Fui ver, ontem, o tão aguardado filme de Quentin Tarantino «OS OITO ODIADOS» («The Hateful Eight»), que teve estreia mundial em 2015; e voltei do cinema 'passado' com tamanha e tão desnecessária violência. Este não é um western. É um filme de terror cuja acção decorre num quadro e com personagens que, à primeira vista, podem confundir-se com os do western. Na verdade, depois da projecção desta longuíssima fita (167 minutos), saí da sala de cinema desconcertado e, logo depois, enojado com a inaudita sangueira que se instalou no derradeiro terço de «OS OITO ODIADOS». É verdade que o arrebatado Tarantino não apanhou ninguém desprevenido, mais, ainda assim, acho que, aqui, ele acabou por se exceder e por pasmar (pela negativa) todos aqueles que já conjecturavam o deboche de violência do costume. Enfim, não serei eu -colecionador de westerns- que repetirei a experiência de visionar esta perversidade. Enfim, este filme colorido, que tem distribuição da The Weinstein Company, conta-nos a história de uma mulher levada, numa diligência (por um caçador de recompensas), para uma localidade do Oeste, onde deve morrer na forca. Por crimes cometidos, quando integrava uma perigosa quadrilha de malfeitores. À dita e ao seu captor vão-se juntando outras personagens pouco recomendáveis (como um pistoleiro negro, também ele caçador de foragidos com a cabeça a prémio, e um pretenso xerife), que acabam por reunir-se, devido a um nevão, numa estação de muda da mala-posta; onde, aparentemente e pelas mesmas razões, já se encontram outros figurões, passageiros de outra carruagem impedida pela intempérie de prosseguir o seu caminho. O encontro entre toda essa tropa-fandanga vai gerar atritos e um feroz tiroteio, que coloca fora de combate todos os contendores. É mais ou menos isto... Os principais actores convidados para protagonizar este delírio de Tarantino foram Samuel L. Jackson, Kurt Russell, Jennifer Jason Leigh, Walton Goggins e Channing Tatum. Título no Brasil idêntico ao atribuído ao filme no nosso país.
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