quarta-feira, 27 de agosto de 2014
GENERALIDADES SOBRE A ALIMENTAÇÃO DOS ÍNDIOS DA AMÉRICA DO NORTE
Antes da chegada do homem branco ao Novo Mundo, existiam no território da actual América do norte, uma infinidade de comunidades autóctones. Muito diferentes entre si e que, ora coexistiam pacificamente, ora se guerreavam por mil e uma razões. O meio e a geografia determinavam hábitos, que diferiam muito de nação para nação, de região para região. Em matéria alimentar, por exemplo, era normal e lógico que os ameríndios da costa do Pacífico baseassem a sua dieta no consumo de peixe, nomeadamente de salmão, espécie muito abundante nos seus rios e cuja técnica de conservação eles dominavam. Já os índios da chamada Grande Pradaria -destemidos caçadores de bisontes- consumiam, essencialmente, a carne desse imponente ruminante, variando, quando possível, a sua alimentação com as bagas colhidas (pelas mulheres) em arbustos da flora local. Outro exemplo dessa variedade de hábitos é o que nos dão os indígenas dos Grandes Lagos, que cultivavam milho, abóboras, feijão e outros vegetais e que os incluíam abundantemente na sua dieta habitual; que também incluía espécies piscícolas dos rios e lagos da sua região. Estudos efectuados por especialistas destes povos, determinaram, com rigor (e isto é apenas um exemplo), a dosagem certa de produtos utilizados na alimentação das tribos ameríndias. Assim, os índios das vastas planícies do Oeste consumiam 40% de carne, 20% de peixe, 30% de vegetais não cultivados e 10% de bagas e frutos selvagens. Já os Iroqueses (que além de guerreiros temíveis eram, também, agricultores competentes) consumiam 65% de milho (cerca de 1/5 kilo diário por pessoa), 15% de feijão e de sementes de girassol, 10% de peixe, 5% de carne e 5% de bagas, de verduras, de nozes e de xarope de ácer. Curioso, não é verdade ?
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