sábado, 26 de abril de 2014

'SHERIFF' OU 'MARSHAL' ?

Por facilitismo, tenho utilizado -neste blogue- o termo genérico de xerife (sheriff), para designar os policias dos westerns, que aqui vou expondo à curiosidade de todos aqueles que visitam WESTERN SAGA. Sei bem que, na realidade (e ontem como hoje), esses agentes da autoridade não dispõem do mesmo estatuto, nem são investidos nos respectivos cargos da mesma forma. Resumindo, o xerife é eleito pela maioria de votos da população de um condado (county) ao mesmo tempo que o presidente do município, que o remunera e lhe exige contas; enquanto o 'marshal' é investido nas suas funções de defensor da lei pelas autoridades federais e é pago pelo governo dos Estados Unidos. Ambos se esforçavam (e se esforçam), no entanto, por manter a ordem na porção de território confiado à sua responsabilidade. Alguns deles eram (são) gente abnegada, com brio e ética profissional, que sacrificava mesquinhos interesses pessoais a favor do bem-estar colectivo. Outros podiam deixar-se corromper, pactuando com o poder instalado. O cinema western mostrou-nos mil filmes, onde o xerife e/ou o marshal são as personagens centrais do enredo. Não vou falar deles todos, naturalmente. Lembro, no entanto e a título de exemplo, figuras como Will Kane (Gary Cooper em «O Comboio Apitou Três Vezes»), Jered Maddox (Burt Lancaster em «O Homem da Lei»), Rooster Cogburn (John Wayne em «Valor de Lei»), Wyatt Earp (novamente Burt Lancaster em «Duelo de Fogo») ou ainda Cass Silver (Robert Ryan em «Homens sem Medo»). Estes heróis do celulóide nem serão, porventura, os mais carismáticos de todos eles, mas são, com toda a certeza, representativos dessa casta de justiceiros ajuramentados, que, ao usarem o distintivo em forma de estrela, se esforçavam por impor a ordem no Oeste bravio. Outros homens (auxiliares de polícia -nomeados segundo necessidades pontuais- membros dos Texas Rangers, guardas dos caminhos-de-ferro e de companhias de diligências, agentes Pinkerton, etc) também agiam muitas vezes, legalmente, em defesa da ordem. Mas isso já é outra história...

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