sexta-feira, 27 de junho de 2014

«APACHE WAR SMOKE»


Outro inédito no nosso país. «APACHE SMOKE», com realização de Harold Kress (1952), foi distribuído pela M.G.M. e teve a participação artística de Gilbert Roland, Glenda Farrell, Robert Horton, Barbara Ruick e Gene Lockhart. Sinopse : No Novo México de 1870, o chefe de uma estação de muda da companhia de diligências Wells-Fargo prepara-se para resistir a um ataque dos Apaches, excitados pelo massacre perpetrado por um homem branco. Filmado a preto e branco, com 67 minutos de duração. Nunca vi este western que, no Brasi, se intitula «Fumaça de Guerra dos Apaches».

«VOLTARAM OS MALVADOS»


Com produção dos estúdios RKO Radio, esta fita foi dirigida por Ray Enright em 1948. Tem fotografia a preto e branco e uma duração de 90 minutos. Guardo uma boa recordação de «VOLTARAM OS MALVADOS» («The Return of the Bad Men»), que me pareceu ser um filme consistente, de temática renovada e superior à maioria dos filmes de grande série e de pequeno orçamento. Com alguns bons actores no topo do cartaz : Randolph Scott, Robert Ryan e Anne Jeffreys. Tenho uma cópia DVD de editor, adquirida em França. «A Volta dos Homens Maus» é o seu título no Brasil.

«THE YELLOW TOMAHAWK»


Modestíssima produção da United Artists, com realização de Lesley Selander. Estreou em 1954, mas não no nosso país, onde permanece inédito. Sinopse : o massacre de uma tribo Cheyenne valeu a um major de cavalaria a alcunha de ‘o carniceiro’ e atraiu sobre toda a população branca da região o ódio mortal dos pele-vermelhas. A guerra entre raças vai eclodir e empapar a terra de sangue. Western antimilitarista, com Rory Calhoun, Noah Beery Jr., Peggie Castle, Warner Anderson, Lee Van Cleef, Rita Moreno e James Best. «THE YELLOW TOMAHAWK» é um filme colorido, com 82 minutos de duração. Título brasileiro : «O Machado Sangrento».

SOBRE A NOÇÃO DE 'FRONTEIRA'

Na História da América do norte, o vocábulo ‘Fronteira’ nunca quis dizer aquilo que o termo significa na Europa; onde essa palavra designa a raia, os limites entre dois estados soberanos. Nessas circunstâncias, os americanos usam a palavra ‘border’. A ‘Fronteira’, tantas vezes evocada nos filmes de pioneiros era, do outro lado do Atlântico norte, uma linha civilizacional, que separava as terras já conquistadas e desbravadas pelos colonos de origem europeia e os territórios ainda sob o domínio das diferentes nações ameríndias. Daí ser móvel, mudar constantemente de lugar, à medida que avançavam os carroções dos emigrantes e que se implantação fortes militares com guarnições que protegiam os pioneiros e que negavam aos povos autóctones (pela força das armas) toda veleidade de manterem a integridade das suas terras ancestrais. O objectivo supremo dos brancos era alcançar o chamado Oeste selvagem. Terra quase mítica, que, no século XVIII, em vésperas da independência dos Estados Unidos da América e pouco depois desse acontecimento histórico e decisivo, se situava a escassas milhas das paliçadas das cidades de Nova Iorque ou de Albany; como o ilustram, entre outros, os filmes «OUVEM-SE TAMBORES AO LONGE» («Drums Along the Mohawk», de John Ford, 1939) ou «O PRIMEIRO REBELDE» («Alleghany Uprising», de William A. Seiter, 1939). Depois disso, a progressão para poente fez-se lentamente, progressivamente. Mas de maneira inexorável, empurrando os povos autóctones para fora dos seus territórios e obrigando-os a guerrear outras nações indígenas que, também elas, se sentiam invadidas por intrusos, embora da mesma raça. Facto esse, que dividia e confundia os povos pele-vermelhas e favorizava os intentos dos europeus; que, já no século XIX, desembarcavam em vagas maciças e sucessivas nos portos da costa atlântica. De onde eram escorraçados para as terras livres do Oeste pelos ‘pais peregrinos’ e quejandos, que os haviam precedido, nos séculos XVII e XVIII e que já ali formavam uma espécie de aristocracia pouco (ou nada) dada a dividir privilégios. Nessas circunstâncias, às ondas de recém-chegados da Europa (de onde muitos milhares deles fugiam das fomes cíclicas, da intolerância religiosa e política e da impossibilidade de possuir o seu próprio quinhão de terra) só restava cumprir aquilo a que um presidente da União chamaria o ‘destino manifesto’ dos Estados Unidos, que era marchar e marchar para Oeste, até que os territórios situados entre o Atlântico e o Pacífico formassem um só e único país. Quando em 1861 rebentou a guerra civil, a pressão sobre as nações indígenas já se fazia sentir muito para lá da linha Mississippi-Missouri, que, durante muito tempo, fora vista como a divisória entre o Leste civilizado e o Oeste selvagem. Esse conflito entre estados veio interromper uma conquista que já toda a gente dava razoavelmente como adquirida. Restava apenas submeter algumas nações mais aguerridas, como os Sioux e os Cheyennes (entre outras) concentradas na região das Black Hills e os Apaches, que, irredutivelmente, continuavam a resistir nos desertos do Arizona e do Novo México. O que fez temer ao tenente John Dumbar, personagem nuclear do filme «DANÇAS COM LOBOS» («Dances with Wolves», de Kevin Costner, 1990), já no período final da também chamada guerra de Secessão, que a ‘Fronteira’ desaparecesse, antes que lhe fosse dada a possibilidade de ‘vê-la’ e de vivê-la. A conquista definitiva dos territórios ameríndios terminou nas derradeiras décadas do século XIX, com o hediondo assassínio de líderes como Crazy Horse e Sitting Bull (dos Sioux) e com a rendição de Gerónimo, o último resistente Apache. E, naturalmente, com o internamento -em imundas reservas- dos povos genuinamente americanos. No que respeita a ‘Fronteira’, refira-se que já só é evocada esporadicamente nos raros westerns ainda produzidos por Hollywood…

«FRONTEIRAS HUMANAS»


«FRONTEIRAS HUMANAS» («Untamed Frontier») é um western de 1952, realizado por Hugo Fregonese e distribuído pela companhia Universal. Sinopse : um poderoso rancheiro opõe-se à travessia das suas terras por emigrantes em proveniência do leste. O seu único filho –um ser desprezível, que abusa do álcool e das brigas- apoia-o, fortalecendo a sua tirania. Na iminência de um confronto generalizado, só um dos membros da família, um sobrinho advogado, vislumbra o perigo e vai envidar esforços para sanar a situação. Com Joseph Cotten, Shelley Winters, Scott Brady, Suzan Ball, Minor Watson, Katherine Emery e Lee Van Cleef (este num insignificante papel). Esta excelente fita (já com edições DVD na Europa) foi filmada a cores e tem uma duração de 75 minutos. Título brasileiro : «Homens em Revolta».

terça-feira, 24 de junho de 2014

«A DAMA DO RIO»

«A DAMA DO RIO» («River Lady») é uma fita de 1948, com a marca da popular companhia Universal International. Foi realizada por George Sherman e tem como cabeças de cartaz os actores Yvonne de Carlo, Rod Cameron e Dan Duryea. A história contada decorre no ambiente dos madeireiros e fixa-se na personagem de um lenhador de nome Dan Carrigan; que está decidido a não ceder ao assédio que lhe faz a bonita e rica proprietária do «Lady Queen», um casino flutuante do Mississippi. Esperei muitos anos por uma cópia desta película. Até que um dia a encontrei e cheguei à conclusão que «A DAMA DO RIO» era uma miragem. Com um interesse muito limitado. Verdadeiramente interessante, neste filme, só mesmo a formosa Yvonne -então no auge da sua beleza- a quem o TechniColor fica mesmo a matar. Título brasileiro : «Astúcia de uma Apaixonada».

«A ESCRAVA CHINESA»

Western raro, «A ESCRAVA CHINESA» («Walk Like a Dragon»), foi estreado em 1960 e teve realização de James Clavell. As principais vedetas deste filme são Jack Lord, Nobu McCarthy, James Shigeta, Mel Tormé, Rodolfo Acosta, Josephine Hutchinson e Michael Pate. A acção situa-se na cidade de San Francisco em 1870. Um cowboy de nome 'Linc' Bartlett compra uma chinesa num mercado de escravos, com a firme intenção de a devolver à liberdade e à sua família. Sem imaginar as consequências que essa sua humana atitude vão provocar no seio das duas comunidades raciais. É geralmente considerado (por quem teve a sorte de o ver) como um bom filme; embora de um exotismo surpreendente. A película «A ESCRAVA CHINESA» foi filmada a preto e branco e tem uma duração de 95 minutos. Não lhe conhecemos edição videográfica na Europa. Título brasileiro : «Comprei uma Escrava».

«REBELDE ATÉ AO FIM»

«REBELDE ATÉ AO FIM» («Savage Sam») é um filme de Norman Tokar, que o realizou em 1963 para os estúdios Walt Disney. No genérico desta fita (para toda a família, como é apanágio da marca) figuram os nomes de Brian Keith, Tommy Kirk, Kevin Corcoran, Dewey Martin, Jeff York, Martha Kristen, Rafael Campos, Slim Pickens e de outros actores conhecidos. A história narrada nesta película inspirada num clássico da literatura juvenil, é, 'grosso modo', a de uma família de pioneiros que perde os três rapazes da casa, raptados aquando de um raide dos Apaches. Que acabam por ser resgatados do seu cativeiro, graças ao faro e à esperteza do cachorro Sam, o verdadeiro herói deste western simpático e pouco violento. «REBELDE ATÉ AO FIM» é uma confessada sequela de «Old Yeller», outro clássico do cinema de animais-heróis. Colorido e com 103 minutos de duração. Título brasileiro : «Na Trilha dos Apaches». Já com DVD editado, mas muito difícil de encontrar.

«TEMPESTADE NA PLANÍCIE»

«TEMPESTADE NA PLANÍCIE» («Thunder Over the Plains») é uma fita com a assinatura do realizador norte-americano de origem magiar André de Toth; que o realizou em 1953. A figura principal da história é encarnada pelo carismático actor Randolph Scott; que aqui está rodeado por Lex Barker, Phyllis Kirk, Henry Hull, Elisha Cook, Fess Parker, Trevor Bardette. etc. A história contada é a seguinte : um oficial do exército (natural do Texas, mas que se batera pela facção de Lincoln) é enviado para o seu estado natal, onde, quatro anos depois do fim da guerra civil, ainda reina a anarquia. Na sua missão de pacificador, o capitão Porter vai deparar-se com 1001 dificuldades... Filme produzido para os estúdios dos irmãos Warner, com fotografia a cores e com uma duração de 82 minutos. Western rotineiro, mas bem alinhavado e agradável de se ver. Já com DVD editado em vários países. Titulo brasileiro : «Torrentes de Vingança».

«A CRISTA DO DIABO»

Este western -largamente influenciado pelo 'spaghetti'- não merece o tempo que se perde a vê-lo. Considero-o pior filme jamais realizado por John Sturges e também o menos interessante das filmografias dos prestigiosos actores que figuram no cartaz : Clint Eastwood, Robert Duvall, John Saxon, etc, etc. Com produção conjunta da Malpaso (a firma de Eastwood) e dos estúdios Universal, esta película tem algumas cenas de acção espectaculares, mas que, 'per si', não salvam o filme da mediocridade. Já com DVD's editados por todo o lado (enquanto algumas obras-primas do cinema aguardam, há anos, a sua vez), «A CRISTA DO DIABO» («Joe Kidd») foi estreado em 1972. Foi filmado a cores, tem uma duração de 110 minutos e, no Brasil, guardou o título original : «Joe Kidd».

«TODOS CONTRA MIM»

«TODOS CONTRA MIM» («Montana Territory») é uma modesta fita realizada, em 1952, por Ray Nazarro. Sinopse : um garimpeiro que exerce a sua actividade nas serranias de Montana é testemunha ocular (e involuntária) de um crime de morte. Ao sabê-lo, o xerife de uma localidade das redondezas (que é, simultaneamente, chefe de uma quadrilha de malfeitores com responsabilidades no assassínio) convoca-o à cidade, sob o pretexto de esclarecer o crime... Com Lon McCallister, Wanda Hendrix, Preston Foster, Jack Elam, Clayton Moore, George Russell, etc. Filme a cores, com uma duração de 64 minutos, distribuído pela Columbia Pictures. Título no Brasil : «O Forasteiro».

segunda-feira, 23 de junho de 2014

«BANDIDO !»

Com acção decorrente em 1915, durante a guerra civil mexicana, este filme de Richard Fleischer tem, na interpretação dos principais papéis, os actores Robert Mitchum (na pele de um mercenário norte-americano ligado ao tráfico de armas), Ursula Thiess, Gilbert Roland, Zachary Scott, Rodolfo Acosta, Henry Brandon e Douglas Fowley. Foi distribuído pela United Artists, é colorido e tem uma duração de 1 h 32. Solida realização (em 1956), com cenas espectaculares, bem ao gosto do seu realizador. «Bandido !» (que tem o mesmo título original) ainda não foi editado em DVD por estas bandas. Pelo menos que eu saiba. No Brasil, esta fita chama-se «Bandido», sem o ponto de exclamação.

«DUELO NA SOMBRA»

«DUELO NA SOMBRA» («Cattle King» é um western de Tay Garnett, realizado em 1963. A sua acção -que se desenrola por volta de 1883, no território do Wyoming- enquadra-se na guerra pelas terras, movidas pelos barões do gado contra os pequenos fazendeiros; que vedam as suas propriedades, com a intenção de proteger as culturas das investidas dos bovinos criados, em imensas manadas, pelos seus adversários. Nada de excepcional, por conseguinte. Filme produzido a cores para a M.G.M., com Robert Taylor, Robert Loggia, Joan Caulfield, Robert Middleton e Larry Gates. 88 minutos de duração. Existe no mercado europeu um DVD (editado em Espanha) com legendagem em língua portuguesa. Título brasileiro : «Pistolas do Sertão».

A CANÇÃO «CAPTAIN BUFFALO»

A canção «Captain Buffalo» faz parte da banda sonora do excelente filme de John Ford «O SARGENTO NEGRO». E, nessa fita estreada em 1960, surge como uma homenagem dos homens do 9º Regimento de Cavalaria dos Estados Unidos ao seu superior hierárquico directo, o sargento Rutledge. Personagem que, como todos estão recordados, é injustamente perseguida -num contexto de guerra contra os Apaches- por crimes que não cometeu. Esta película é, pelo seu conteúdo profundamente anti-racista e solidário (mas não só), um dos meus westerns preferidos. Lamento que, tanto em Portugal como em França, «O SARGENTO NEGRO» ainda não tenha despertado a atenção dos editores videográficos para a necessidade, urgente, de o oferecer aos cinéfilos. Tanto mais que na vizinha Espanha isso já aconteceu. Com o inconveniente, porém, do DVD só ter sido legendado em língua castelhana. O que é limitado e atenua o nosso interesse pela sua aquisição. Entretanto, e no que me diz respeito, vou-me contentando com uma cópia gravada na TV portuguesa aqui há meia dúzia de anos atrás. Um conselho : Escute a canção «Captaine Buffalo» (com letra e música de Mark David e Jerry Livinstone) aqui :

https://www.youtube.com/watch?v=_VY3O3q8ceM

quarta-feira, 18 de junho de 2014

«ARIZONA»

Realizado por Wesley Ruggles em 1940, este western da companhia Columbia contou com a participação artística de William Holden, Jean Arthur, Warren William e Peter Hall. Com uma duração excepcional para o tempo e para o género -125 minutos- esta película foi filmada a preto e branco e obteve êxito assinalável no seu tempo. Conta-nos os amores e aventuras de uma mulher que vive no Arizona, onde enfrenta índios e malfeitores e um aventureiro que passa por Tucson, a caminho da Califórnia. De assinalar o fim espectacular de «Arizona» (mesmo título original) e a música de fundo -sempre excelente- da autoria do famoso compositor Victor Young. Título brasileiro «A Amazona de Tucson».

«RITUAL DE GUERRA»

«RITUAL DE GUERRA» («The Beguiled») foi estreado em 1971e tem a assinatura de Don Siegel. A acção desta fita decorre durante os últimos anos da guerra civil americana. Um cabo do exército da União -com um grave ferimento numa perna- é recolhido pela directora e pelas moças de um internato a funcionar em território ainda controlado pelos confederados. Os primeiros tempos são de hesitação. Algumas das donzelas do colégio querem, por patriotismo, entregar o soldado inimigo ao exército confederado, enquanto outras, invocando a caridade cristã, pretendem protegê-lo do cativeiro; que no seu estado de saúde equivale a uma morte certa. Mas pouco a pouco, todas as moças e professoras sucumbem ao charme do inimigo, o que acaba por complicar as coisas... Excelente filme com Clint Eastwood (que, através da sua companhia Malpaso, também o produziu), Geraldine Chaplin, Elizabeth Hartman, Jo Ann Harris e Mae Mercer. Segundo alguns críticos, foi esta película que lançou definitivamente Clint Eastwood nos Estados Unidos; onde o público, pela primeira vez e unanimemente, deixou de ter dúvidas sobre as suas reais qualidades de actor. Imperdível. Distribuído pela companhia Universal, esta fita foi filmada a cores e tem 105 minutos de duração. Título no Brasil : «O Estranho que Nós Amamos». Largamente difundida em vídeo.

«DUELO DE FOGO» - A CANÇÃO DE ABERTURA

«Duelo de Fogo» é um dos grandes títulos da História do cinema western. Esta película foi realizada em 1957 por John Sturges e contou com a participação inesquecível de Burt Lancaster e de Kirk Douglas nos papéis principais. Mas esta fita tem outros trunfos. Como, por exemplo,  o roteiro da autoria do escritor Leon Uris, a fotografia a cores de Charles Lang e, sobretudo, uma música de fundo extraordinária, que ficámos a dever ao consagrado compositor e chefe de orquestra Dimitri Tiomkin. É, pois, a ele e ao letrista Ned Washington que devemos agradecer a canção «Gunfight at the OK Corral» (que é, também, o título original do filme em questão), com a qual Frankie Laine 'abre' esta admirável obra cinematográfica. Aqui deixo, a título de curiosidade, uma recomendação : clique nas referências abaixo e maravilhe-se com a canção acima indicada.

https://www.youtube.com/watch?v=ZqyiRwlLa80

«O HOMEM DE SANTA FÉ»

«O HOMEM DE SANTA FÉ» («Short Grass») é um filme de Lesley Selander, que o realizou em 1951 para os estúdios Allied Artists. É uma típica história de vaqueiros, cuja acção se desenrola em torno de um homem que matou um adversário em legítima defesa e que manifestou arrependimento arrumando as armas. Mas uma guerra de interesses vai fazê-lo, de novo, empunhar os seus temíveis colts. Com Rod Cameroin, Cathy Downs, Johnny Mac Brown, Alan Hale Jr. e Morris Ankrum. A preto e branco e com duração que não consegui determinar. Título brasileiro : «Terra de Sangue». Nunca vi esta raridade.

«NEVADA SMITH»

Esta fita, datada de 1966, tem a assinatura de Henry Hahaway; que é, reconhecidamente, um dos mestres do cinema western. «NEVADA SMITH» (mesmo título original) foi produzido conjuntamente pela Embassy Pictures e pela Solar Productions e distribuído pela companhia Paramount. No seu cartaz figuram nomes tão sonantes como os de Steve McQueen, Karl Malden, Brian Keith, Arthur Kennedy ou mesmo de Lucien Ballard. Filmado a cores e com 128 minutos de duração, esta fita comporta cenas de grande violência, inclusivamente uma cena de violação. A história põe em relevo a vingança de um mestiço (tão loiro ?!!), que vai abater, um a um, todos os assassinos de seus pais. Já com bastantes edições videográficas, «Nevada Smith» recebeu idêntico título no Brasil.

«ALVORADA DO FUROR»

Este pequeno western chegou-nos já no final da 'época de ouro do género';  em 1964, ano em que foi realizado por William Claxton. «ALVORADA DO FUROR» («Stage to Thunder Rock») foi produzido por A. C. Lyles, que não goza de boa reputação entre os westernófilos; pelo facto de recorrer a velhas glórias como chamariz e de atamancar (muitas vezes com imagens de outras fitas) aquilo que promove. «ALVORADA DO FUROR» conta-nos a história de um xerife, que se recusa a entregar um prisioneiro - que ele mantém numa estação de muda da diligência- aos seus cúmplices. Com Barry Sullivan, Marilyn Maxwell, Scott Brady, Lon Chaney Jr., Anne Seymour, John Agar, Wanda Hendrix e Keenan Wynn. Esta fita, distribuída pela companhia Paramount, é colorida e tem uma duração de 82 minutos. Título brasileiro : «Diligência para o Inferno».

«CORAÇÃO DE BANDIDO»

«CORAÇÃO DE BANDIDO» («Best of the Badmen») é um western produzido pela RKO Radio Pictures em 1951, com realização de William D. Russell. Colorido e com 81 minutos de duração, este filme conta uma história que, mais uma vez, faz referência às figuras de famosos bandoleiros do Oeste : Bob e Cole Younger, irmãos James e 'tutti quanti'. Apesar da banalidade do tema, este pequeno western foi bem construído e merece ser visto. Nem que seja só pelo facto de apresentar um painel de actores de luxo : Robert Ryan, Claire Trevor, Jack Buetel, Robert Preston, Walter Brennan, Bruce Cabot, etc. No Brasil foi intitulado «O Melhor dos Homens Maus». Desconheço a existência por estas paragens de quaisquer edições videográficas desta película.

«O PISTOLEIRO DO DIABO»

«O PISTOLEIRO DO DIABO» («High Plains Drifter») foi realizado e produzido, em 1973, por Clint Eastwood. Que assumiu igualmente o principal papel do elenco, no qual também se integraram, entre outros, os actores Verna Bloom, Marianna Hill, Mitch Ryan, Jack Ging e Stefan Gierash. Fortemente influenciado pelo western 'spaghetti', esta fita conta-nos a história de um forasteiro que aceita defender uma localidade e os seus habitantes contra um bando de malfeitores. Curiosidade : nas derradeiras imagens desta fita, o realizador prestou homenagem a dois dos seus mentores -Sergio Leone e Don Siegel- presenteando-os com duas lápides com os seus nomes no cemitério de Lago City, onde decorre a acção. Colorido, com uma duração de 105 minutos e com distribuição assegurada pela companhia Universal. Título brasileiro : «O Estranho Sem Nome».