangeiro de TV. «O Oeste Selvagem» é o título desta fita no Brasil.
domingo, 8 de setembro de 2013
«ABBOTT E COSTELLO E A VIÚVA ALEGRE»
Esta película, que tem o título original «The Wistfull Widow of Wagon Gap», foi realizada em 1947 por Charles T. Barton para a companhia Universal. A presença de Abbott e Costello (uma das mais apreciadas parelhas cómicas da Hollywood do tempo) é reveladora do que se pode esperar desta fita ambientada no Faroeste. «ABBOTT E COSTELLO E A VIÚVA ALEGRE» -uma película filmada a preto e branco e com uma duração de 78 minutos- contou com a participação dos supracitados e, também, com as de Marjorie Main, Audrey Young e George Cleveland. A história desenvolve-se à volta de dois caixeiros viajantes, que são acusados de terem assassinado um habitante de Wagon Gap, no Montana. E que, naturalmente, são confrontados com a dura lei do Oeste... Desconheço o título brasileiro desta comédia que eu vi há muitos, muitos anos e da qual não guardei grandes recordações. Mas aqui fica a referência.
«WHOA !»
Uma diligência 'Concord' trava -numa nuvem de poeira- junto a uma estação de muda. Durante o dia, a paragem será breve. Apenas o tempo necessário para substituir as bestas cansadas por uma tirada de várias dezenas de quilómetros e para que os passageiros desentorpeçam as pernas. É também a oportunidade para que estes molhem as gargantas ressequidas pelo calor e pelo pó das pistas e para fazerem provisão de água para mais uma sofrida etapa através dos agrestes territórios do Sudoeste dos Estados Unidos. Esta sugestiva tela é obra do grande artista Jim Carson, que a intitulou «Whoa !». (Clicar na imagem para a ampliar).
«O HOMEM SOLITÁRIO»
Esta película foi realizada em 1955 por Ray Milland; que desempenhou, ele próprio, o papel principal deste western com roteiro a atirar para o 'film noir'. «O HOMEM SOLITÁRIO» («A Man Alone») conta-nos a história de um pistoleiro, que é injustamente acusado do assalto a uma diligência e de ter dado a morte a todos os passageiros da carruagem. Acossado por toda a população de uma localidade do Oeste, o homem refugia-se na cave da residência do xerife (prostrado por doença súbita), onde é descoberto pela filha do representante da lei. Que, após muitas reticências, acaba por aceitar as suas explicações e por contribuir para que a verdade dos factos seja reposta. Muito suspense nesta excelente obra produzida para a companhia Republic Pictures. «O HOMEM SOLITÁRIO» foi filmado a cores e tem 96 minutos de duração. No genérico, para além do já citado Ray Milland, inscrevem-se os nomes de Mary Murphy, Ward Bond, Raymond Burr, Arthur Space, Alan Hale Jr e Lee Van Cleef. Na Europa existe uma cópia DVD (a única que eu conheço) editada em Espanha com a referência «Un Hombre Solo». Curiosamente, esta fita tem, no Brasil, dois títulos : «Um Homem Solitário» e «Um Homem Só».
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
«O CAVALEIRO SOLITÁRIO»
Um pistoleiro profissional regressa ao lar após uma longa ausência de 17 anos. E vai ter que enfrentar-se com a hostilidade dos seus conterrâneos, inclusivamente com a do seu próprio filho, que viveu em condições indignas, depois da morte de sua mãe e por causa do abandono do seu progenitor. «O CAVALEIRO SOLITÁRIO» («The Lonely Man») foi realizado, em 1957, por Henry Levin e contou com a participação dos actores Jack Palace, Anthony Perkins, Neville Brand, Robert Middleton, Elisha Cook Jr, Elaine Aiken e Lee Van Cleef. Produzido para a companhia Paramount, este western foi filmado a preto e branco e tem 87 minutos de duração. O seu título no Brasil é «O Bandoleiro Solitário». Não lhe conheço cópia DVD na Europa.
«DUELO DE FOGO»
«DUELO DE FOGO» («Gunfight at the OK Corral») é um dos melhores westerns de John Sturges e, a meu ver, nada tem a invejar a um famoso filme de Ford sobre o mesmo tema e que lhe serviu de modelo. Estreada em 1957, esta película exemplar -colorida e com 122 minutos de duração- tem a chancela dos estúdios Paramount e conta com as magníficas interpretações de Burt Lancaster (no papel de Wyatt Earp), Kirk Douglas (Doc Holliday), John Ireland (Johnny Ringo), Rhonda Fleming, Jo Van Fleet, Lyle Bettger, Dennis Hopper, Earl Holliman, Frank Faylen, Ted de Corsia, Jack Elam e Lee Van Cleef. De destacar são, ainda, a excelente fotografia (VistaVision) de Charles Lang e a música (inesquecível) de Dimitri Tiomkin. De salientar é, também, o facto do guião ter a prestigiosa assinatura de Leon Uris. A história contada é a da rivalidade das famílias Earp e Clanton e do seu célebre ajuste de contas em Tombstone, no OK Corral. Filme largamente difundido em DVD. Título brasileiro : «Sem Lei e Sem Alma».
«CAVALEIROS DO CÉU» (A CANÇÃO)
Esta canção de sabor western foi lançada em 1948, nos Estados Unidos, por Stan Jones, com o título «Riders in the Sky». Em Portugal foi popularizada pelo duo «Ouro Negro»; que, nos anos 60, a foi buscar ao Brasil, onde ela já era interpretada pelo famoso Carlos Gonzaga, com uma letra em língua portuguesa, cujo autor eu não conheço. Nesse país lusófono da América do sul, «Cavaleiros do Céu» foi cantada por outros artistas, nomeadamente por Romeu Gomes, que a gravou em CD. Todas as versões citadas estão no You Tube e podem ser escutadas por quiser ouvi-las. Entretando, aqui deixo a letra portuguesa desta bonita canção de vaqueiros :
CAVALEIROS DO CÉU
Vaqueiro do Arizona, desordeiro e beberrão
Corria em seu cavalo pela noite no sertão
No céu, porém, a noite ficou rubra num clarão
E viu passar num fogaréu um rebanho no céu
y-pi-a-ê, y-pi-a-ô, correndo pelo céu
As rubras ferraduras punham brasas pelo ar
E os touros como fogo galopavam sem cessar
E atrás vinham vaqueiros como loucos a gritar
Vermelhos a queimar também, galopando pr'ó além
Y-pi-a-ê, y-pi-a-ô, seguindo pr'ó além
Centelhas nos seus olhos e o suor a escorrer
Sentindo o desespero da boiada se perder
Chorando a maldição de condenados a viver
A perseguir, correndo ao léu, um rebanho no céu
Y-pi-a-ê, y-pi-a-ô, correndo pelo céu
Um dos vaqueiros, ao passar, gritou dizendo assim :
Cuidado companheiro, ou tu virás para onde eu vim
Se não mudas de vida tu terás o mesmo fim
Querer pegar no fogaréu um rebanho no céu
Correndo pelo céu
Y-pi-a-ê, y-pi-a-ô.
CAVALEIROS DO CÉU
Vaqueiro do Arizona, desordeiro e beberrão
Corria em seu cavalo pela noite no sertão
No céu, porém, a noite ficou rubra num clarão
E viu passar num fogaréu um rebanho no céu
y-pi-a-ê, y-pi-a-ô, correndo pelo céu
As rubras ferraduras punham brasas pelo ar
E os touros como fogo galopavam sem cessar
E atrás vinham vaqueiros como loucos a gritar
Vermelhos a queimar também, galopando pr'ó além
Y-pi-a-ê, y-pi-a-ô, seguindo pr'ó além
Centelhas nos seus olhos e o suor a escorrer
Sentindo o desespero da boiada se perder
Chorando a maldição de condenados a viver
A perseguir, correndo ao léu, um rebanho no céu
Y-pi-a-ê, y-pi-a-ô, correndo pelo céu
Um dos vaqueiros, ao passar, gritou dizendo assim :
Cuidado companheiro, ou tu virás para onde eu vim
Se não mudas de vida tu terás o mesmo fim
Querer pegar no fogaréu um rebanho no céu
Correndo pelo céu
Y-pi-a-ê, y-pi-a-ô.
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