segunda-feira, 6 de outubro de 2014

OS INDESEJÁVEIS IRMÃOS RENO

A quadrilha dos irmãos Reno foi uma das mais activas e perigosas que operou no território dos Estados Unidos , antes, durante e depois da Guerra Civil. Apesar da apertada educação religiosa que recebeu, este clã familiar cedo se viu envolvido em crimes como a organização de jogo ilegal, fogo posto, roubo (de cavalos, entre outros), agressões, etc. Diz-se que foi para escaparem à justiça, que, durante a Secessão, eles se alistaram no exército da União. De onde não tardaram a desertar, para poderem voltar à sua costumeira vida de foras-da-lei. Não é meu intento relatar, aqui e agora, a 'carreira' pormenorizada destes malfeitores. Se os evoco é porque faz hoje, precisamente, 148 anos que estes bandoleiros cometeram um crime nunca antes praticado nos 'states'. Foi, com efeito, no dia 6 de Outubro de 1866, que dois dos manos Reno (John e Simeon) assaltaram, no estado de Indiana, uma composição ferroviária, pilhando 13 000 dólares. Esse tipo de crime (até então inédito, repito) serviu de exemplo a muitos maus rapazes do Middle e do Far West, organizados em bandos mais ou menos numerosos, mais ou menos agressivos. O cinema hollywoodiano cansou-se de nos mostrar situações desse género, que valeram fama (e proveito) aos irmãos Reno, mas também às quadrilhas dos manos James e à 'Wild Bunch', de Butch Cassidy e de Sundance Kid. Isto para citar apenas as mais 'ilustres'. Perseguido, sem descanço, pelos homens da agência Pinkerton, o bando dos irmãos Reno (que chegou a contar uma dúzia de elementos) acabou por ser desmantelada e metida na cadeia. Salvo aqueles (3) que foram enforcados sumariamente -a 10 de Julho de 1868- por um grupo de 'justiceiros' auto intitulado Jackson County Vigilance Commitee. Esse lynchamento ocorreu num lugar que ainda hoje se chama Hangman Crossing. E deu-se após uma série de ataques a comboios, que renderam à quadrilha cerca de 150 000 dólares. Um dos mentores do bando, Frank Reno, foi condenado a 25 anos de penitenciária. Mas não os cumpriu na íntegra. Depois de algum tempo passado em liberdade, foi apanhado num caso de falsificação. Levou, por isso, mais três anos de cadeia. A fotografia anexada (que é autêntica) mostra quatro membros da famigerada quadrilha.

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