quinta-feira, 11 de outubro de 2012
UM LIVRO CUJA LEITURA SE RECOMENDA
A minha paixão pelo Oeste americano -região que já tive a ocasião e o prazer de visitar, ao percorrer estados como a Califórnia, o Utah, o Nevada, o Arizona- não se extingue com o meu gosto pelo cinema western. Adoro a História (por vezes plácida, muitas vezes sangrenta) dessas vastas paragens dos E.U.A., cujo conhecimento, mesmo superficial, me permite apreciar (e criticar) de maneira mais lúcida e mais justa os filmes do género que vou vendo. Enfim, gosto de tudo o que diz respeito à realidade ou à saga (o que não é a mesma coisa) do Faroeste. De tal modo, que, de vez em quando, trarei às páginas deste blog assuntos que ultrapassam as fronteiras da chamada 7º Arte. Em matéria de leitura, aprecio particularmente os romances policiais de Tony Hillerman (que têm como herói um detective navajo) e as obras de carácter enciclopédico (como, por exemplo, «Histoire du Far West», de Jean-Louis Rieupeyrout -verdadeira bíblia do género- onde colho ensinamentos e tiro dúvidas) ou, ainda récitas de carácter histórico, como aquela que, hoje, aqui vos apresento. Trata-se de um livro, cuja leitura estou a terminar, mas que se tem revelado apaixonante. Intitula-se «Ma Grand-Mère Cannibale» (que se traduz literalmente por 'A Minha Avó Canibal') e que tem assinatura da jornalista franco-americana France Bequette. Esta obra conta-nos a odisseia (verídica ) da caravana Donner, à qual se juntou a família da autora, que viveu (na segunda metade do século XIX) momentos de horror na serra Nevada (Califórnia), aquando de uma viagem de pioneiros; e que só sobreviveu às agruras do frio e da fome recorrendo ao canibalismo. Uma das sobreviventes da chamada 'Donner Party' foi Mary Ann Graves, a própria bisavó de France Donette, com a qual a leitura deste livro nos permite travar amplo conhecimento. Recomenda-se a leitura da obra em questão -que, ao que me foi dito, ainda não foi editada em Portugal- por abordar um tema que até já foi levado aos ecrãs do cinema e da televisão.
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