«COLD DAY IN HELL»

Realizado em 2011 por Christopher Forbes, «COLD DAY IN HELL»  conta-nos a história de um antigo atirador de elite do exército que, depois de ter perdido a sua família e a sua casa, se refugia numa isolada região da Sierra Nevada. O surpreendente aparecimento de sua filha, que ele julgava morta, leva-o a abandonar a sua condição de eremita para regressar à civilização. Mas, a cidadezinha que ele escolheu para viver (em paz),é alvo da ambição de um homem perigoso, que tudo quer e em tudo manda. Razões suficientes para o antigo atirador pegar nas armas (até então arrumadas) e começar uma guerra pessoal e sem tréguas... Filme produzido por Barnholtz Entertainment e Forbesfilm, lançado directamente em DVD. Colorido e com duração desconhecida. Com Ronald Bumgardner, Stan Fink, Stephen Gilliam, Kimberly Campbell, Michael Madsen, etc. Filmado parcialmente na fotogénica região de Durango, Colorado, onde foi rodada uma infinidade de westerns.

«GUNFIGHT AT YUMA»

«GUNFIGHT AT YUMA» é um filme de co-produção americano-mexicana. Foi realizado, em 2012, por Alveraz Ricardez, que aqui dirigiu os actores Joe Estevez, Molly Kasch, Cristopher Mur, Patrick Wenk-Wolff, Cristina Maxwell e Mike Bruce. Parece que custou aos produtores 500 000 dólares... Outra curiosidade : o actor principal pertence à família Sheen-Estevez. A história contada é (ao que me foi dito, porque eu não vi o filme) brutal e baseada no encontro de dois homens feridos, que são curados por uma estranha personagem, destroçada pela perda, recente, de sua esposa. O trio toma o caminho de Yuma, onde vai avistar-se com um misterioso predicador... Colorido e com 88 minutos de duração. Distribuído por Zampano Films Picture. Inédito por cá, tanto quanto sei.

«RAIDERS OF THE SOUTH»

«RAIDERS OF THE SOUTH» é um western de Lambert Hillyer (1947) produzido e distribuído pela companhia Monogram. O herói da fita é Johnny Mack Brown, que aqui contracena com Evelyn Brent, Raymond Hatton, Reno Brown e John Hamilton. Tem fotografia a preto e branco e uma duração de 55 minutos. Sinopse : no sul dos 'states', logo depois de terminada a guerra civil. Um agente federal faz-se passar por um simpatizante da causa confederada, para melhor lutar contra os indesejados 'carpetbaggers'. Que, na região, cometem vigarices e outros distúrbios. Inédito em Portugal, como já se percebeu pela ausência de título nacional. Referências brasileiras desconhecidas.

DIVAGANDO SOBRE AUDIE E WANDA

O texano Audie Murphy era, em 1949 -ano em que desposou a bonita actriz Wanda Hendrix- um dos homens mais populares e estimados de todos os Estados Unidos da América. Por duas razões : a primeira, por ter sido o soldado mais medalhado da Segunda Guerra Mundial e por ser considerado, por muita gente, um dos mais heróicos combatentes da História Militar do seu país; a segunda, por ter enveredado, no pós-guerra, por uma carreira de actor, que lhe granjeou visibilidade no mundo inteiro. Especializado em papéis de justiceiro westerniano, Murphy viu os seus filmes serem aplaudidos de Hollywood até Nova Iorque, e dali até aos mais recônditos lugares da Terra, onde existisse uma pantalha e um projector de películas. Em Portugal (onde já quase ninguém se lembra dele) Audie Murphy também foi muito estimado pelas suas 'coboiadas', que chegaram a atrair multidões aos cinemas de bairro. Falando da minha própria experiência, quero referir que uma das suas fitas («Onde Impera a Traição», de Frederick De Cordova, 1953) foi o primeiro ou o segundo filme ambientado no Faroeste que eu vi a cores. Um deslumbramento, embora eu reconheça, hoje, que esse western militar (aliás como muitas outras das suas fitas) nada tenha de extraordinário... Mas eram do agrado das plateias populares do mundo inteiro. Que viam nesses filmes de cowboys uma maneira de escapar a um quotidiano cinzento e (tal como acontecia em Portugal) sem grandes perspectivas de mudança. Wanda Hendrix era (como o seu primeiro e não-usado nome indicava, Dixie) originária do sudeste dos Estados Unidos, da Florida. Começou a trabalhar no cinema muito antes de conhecer e desposar Audie. Cujo matrimónio -contraído no dia 8 de Janeiro do acima indicado ano de 1949- não durou muito. Por causa (ao que se disse e escreveu) do carácter conflituoso do marido, que sofria, de toda evidência, de stress pós-traumático de guerra e que era incapaz de manter -com a sua 'entourage'- uma relação estável e duradoura. Dizia-se dele, que dormia com um pistolão escondido debaixo da almofada da cama e que, uma vez (já depois de consumado o divórcio com Wanda), despeitado pelo facto da actriz Jean Peters o ter rejeitado para casar com o produtor e multimilionário Howard Hughes, andou Audie uma noite inteira a vaguear pelas ruas e avenidas de Hollywood, armado de revólver, à procura do rival. Com a confessada intenção de o chumbar. Wanda teve uma carreira algo interessante, que terminou bruscamente em 1981, quando contraiu  a dupla pneumonia que a matou, com apenas 52 anos de idade. Audie morrera mais cedo -a 28 de Maio de 1971- também ele de maneira trágica; quando o avião particular em que viajava se despenhou sobre uma região montanhosa da Virgínia. O herói da vida real e de tantas fitas de cowboys vivera 46 anos. Foi a enterrar -com todas as honras militares- no Cemitério Nacional de Arlington, situado perto da capital federal. Para os amadores de westerns, que regularmente visitam este blogue, é bom lembrar que Wanda Hendrix protagonizou várias fitas do género, entre os quais «O Segredo da Montanha» («Sierra», 1950) ao lado de seu então marido Audie Murphy. E ainda quanto a este último, quero dizer que na sua filmografia -entre os 34 westerns e afins que ele nos legou- figuram algumas obras de grande nível, que atestam, de maneira indiscutível, que, quando bem dirigido, o actor era capaz de desempenhar com competência os papéis que lhe distribuíam. Estou a lembrar-me, por exemplo, de «Sob a Bandeira da Coragem» e de «O Passado Não Perdoa» (ambos realizados por John Huston), de «Bala Sem Destino» (de Jack Arnold) e de «Amizade Sangrenta» (de Harry Keller), entre outros.

«CONAGHER» LEGENDADO EM PORTUGUÊS

«Conagher» é um famoso western (um telefilme) inspirado numa novela de Louis L'Amour. É protagonizado por Sam Elliott, um actor pouco conhecido na Europa, mas que goza de grande popularidade na sua terra, nos Estados Unidos. O DVD (com legendas na nossa língua) está à venda na Amazon.com (passe a publicidade) por um preço verdadeiramente irrisório... Aqui fica a informação.

«MIRACLE IN THE WILDERNESS»

«MIRACLE IN THE WILDERNESS» é um excelente telefilme produzido pela TNT em 1992. Teve realização de Kevin James Dobson e contou com a colaboração dos actores Kris Kristopherson, Kim Cantrall, John Dennis Johnston, Rino Thunder e David Oliver. Foi filmado a cores e tem 88 minutos de duração. Procuro uma boa cópia há muitos anos, sem sucesso. Não sei se alguma vez foi exibido nos nossos canais de televisão, nem (se o foi) com que título. No Brasil chama-se «Limite dos Bravos». A história começa assim : Jericho Adams é um homem da montanha, que vive com a esposa e com o filho de ambos, um menino de tenra idade, numa cabana implantada em pleno território dos Shoshones; índios com os quais o pioneiro vive, desde sempre, em boa harmonia. Subitamente, depois da visita de um amigo que é 'scout' do exército, o lar de Adams é atacado por um belicoso partido de guerreiros Blackfeet, que raptam toda a família e declaram a sua vontade de matar o bebé. Sob o falacioso pretexto de que Jericho teria, outrora, matado o próprio filho do chefe dos atacantes... Vi este filme de televisão há muito tempo, tendo dele guardado uma agradável recordação. É pena que o DVD vendido no comércio internacional só proponha uma cópia com a V. O.  em exclusivo.

«GUARDIAN OF THE WILDERNESS»

Realizado por David O'Malley em 1976, «GUARDIAN OF THE WILDERNESS» conta-nos a história (verídica) de Galen Clark. Um homem ao qual os médicos diagnosticaram uma doença mortal (silicose) e que decide consagrar os seus 'últimos meses de vida' a lutar pela sobrevivência das majestosas sequóias californianas. Para tanto e apesar de muito debilitado, Clark ferá uma longa viagem até à capital dos EUA, onde logrou obter uma entrevista com o presidente Lincoln. Desse encontro saiu uma lei (aprovada pelo presidente) que travou a cobiça dos industriais madeireiros e que levou à subsequente criação do parque natural de Yosemite. Onde as sequóias passaram a ser protegidas. Paradoxalmente, o homem que os médicos haviam condenado à morte a breve termo (e que deveria morrer por volta dos 40 anos de idade), faleceu quase centenário, pois finou-se depois de ter festejado o seu 95º aniversário. Com Denver Pyle, John Dehner, Ken Berry, Cheryl Miller e Ford Rainey. Colorido e com uma duração de 112 minutos. Produção da Sunn Classic Pictures.

«THE RETURN OF DANIEL BOONE»

Não ! Não se trata de uma aventura do pioneiro do Kentucky, que todos nós, amadores de westerns, conhecemos do cinema e da televisão. «THE RETURN OF DANIEL BOONE» (inédito no nosso país) é um filme produzido pela Columbia Pictures, que teve realização de Lambert Hillyer (1941) e que contou com a colaboração artística de Bill Elliott, Betty Miles, Dub Taylor, Ray Bennett e Walter Soderling. É uma película de fraco orçamento, uma série Z, filmada a preto e branco e com uma duração de 61 minutos. Nunca vi, mas sei que se trata de uma mescla de tiroteios e de cenas de pugilato (entre um justiceiro de nome Boone e a tradicional bandidagem) e canções nostálgicas do velho Oeste. Banal, em suma. Sem título brasileiro.

LONGOS CABELOS AO VENTO...

25 de Junho de 1876 : longos cabelos ao vento, montando um fogoso mustang e empunhando uma carabina de cano fumegante, Crazy Horse -o mais bravo de todos os guerreiros da nação Sioux- investe contra o último reduto do 7º de Cavalaria. Havia soado a hora de tirar desforra de todas as humilhações sofridas... Mas a brilhante vitória militar de Little Big Horn, também foi o derradeiro sobressalto, o canto do cisne das tribos ameríndias da Grande Pradaria; que não tardariam a sofrer as consequências da sua férrea vontade em defender o seu ancestral e original modo de vida, nas terras herdadas dos seus antepassados. O trágico fim dos Sioux ocorreu a 29 de Dezembro de 1890, aquando do ignóbil massacre de Wounded Knee (na reserva de Pine Ridge, Dacota do Sul), onde os gritos da soldadesca ianque («Recordem-se de Custer ! Recordem-se de Custer !») se confundiram com o estrondo dos canhões Hotchkiss de tiro rápido. Que ajudaram a ceifar a vida de 151 homens, mulheres e crianças. Isso, segundo os números oficiais do exército americano, já que outras fontes referem mais de 300 vítimas mortais entre os índios... Cúmulo do descaro : o Congresso dos EUA atribuiu 20 das suas Medalhas de Honra a outros tantos 'heróis' do 7º de Cavalaria, que ajudaram a massacrar as vítimas indefesas de Wounded Knee. Incrível, mas verdadeiro !

«MAIL ORDER BRIDE»

Realizado em 2008 por Anne Wheeler, este telefilme é o 'remake' de uma fita de Burt Kennedy lançada com o mesmo título original e estreada (nas salas de cinema) no início dos anos 60. O tema é o das noivas 'compradas' por correspondência pelos pioneiros do Faroeste (região com baixos índices de população feminina) nas cidades do leste dos Estados Unidos. E o das surpresas -agradáveis ou nem tanto- que tal 'negócio' podia originar. Este assunto foi várias vezes abordado pelo cinema western, sendo, porventura, «Caravana de Mulheres» («Westward the Women», de William A. Wellman, 1951) o mais emblemático desses filmes. Ainda não pude ver esta obra televisiva, que foi produzida por e para o canal Hellmark. «MAIL ORDER BRIDE» foi filmado a cores e tem 88 minutos de duração. Recebeu boa crítica, muito (ao que li) por causa do excelente desempenho de Daphne Zuniga; que aqui contracenou com Greg Evigan, Cameron Bancroft e Vincent Gale.

«STAGECOACH EXPRESS»

«STAGECOACH EXPRESS» é mais um western que ficou por exibir no nosso país. Com realização de George Sherman (um perito na matéria), estreou em 1942. Actores principais do elenco : Don 'Red' Barry, Lynn Merrick, Al St. John, Robert Kent, Emmett Lynn e Guy Kingsford. Foi filmado a preto e branco, tem uma duração de 57 minutos e apresenta a chancela da Republic Pictures. A história contada é de uma jovem que tenta gerir uma companhia de diligências herdada de seu defunto pai. A situação da empresa degrada-se, quando um antigo colaborador do seu progenitor tenta por todos os meios (legais e ilegais) apoderar-se do negócio. Isso, com o intuito de roubar o ouro que os veículos da companhia regularmente transportam... Sem título próprio no Brasil.

«WYOMING RENEGADES»

Esta fita de Fred F. Sears (inédita em Portugal) estreou em 1954. Teve, nos principais papéis, interpretações de Phil Carey, de Gene Evans, de Martha Hyer e de William Bishop. «WYOMING RENAGADES» teve produção da companhia Columbia Pictures, tem fotografia a cores e uma duração anunciada de 73 minutos. Sinopse : um antigo membro da famigerada quadrilha de Butch Cassidy e de Sundance Kid regressa à sua terra, depois de ter cumprido uma severa pena de prisão. Mas, ali, é alvo da desconfiança das autoridades locais e dos seus concidadãos, que não acreditam na sua regeneração. Depois de um assalto ao banco da cidade, o antigo fora-da-lei é mesmo acusado de conluio com os seus antigos companheiros de malfeitorias. Só que o homem está inocente... Título brasileiro : «A Volta do Renegado».

«GOLD RAIDERS»

«GOLD RAIDERS é um western paródico realizado em 1951 por Edward Bernds. Com George O'Brien, os Três Estarolas (the Three Stooges), Clem Bevans, Sheila Ryan, Lyle Talbot, Monte Blue, etc. Foi filmado a preto e branco, tem uma duração de 56 minutos e foi distribuído pela companhia United Artists. A história contada desenvolve-se em torno da figura de um famoso ex-xerife; que se instala em Red Mesa City na qualidade de... agente de seguros. Depois de ali se ter descoberto a sua identidade, o antigo polícia é alvo de um atentado e salvo, 'in extremis', graças à intervenção atempada de três chapados idiotas. Acredito que seja um filme inédito em Portugal. Título brasileiro desconhecido.

'WESTERN ART' À MANEIRA DE JACK SORENSON

Esta belíssima tela, da autoria do artista norte-americano Jack Sorenson, mostra a reação de um cavalo assustado por um relâmpago. O salto inesperado projecta o temeroso animal e o seu cavaleiro para um inesperado 'voo', que valeu a esta obra o título de «An Unscheduled Flight» ('Um Voo Imprevisível'). Magnífico. Admirável trabalho !

ARIZONA FLAG (SIGNIFICADO)

A parte superior da bandeira do estado federal do Arizona exibe 13 raios vermelhos e amarelos, que, para além de evocarem os esplendorosos pores-do-sol daquela região do sudoeste dos Estados Unidos, lembram a longínqua Espanha, país de onde eram originários os primeiros homens brancos(*) a pisar o chão do território. E a cor azul da sua parte inferior representa a liberdade de que usufruem todos os seus habitantes. A estrela acobreada (no centro da bandeira) lembra a indústria da mineração de cobre, que foi (e ainda é) uma actividade importante para a economia local.

(*) Os primeiros brancos a visitar o Arizona, chegaram ali em inícios do século XVI, integrados nas expedições de Marcos de Niza e de Francisco Vásquez de Coronado.

MUSTANGS...

Sabia que o nome do mustang (aquele cavalo selvagem que, ainda em finais do século XIX, povoava os grandes espaços do Faroeste) deriva da palavra espanhola 'mesteña', que designa uma manada de cavalgaduras que não têm dono conhecido ? -É verdade. Os 'mesteños' são, portanto, essas montadas que, depois da tomada do México, fugiram aos conquistadores e se espalharam por toda a América do norte, onde se multiplicaram e se organizaram em inúmeras manadas. Para grande proveitos dos nativos, nomeadamente dos pele-vermelhas da chamada Grande Pradaria, que aprenderam a domá-los e a utilizá-lo, tanto na paz como na guerra.

«CASEI COM WYATT EARP»

«CASEI COM WYATT EARP» («I Married Wyatt Earp») é um western rodado para a televisão, com realização (em 1983) de Michel O'Herlihy e com a participação artística de Marie Osmond, Bruce Boxleitner, John Bennett Perry, Jeffrey DeMunn e Allison Arngrim. Foi feito com dinheiros do consórcio Comworld & Osmond Productions e filmado a cores. Tem uma duração de 100 minutos. O guião inspirou-se nas memórias de Josephine Marcus Earp -uma conhecida cantora de ópera de San Francisco- que contou (em livro) a história do seu matrimónio e vivência com o famoso pistoleiro. Vi isto há muitos anos, e essa experiência não deixou traços na minha memória. Daí presumir que este telefilme nada tenha de especial... «CASEI COM WYATT EARP» chegou a ter uma edição vídeo.

CADÊ O NOME DE GEORGE MONTGOMERY ?

Este DVD de origem alemã contém cópia do western «Last of the Badmen», realizado (em 1957) por Paul Landres. A dita fita (distribuída internacionalmente pela companhia Allied Artists), foi exibida em Portugal com o título «DINHEIRO POR UM CORPO» e teve na interpretação do papel principal o popular actor George Montgomery. Cujo nome, curiosamente, não se inscreve na capa do referido videograma. Imperdoável lapso dos profissionais de um país que se pretende infalível, ou quase. Desconcertante !...

Esse erro não foi cometido pelos autores dos diferentes cartazes que, na sua época, promoveram o filme; e que, todos eles, referem -como acima se pode ver- o nome do herói desta 'coboiada' dos bons velhos tempos.

À DÚZIA É MAIS BARATO !

Os editores espanhóis de videogramas são extraordinários ! Editam tudo e mais alguma coisa. Nomeadamente títulos do cinema western, reservando-nos, cada ano, surpresas agradabilíssimas, com o lançamento de inéditos. E isso a preços surpreendentemente baixos. Incomparavelmente mais baixos do que aqueles que são praticados em Portugal ou noutros países da Europa. -Querem uma prova daquilo que avanço ? -Pois aqui têm estas caixinhas de DVD's, que contêm (cada uma delas) 6 filmes clássicos. O estojo número 1 desta 'Western Collection' contém as seguintes películas : «A MARCA RUBRA» (1950), «A GRANDE OFENSIVA» (1954), «DUELO DE GIGANTES» (1957), «RANCHO BRAVO» (1966), «A CIDADE DO PECADO»(1952) e «AVANÇADA PERIGOSA» (1958). O número 2 propõe «AS AVENTURAS DO CAPITÃO WYATT» (1951), «MISSÃO SECRETA» (1952), «MERCADORES DE INTRIGAS» (1949), «UMA MULHER INDOMÁVEL» (1950), «TERRAS SOMBRIAS» (1948) e «SÉTIMO DE CAVALARIA» (1956). Quanto à terceira caixa e última editada, apresenta os seguintes títulos : «A VIDA POR UM FIO» (1948), «HOMENS DAS TERRAS BRAVAS» (1958), «UM VALENTE» (1954), «SANGUE GUERREIRO» (1964), «ARIZONA» (1940) e «A FLECHA QUEBRADA» (1950). E agora perguntarão legitimamente, e o preço destas preciosidades ? Pois, em boa verdade lhes direi que, cada um destes estojos, está à venda, em Espanha, nas lojas da especialidade e na Internet por 17/18 euros ! Quem faz melhor ? -É bom saber, no entanto, que as cópias acima referidas não apresentam legendagem em língua portuguesa.

«A SIERRA NEVADA GUNFIGHT»/«THE SORROW»

Parece que esta película -realizada em 2012 por Vernon E. Mortensen- tem alguma qualidade e que, por essa razão, se distingue da maioria dos westerns que, como «A SIERRA NEVADA GUNFIGHT», se apresentam ao público directamente através do vídeo. O elenco reuniu nomes que os incondicionais do género da minha geração já não conhecem e que pertencem aos actores seguintes : Kirk Harris, Ryam Ballance, Michael Madsen, John Savage, Yvonne Delarosa, Ruben Chato Hinojosa Jr., etc. Produzido pela Rogue Arts & Unconventional Films, esta película tem fotografia colorida e uma duração de 92 minutos. Segundo o seu pretencioso autor, esta sua fita situar-se-ia entre «Shining» e «O Tesouro de Serra Madre». E eu digo que bastava ter a qualidade de uma dessas obras-primas para ser excelente. Mas há que ver, para confirmar. Sinopse : campos auríferos da Califórnia, em 1870. O garimpeiro John Hazard -habitado pela febre do ouro- arrasta o seu filho Casper (de 12 anos) na sua aventura alucinante. E atarefam-se na exploração de uma pequena mina, quando o menor se apercebe que o seu progenitor aparenta sinais de loucura. A partir daí, Casper tenta sobreviver num meio hostil, onde é necessário proteger o pai da doença, dos belicosos índios da região, mas também de uma quadrilha de impiedosos pistoleiros, cuja cobiça pelo ouro só é comparável com a dos mineiros, que arrancam o vil metal às entranhas da terra...

«BILLY THE KID»

Esta versão de 2013, realizada por Christopher Forbes (que também é o produtor) é pobretona e permite-se inventar coisas sobre a famosa e histórica personagem, que não lembraria ao diabo. Assim, e nesta fita de baixíssimo orçamento (500 000 dólares), William Bonney, o famoso pistoleiro do Novo México, é apresentado como um adolescente, que vê sua mãe assassinada por quadrilheiros, na sequência da morte de um membro do 'gang', abatido por um caçador de recompensas. Na realidade (e pelo que li sobre esta fita, que eu nunca vi), as incongruências multiplicam-se ao longo de todo o filme, fazendo disto algo de 'incomestível'. O DVD (já editado nos 'states' e noutros países) é distribuído pela Lionsgate. O filme é colorido e tem uma duração de 80 minutos. Com : Chris Bowman, Dan Beck, Graye Bumgardner, Patty Bumgardner, Ronald Bumgardner, Kimberly Campbell, Cody McCarver, Jerry Chesser, etc. Apesar de ser muito curioso, não sinto a mínima apetência pela visualização desta 'coisa'. Talvez porque o meu tempo é cada vez mais escasso e contado...

COLECCIONISMO

Estatueta representando um cowboy do século XIX. Vendida no comércio especializado para colorir, segundo a sensibilidade e gosto dos coleccionadores. Repare-se nos detalhes da vestimenta e de objectos como a carabina Winchester 73 (que a figura segura com a mão esquerda), a sela, o cantil e o cinturão-cartucheira, do qual pende um coldre contendo um 'seis tiros'. Bonito !

«SHERIFF OF CONTENTION»

Um misterioso 'serail killer' (como hoje lhe chamaríamos) escolhe uma pequena e sossegada cidadezinha do Faroeste para cometer os seus hediondos crimes. O representante da lei no lugar -um xerife adjunto- vai lançar-se numa investigação que, à partida, tem tanto de espinhosa como de perigosa. Mas o terror já se apoderou da população do lugar e é urgente agir... Este western de fraquíssimo orçamento (custou, ao que parece, 1,5 milhão de dólares) teve produção americano-canadiana e foi distribuído pela Lionsgate. A sua realização foi confiada a Tom O'Mary (2010), que se rodeou de uma equipa de actores com nomes quase confidenciais : Angelo Ortega, Miguel Corona, Wendy Wiltsey, Tom O'Mary (o próprio realizador da fita), Eric Scot Frydler, Steve Johnson e Nick Bonacker. «SHERIFF OF CONTENTION» parece não ser, ao que me foi dito, um mau filme. Espera-se que, um dia, os nossos editores de vídeo por cá o apresentem.

«THE GAMBLER, THE GIRL AND THE GUNSLINGER»

Realizado por Anne Wheeler em 2009, «THE GAMBLER, THE GIRL AND THE GUNSLINGER» (um telefilme) contou com a participação artística de Dean Cain, James Tupper, Allison Hossack, Keith MacKechnie, Michael Eklund, John DeSantis, etc. Foi produzido por e para o Hallmark Channel, tem uma duração de 95 minutos e fotografia a cores. Trata-se aqui das aventuras de um trio amoroso, constituído (como o título indica) por um jogador de póquer profissional, por uma moça, que é fazendeira, e por um pistoleiro. Ambos amam a amazona, cuja vida se complica depois do 'batoteiro' ter ganho, numa mesa de jogo, metade do seu rancho. Nunca vi isto e, francamente, não é tema que me seduza. Mas poderei estar enganado quanto à qualidade deste filme de televisão. Que creio ser inédito por cá.

«SHAUGHNESSY, THE IRON MARSHALL»

Western feito para a televisão, com realização de Michael Ray Rodhes (1996). Principais actores : Matthew Settle, Linda Kozlowski, Tom Bower, Sarah Pulson, Michael J. White, John Carroll Lynch e Bo Hopkins. Colorido, com 95 minutos de duração. É uma produção da companhia Ace & Eights Prod., cujo guião foi inspirado num livro de Louis L'Amour. Sinopse : um emigrante irlandês desembarca em Nova Iorque (por volta de 1870), onde começa a ganhar a vida como pugilista. Recusando as manigâncias de um organizador de combates de rua -que manipula os lutadores e usa e abusa das ameaças de morte- o jovem Tommy Shaughnessy segue para o Oeste, para o Cansas, onde uma série de circunstâncias imprevistas o projectam para xerife da cidadezinha de Haven. Ali começa por investigar o autor de um crime (servindo-se, para tanto, dos seus punhos e do seu cérebro), um malfeitor suficientemente tenebroso e maligno para colocar em perigo toda a comunidade colocada sob a sua protecção. Nunca vi...

A LEI DAS SÉRIES : «THE PINKERTONS»

«THE PINKERTONS» é uma série televisiva de origem canadiana, produzida por Rosetta Media e Buffalo Gal Pictures em parceria com o Canal Zero. Conta-nos histórias (inspiradas, ao que parece, em factos reais) protagonizadas pelos detectives da famosa Agência Pinkerton, essencialmente passadas no Oeste americano. Teve, até aqui, 22 episódios (de 44 minutos cada um) integrados numa única temporada.O lançamento do primeiro episódio ocorreu a 4 de Outubro de 2014. Também transmitida, quase em simultâneo, num canal de TV dos Estados Unidos. Vendida, em Agosto de 2015, para o Reino Unido Unido e Irlanda. Nada por cá, por enquanto. Principais actores : Martha MacIsaac, Jacob Blair, Angus McFadyen, Jennifer Pudavick, David BrownRay Strachan, Dean Fujioka, Rebecca Gibson, etc.

NAS COLINAS NEGRAS (BLACK HILLS)

Esta torre de observação (fotos de topo) foi construída, pelos homens brancos, no ponto mais elevado das chamadas Colinas Negras (Black Hills) : o Pico Harney, que culmina a 2 207 metros de altitude. Outrora território sagrado dos Sioux e seu principal espaço de vida, as Colinas Negras foram conquistadas aos ameríndios, na sequência da descoberta de ouro nos seus riachos, em 1874. Após uma guerra terrível (provocada pela invasão de milhares de garimpeiros e pelo exército), que fez muitos mortos em ambas as partes, os sobreviventes da grande nação Lakota (outro nome dos Sioux) foram deportados para reservas, onde as suas condições de vida são (ainda hoje) degradantes.



As Colinas Negras (que ocupam um território que se estende dos actuais estados do Dacota até ao Wyoming) são consideradas pelos peritos como uma anomalia geológica, pois, pela sua natureza, são apontadas como parte integrante das Montanhas Rochosas, embora se situem a grande distância desta cordilheira. Este rico território (os índios descreviam-no como «uma grande ilha de árvores num mar de erva») foi visitado pela primeira vez pelo homem branco em 1743; pela expedição do explorador francês Pierre Gaultiers, senhor de Varènnes. Perante a cobiça dos 'rostos pálidos', a nação Sioux assinou vários tratados com representantes do governo de Washington; que os traiu todos. Como para desculpar-se dessa verdade histórica, a Corte Suprema dos Estados Unidos da América reconheceu, em 1980, que as Colinas Negras (Black Hills) foram arrancadas ilegalmente aos seus legítimos proprietários e que lhes deveriam ser restituídas... Conversa para 'pele vermelha' ouvir. Naturalmente !



As colinas negras distinguem-se pela sua diversidade paisagística e foram famosas, outrora, pela grande variedade e quantidade de espécies cinegéticas (nomeadamente bisontes), que garantiam o sustento (mas não só) das famílias ameríndias.