domingo, 30 de outubro de 2016

«LA BANDIDA»


«LA BANDIDA» é um filme mexicano de Agustin P. Delgado (1948) com distribuição nacional da Filmadora Chapultepec S. A.. As principais figuras do elenco são Rosa Carmina, Pedro Galindo, Arturo Martinez, Fernando Soto 'Mantequilla', Su Muy Key, Felipe de Flores, Georgina Barragan, etc. Película com fotografia a preto e branco e com 90 minutos de duração. Esta fita relata-nos a história da dona de uma cantina fronteiriça, que tenta conquistar o coração de um estrangeiro, que apareceu na região e acedeu à propriedade de um rancho na sequência de um conflito... A indústria cinematográfica do México produziu, durante décadas, filmes aparentados ao western americano. Com muita propriedade, visto a raia do Rio Grande (mas não só) ser um espaço comum de aventuras. Alguns desses filmes podem ter inegável qualidade. Não sei se este entra nessa categoria, pelo simples facto de nunca o ter visto.

sábado, 29 de outubro de 2016

A JUSTIÇA A OESTE DO PECOS

Todos os apaixonados pela cultura western conhecem a figura do juiz Roy Bean; que pretendia representar a lei a oeste do Pecos. O homem (que existiu realmente, não haja a mínima dúvida) foi 'herói' de BD's, de filmes, de séries e de folhetins da TV. Esta criatura -muito controversa- possuía uma tasca num ermo do deserto de Chihuahua, no oeste do Texas. Para além de negociante de bebidas, de madeiras roubadas e de ter contrabandeado armas para a Confederação dos Estados do Sul e para o México, este aventureiro fora do comum (natural do Kentucky) autoinvestiu-se nos papéis de advogado, de notário, de juiz de paz, e de legislador arbitrário. Sem ter diplomas, obviamente, e apesar (ao que se disse) da sua qualidade de iletrado. A sua justiça era sumária e raramente terminava com penas de prisão. Roy Bean preferia aplicar multas pesadas àqueles que lhe caiam nas mãos. Multas que revertiam, invariavelmente, a favor da sua própria pessoa. Das muitas histórias que se contam sobre esta singular personagem e da sua justiça, conta-se a de um homem falecido acidentalmente e em cujo corpo o juiz Bean encontrou um revólver e a soma de 41,50 dólares. A sentença foi esta : confiscação da arma de fogo e multa de 41,50 por porte de arma proibida. De uma outra vez, o desavergonhado Roy Bean terá discutido com um cliente do seu estaminé, que lhe reclamou o troco de uma nota de 20 dólares que usara para pagar um copo de uisque tabelado em 30 cêntimos. O caso terminou logo ali, no botequim rapidamente transmutado em tribunal, e com a condenação (por ofensas) do cliente. Que se viu obrigado a pagar, mais uma vez, a bebida e uma multa de 19,70 dólares. Roy Bean -que é, hoje, uma popular figura do folclore do Oeste- morreu em 1903 e deixou 5 filhos. Hollywood, que gosta muito destas personagens marginais do tempo da conquista do Faroeste, dedicou-lhe vários filmes, sendo os mais conhecidos «The Westerner» (de William Wyler, 1940) e «The Life and Times of Judge Roy Bean» (de John Huston, 1972). Mas muitos outros mais referem a sua caricata figura. Outra lenda que perdurou sobre o juiz Bean, foi a de que era loucamente apaixonado pelo belo canto e fervoroso admirador de algumas grandes vozes da sua época.

«A RIVER OF SKULLS»

Filme distribuído internacionalmente pela Lionsgate. Foi realizado por Suza Lambert Bowser e estreou em 2010. Com : Trent Anderson, Aleph Ayin, Bruce D. Cole, Donald Forrest, Paul Henry e Erik MacRay. Tem fotografia a cores e uma duração de 100 minutos. Sinopse : Algures no Faroeste, por volta de 1870. Depois da morte trágica de sua mãe, a jovem Eula tenta sobreviver num meio hostil. Na sua tentativa para vencer as dificuldades que se lhe apresentam, Eula vai ligar-se a um bandido, que por ali tenta encontrar o rasto do seu progenitor, um fora-da-lei como ele. Mas, longe da sua área de conforto, a jovem vai descobrir um mundo impiedoso e muito mais perigoso do que ela alguma vez imaginara... Nunca tive a oportunidade de ver este filme, que creio ser inédito por cá. Mesmo sob a forma de cópia videográfica.

«THE CISCO KID AND THE LADY»

Produzida e distribuída pela 20th. Century-Fox, esta fita foi realizada por Herbert I. Leeds. Estreou em 1939. Tem fotografia a preto e branco e uma duração de 74 minutos. No seu cartaz figuram os nomes Cesar Romero (no papel do mítico herói californiano), de George Montgomert, de Robert Barrat, de Marjorie Weaver, de Chris-Pin Martin, de Virginia Field e de Harry Green. Nesta sua aventura, Cisco Kid ajuda um órfão a registar uma mina de ouro herdade de seu pai, assassinado por quadrilheiros. E tenta identificar a verdadeira mãe do menino. Filme ao gosto das plateias dos anos 30, mas que, hoje, nos parece algo antiquado. Curiosidade : numa das cenas introdutórias desta películaa, Cisco Kid diz ter saudades do seu país de origem, Portugal !  Título brasileiro : «Coração Bandido».

SAN DIEGO DE ALCALÁ

San Diego de Alcalá foi a primeira de todas as missões espanholas a ser fundada na então chamada região da Alta Califórnia. O obreiro da sua construção foi frei Junípero Serra, um franciscano de origem maiorquina, que ali teria começado a edificação da igreja original em 1769. Esta missão católica foi também o primeiro núcleo habitacional permanente estabelecido naquelas terras situadas a escassa distância da costa do oceano Pacífico. A sua expansão está na origem da cidade de Los Angeles. O primeiro contacto entre os religiosos espanhóis e os nativos da região, não foi dos mais plácidos e terminou com um ataque dos índios à instituição e com o massacre de alguns membros da comunidade ibérica. Entre as vítimas encontrava-se frei Luis Jaime, que é considerado (pela Igreja de Roma) o primeiro mártir católico da Califórnia. Junípero Serra, que entretanto se ausentara, regressou a San Diego de Alcalá para reconstruir a missão (que foi fortificada) e prosseguir o seu trabalho missionário. E, apesar da rudeza da terra, do clima e dos indígenas, conseguiu combinar a sua obra de doutrinação com o sucesso económico, já que a missão chegou a render boas colheitas e a distinguir-se pelo seu sucesso na pecuária; chegando a possuir 20 000 ovelhas, 10 000 bovinos e mais de um milhar de cavalos. Os índios (a maioria deles) acabaram por converter-se ao cristianismo e foram iniciados nos segredos da agricultura e da criação racional de gado. Frei Junípero Serra viria a falecer, a 28 de Agosto de 1784, numa outra famosa missão californiana, a de Carmel. Em Setembro de 2015 foi canonizado pelo papa Francisco, depois de ter sido beatificado, em 1988, por João Paulo II. Hoje, a figura de São Junípero Serra é algo contestada pela população autóctone das Américas, como aliás Colombo e outros protagonistas da colonização branca. Que são acusados de terem forçado as populações ameríndias a abandonar a sua ancestral cultura (religiosa nomeadamente) em troca de costumes estrangeiros. Enfim ! Sobre este delicado assunto, que cada um faça o seu próprio juízo...


Frei Junípero Serra (1713 - 1784), o frade franciscano que fundou San Diego de Alcalá em 1769; missão espanhola que está na origem do nascimento e da expansão da cidade de Los Angeles

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

«THREE DESPERATE MEN»

São três os irmãos Denton. Dois deles são leais servidores da lei. O terceiro, instalado na Califórnia, é acusado de ter assaltado um comboio-postal e preso. Não acreditando na culpabilidade do mano, Tom e Fred entregam as suas insígnias e partem em socorro do irmão; que entretanto é julgado e condenado à morte. Cada vez mais convencidos da sua inocência, os ex-polícias conseguem libertá-lo antes da execução e lançam-se numa vida fora da lei. E acabam miseravelmente abatidos por uma milícia... «THREE DESPERATE MEN» foi realizado em 1951 por Sam Newfield e contou com a actuação dos seguintes actores : Preston Foster, Jim Davis, Virginia Grey, Ross Latimer, William Haade, Monte Blue, etc. Tem fotografia a preto e branco e uma duração de 71 minutos. É uma produção da companhia Lippert Pictures. O seu título brasileiro é «Três Homens Desesperados».

«SEVEN ALONE»

Este filme, cuja acção decorre no Oeste americano durante a grande migração para o Oregon, inspirou-se em acontecimentos reais e ficcionados. O lado verdadeiro relata a odisseia da família de pioneiros Sager, que nos anos 40 do século XIX integrou uma caravana de emigrantes com aquele destino. Mas o pai foi vitimado por um ataque de pele-vermelhas e a mãe morreu, poucos dias mais tarde, com pneumonia. O chefe da caravana decidiu deixar os sete filhos dos Sager para trás, numa região segura. Mas o mais velho dos irmãos decidiu o contrário e arrastou os mais pequenos numa aventura que, apesar de ter poucas hipóteses de ter um final feliz, terminou da melhor maneira. Filme para toda a família, que exalta os valores dos pioneiros que conquistaram o Faroeste. «SEVEN ALONE», que eu ignoro se por cá foi exibido, foi realizado em 1974 por Earl Bellamy. Foi filmado a cores no fotogénico estado do Wyoming e tem uma duração de 97 minutos. Elenco : Dewey Martin, Aldo Ray, Anne Collings, Dean Smith, James Griffith, Stewart Petersen, etc. No Brasil, este filme parece ter mantido (segundo a informação de que disponho) o seu título original.

«HEATHENS AND THIEVES»

Criada em 2012 (para a televisão) por Orofino Productions, esta obra teve realização conjunta de Megan Peterson e de John Douglas Sinclair. Custou 1 200 000 dólares, foi filmada a cores (na Califórnia) e tem uma duração de 109 minutos. Os principais actores do elenco são : Andrew Simpson, Gwendoline Yeo, Don Swayze, Richard Doyle, Michael Robert Brandon e Boyuen. A história começa assim : alertados pelo boato que corre e que pretende que uma família chinesa possui uma fortuna em ouro, um grupo de aventureiros -que se movem do lado bom e do lado mau da lei- converge para o seu rancho, situado numa isolada região do velho Oeste. A violência, movida pela ambição e por outros vis sentimentos, não tardará a rebentar...

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

UMA HEROÍNA AFRO-AMERICANA


Este selo de 32 cents, emitido pela administração postal dos Estados Unidos, presta homenagem a Harriet Rose Tubman (c. 1821- 1913), uma heroína da luta pela libertação dos escravos. Ela própria escrava fugida, atribui-se-lhe a evasão de mais de 200 negros das plantações do sul. Durante a Guerra Civil, Harriet serviu o exército da União (e, ao mesmo tempo, a causa do presidente Lincoln), enquanto cozinheira, espia e batedora.

GREAT AMERICAN FRONTIER

Também não desdenharia investir uns tostões nisto. Embora não conheça muito bem a qualidade destes westerns tardios. Desgraçadamente, este estojo duplo só propõe «Grayeagle» e «Winterhawk» em versão original. O que é, convenha-se, um pouco egoísta por parte do editor...

A OSTRACIZAÇÃO DOS WESTERNS PRODUZIDOS PARA A TV

As produtoras de televisão norte-americanas também têm produzido alguns westerns de excelente factura. Curiosamente (vá lá saber-se porquê ?), essas obras são ostracizadas pelos editores de vídeo europeus. O que é lastimável. Estou a lembrar-me, por exemplo, de telefilmes como «Son of the Morning Star», «Andersonville», «Mr. Horn», «Follow the River», Thr Broken Chain», «I Will Fight no More Forever» ou, entre muitos outros mais, de «Buffalo Soldiers». Filmes que, se tivessem sido rodados para o grande ecrã, se contariam, hoje, entre os grandes clássicos do género. E que já teriam, disso não tenho a mínima dúvida,  uma profusão de cópias DVD e Blu-ray editadas no mundo inteiro. Europa incluída, naturalmente. Confesso que não percebo esta curiosa maneira de discriminar obras, só pelo facto de as ditas não terem sido exibidas nas chamadas salas obscuras dos nossos cinemas. Isto é uma verdadeira aberração, até (que isto seja dito) do ponto de vista comercial. Pois há inúmeras pessoas à espera que, um dia, cópias desses filmes TV apareçam nos escaparates dos estabelecimentos especializados na venda de videogramas. Aqui há dias topei com uma das obras citadas e há muito tempo procuradas -«Buffalo Soldiers»- que me apressei a adquirir. Até pelo facto de me ter custado menos de 10 euros. Tinha, para além da V.O., legendas em castelhano e no idioma francês, que eu felizmente domino. Único senão, é o facto de ser reservada à zona 1, que é incompatível com a nossa, que é a zona 2. Afortunadamente, tenho um mini-leitor de vídeos multizonal, que lê tudo. Inclusivamente gravações antigas e manhosas da televisão. Entre alguns dos telefilmes citados, tenho procurado, com particular interesse, versões por mim entendíveis de «M. Horn», que nos conta parte da vida aventurosa de Tom Horn, um 'herói' das guerras contra os Apaches, que acabou na forca, e, sobretudo, de «I Will Fight no More Forever»; cujo tema se debruça sobre a odisseia vivida, em 1877, por Chief Joseph e pelos derradeiros resistentes Nez-Percés ao domínio militar de Washington. Vamos lá senhores editores, façam prova de bom senso e lancem essas obras de grande interesse no comércio da especialidade. E se têm dúvidas quanto à sua qualidade, vejam-nas !

«CHEROKEE STRIP»

Filme realizado em 1940 por Lesley Selander, Com : Richard Dix, Florence Rice, William Henry, Victor Jory, George E. Stone, Andy Clyde e Morris Ankrum. Produção da companhia Paramount Pictures, filmada a preto e branco e com uma duração de 86 minutos. Esta fita conta-nos a história do texano Dave Morrell, que, depois de receber as suas insígnias de 'marshall' é enviado a Goliath City, no território do Oklahoma, para ali restabelecer a ordem. Ali chegado, o homem da lei vai confrontar-se com um perigoso bando de assassinos, cujo chefe é Coy Barrett, um velho inimigo da sua família. Que eu saiba, «CHEROKEE STRIP» nunca foi exibido comercialmente em Portugal.

«SPIRIT OF THE EAGLE»

«SPIRIT OF THE EAGLE» é um filme realizado em 1991 por Boon Collins. Tem como principal protagonista o imponente actor Dan Haggerty, que aqui representa o papel de Big Eli McDonough, um cartógrafo que (por volta de 1850) percorre as montanhas e florestas do Oregon no desempenho da sua função. Faz-se acompanhar, nas suas andanças por territórios ignotos, pelo seu filho menor Little Eli e por uma majestosa águia de nome 'Lady'. Até que um dia o menino é raptado pelos índios, que o vendem ao impiedoso Hatchett, chefe de um perigoso bando de piratas do rio. Para resgatar o rapaz com vida, Big Eli socorre-se da ajuda preciosa de 'Lady' e da de uma jovem pele-vermelha... Filme para toda a família. Distribuição videográfica da Amsell Entertainment. Colorido e com 93 minutos de duração. Vi isto há mais de uma dúzia de anos num dos canais da TV francesa. Não sei se terá sido exibido por cá. Mas não descarto essa hipótese. No Brasil intitula-se «O Espírito da Águia». Para além do supracitado Dan Haggerty (falecido no início deste ano), fazem parte do elenco William Smith, Trevor Yarrish, Jeri Arredondo, Taylor Lecher, Don Shanks e Ken Carpenter.

«RIDERS OF THE SANTA FE»

Este é um filme de Wallace  W. Fox, que o realizou em 1944 para a companhia Universal. Nos principais papéis estão Rod Cameron, Fuzzy Knight, Eddie Dew, Jennifer Holt, Dick Alexander e Lane Chandler. Com fotografia a preto e branco, esta modesta fita de cowboys tem uma duração de apenas 60 minutos. Sinopse : uma quadrilha de malfeitores controla o abastecimento de água à cidade de Santa Fé; negócio do qual ela retira abusivos proventos. E, para os defender, não hesita matar um presidente do município, que ousa 'meter o nariz onde não é chamado'. Um inquérito sobre a morte violenta do 'mayor', efectuada pelo seu substituto e pelo xerife local, vai revelar o nome dos assassinos e as falsificações ligadas à gestão da companhia responsável pelo negócio da água... Inédito por cá.

«CHEYENNE»

«CHEYENNE» é um western datado de 1996. Realizado por um certo Dimitri Logothetis, é provável que este filmezito tenha sido produzido a pensar na sua exclusiva divulgação videográfica. Os principais actores que integraram o elenco respondem pelos nomes de Gary Hudson, Bobbie Phillips, M. C. Hammer e Bo Svenson. Gente que pouca gente conhecerá. Este filme é colorido e tem 90 minutos de duração Os videogramas existentes no mercado internacional tem a chancela da Sterling Entertainment. Sinopse : traída pelo esposo, que ela surpreendeu na cama com uma criada do rancho, a bela Cheyenne foge de casa com todas as economias do casal. O marido adúltero lança-se em sua perseguição, com a ajuda de dois caçadores de recompensas... Francamente, nunca vi.

«EL ÚLTIMO REBELDE»

Trata-se de uma fita mexicana, da produtora Hispano Continental Films, realizada em 1958 por Miguel Contreras Torres. A acção decorre na Califórnia por volta de 1849, aquando da descoberta de ouro nessa região recentemente subtraída pelos Estados Unidos ao México. Ouro que atraiu ali legiões de candidatos a milionário. Que, para atingirem os seus fins, não hesitam atropelar os direitos da população local, composta maioritariamente por famílias de raiz mexicana. É nesse contexto, que surge um certo Joaquin Murietta, misto de vítima e de justiceiro, que vai fazer tremer aqueles que consentem (e que, por vezes, até apoiam) as aleivosias dos garimpeiros e de gente ligada à ilegal confiscação de terras.
Este filme é colorido e tem uma duração de 90 minutos. Com Carlos Thompson, Ariadne Welter e Rodolfo Acosta. Desconfio que «EL ÚLTIMO REBELDE» nunca tenha sido exibido no nosso país.

«OS SETE MAGNÍFICOS»

Como já o disse no precedente 'post', este filme surpreendeu-me negativamente; pela excessiva carga de violência que contém. À qual os velhos cinéfilos (os que, como eu, já andam na casa dos 70) ainda não se habituaram. Cinéfilos que, ainda hoje, detestam esta mistura de western tradicional fortemente adubada com molho para 'spaghetti'. Não porque estruturalmente o filme seja mau ou o desempenho dos actores seja ruim, mas porque (repito-me) não há necessidade de tantas cenas que roçam as fronteiras da perversão. Só isso... «OS SETE MAGNÍFICOS» (versão de 2016) foi realizado por Antoine Fuqua, que aqui dirigiu Denzel Washington, Chris Pratt, Vincent D'Onofrio, Matt Bomer, Ethan Hawke e Helen Bennett, entre outros bons intérpretes.  Que aqui encarnam um bando (multirracial) de justiceiros, que tentam salvar uma povoação do Oeste e os seus amedrontados habitantes das garras de um tirano. História que se inspira largamente no guião do filme de Sturges, estreado em 1960. Como este já havia copiado a obra-prima de Kurosawa. «OS SETE MAGNÍFICOS» está a ser distribuído internacionalmente por MGM/Columbia, é um filme colorido e tem uma duração de 133 minutos. No Brasil, esta película intitula-se «Sete Homens e um Destino», tal como a versão de 1960.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

ONTEM FUI AO CINEMA...


Ontem fui ao cinema. Para ver o mais recente dos westerns em cartaz : «Os Sete Magníficos («The Magnificent Seven»), realizado em 2016 por Antoine Fuqua. É, naturalmente, um 'remake' do filme homónimo, que o estimável cineasta John Sturges dirigiu em 1960. Inspira-se no mesmo tema, embora haja diferenças de peso na escolha das personagens e na construção da fita. E é, sobretudo, uma película mais violenta. Muito mais violenta, com esta -a que ontem vi- a roçar as fronteiras do insuportável. Mas que dianho se está a passar com o cinema de Hollywwod, que parece já não ser capaz de produzir películas ditas de acção, sem que a brutalidade excessiva invada os ecrãs ? Confesso que não sei responder à pergunta. Só sei que películas desta natureza (que Tarantino não desdenharia assinar) não me incitam a sair do relativo conforto do meu lar para ir ao cinema. Tenho fome de outras coisas. Coisas que o cinema de acção norte-americano parece já não poder oferecer-me. O que é pena.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

UMA BELEZA DE PAISAGEM

Esta bonita tela foi sugerida à sua autora -a artista plástica Sallie K. Smith- por uma paisagem das imediações do lago Moraine. Essa região protegida do Canadá pertence ao majestoso Parque Nacional de Banff, nas Montanhas Rochosas. Quanto a este excelente trabalho, intitula-se «Moraine Park Autumn». (Clicar na imagem com o rato para a ampliar).

«ADVENTURES IN SILVERADO»

Sinopse : Califórnia, em 1880 - um xerife segue uma diligência transportando uma importante soma em ouro, na esperança de que o dito carregamento atraia um ousado assaltante, alcunhado 'o frade'. Para que o representante da lei possa, enfim, por um termo à actividade criminosa daquele que opera sob um disfarce religioso.  Esta fita tem a chancela da Columbia Pictures, foi realizado, em 1948, por Phil Karlson, tem fotografia a preto e branco e uma duração de 75 minutos. «ADVENTURES IN SILVERADO» foi protagonizado pelos actores William Bishop, Gloria Henry, Edgar Buchanan, Forrest Tucker, Irving Bacon, etc. O guião inspirou-se numa novela da autoria do famoso escritor Robert Luis Stevenson. Inédito por cá. Título brasileiro desconhecido.

«17 MIRACLES»

«17 MIRACLES» foi realizado em 2011 por T. C. Christensen. Conta a extraordinária odisseia dos Mormons, que -fugindo a intolerância e a violência  sofridas no leste do país- se lançaram numa sofrida travessia de milhares de quilómetros, até alcançarem a Terra Prometida : no vale do Grande Lago Salgado, no inóspito território de Utah. Este filme, colorido e com uma duração de 1 h 53, foi inspirado nos escritos de Levi Savage, que participou nesse êxodo. Com : Jasen Wide, Emily Wadley, Jason Celaya, Natalie Blackman, Travis Eberhard, etc. Este filme -que penso ser inédito em Portugal-tem cópias videográficas (gravadas sobre suportes DVD e Blu-ray), em inglês, distribuídas internacionalmente pela Exell Entertainment.

«DAVY CROCKETT : RAINBOW IN THE THUNDER»

Telefilme produzido e distribuído pelos Estúdios Walt Disney. Que, neste trabalho realizado (em 1988) por David Hemmings, tece um hino à glória daquele a quem chamaram o 'Rei da Frnteira Selvagem' Enfim ! A Oeste nada de novo. Ignoro se este filme rodado para a TV chegou a ter difusão nacional e, caso afirmativo, com que título foi exibido por cá. Vi isto há muitos anos, na TV francesa, mas afirmo (categoricamente !) que este telefilme não me deixou uma recordação imorredoura. Colorido e com 94 minutos de duração. Actores principais do elenco : Cheryl Arutt, Johnny Cash, Brenda Crislow, Tim Dunigam e Gary Grubbs. O seu título no Brasil é «Davy Crockett - O Herói das Montanhas».

TRENT, O HERÓI TACITURNO DA POLÍCIA MONTADA

Trent é o herói de uma série de álbuns de banda desenhada, da autoria de Rodolphe (guião/textos), Léo (desenho) e Marie-Paule Alluard (cores). O enredo das diferentes histórias (uma dezena) desenrola-se no norte canadiano, em paisagens a lembrar certos westerns naturalistas, como, por exemplo, «As Brancas Montanhas da Morte». O herói, o sargento Trent, da Polícia Montada, é um homem solitário, de poucas falas, sobre o qual nada se sabe. A não ser algumas raras facetas do seu passado, que os seus criadores introduzem -como 'flash backs'- no decorrer das histórias que contam. Os álbuns da colecção «Trent» são publicados pelas edições Dargaud e podem ser adquiridos, na sua versão original, em língua francesa, na net.

Aqui deixo a relação dos 8 primeiros números e respectivos anos de lançamento :

1- «L'Homme Mort» (1991)
2- «Le Kid» (1992)
3- «Quand s'allument les Lampes» (1993)
4- «La Vallée de la Peur» (1995)
5- «Wild Bill» (1966)
6- «Le Pays sans Soleil» (1998)
7- «Miss» (1999)
8- «Petit Trent» (2000)

LADRÕES DE GADO

No Oeste, sobretudo nas regiões de vocação ganadeira, o roubo de bovinos era uma das actividades mais rendosas dos criminosos que por ali pululavam... Mas era também uma das mais difíceis e perigosas de levar a cabo. Os ladrões de gado -que actuavam , geralmente, de noite- arriscavam-se a ser atropelados pelos bovinos que surripiavam, a ser abatidos a tiro por cowboys armados, agindo na defesa dos interesses dos rancheiros lesados ou a serem alvo de expedições punitivas que, quando apanhavam os gatunos, os penduravam pelo pescoço aos ramos da primeira árvore que encontravam. Sem julgamento ! É uma das acções desses bandoleiros (localmente chamados 'moonlighters') que está representada neste trabalho do artista Angus McBride, que aqui vos deixo. O cinema western tomou, muitas vezes, por tema, a luta entre ladrões de gado e os 'justiceiros' que lhes davam caça...

terça-feira, 18 de outubro de 2016

«THE COWBOY AND THE INDIANS»

Fita proposta pela Columbia Pictures, realizada em 1949 por John English. É uma daquelas fitas sem surpresas protagonizadas por Gene Autry, actor e cançonetista. A história contada é recorrente nos filmes do tempo : um grupo de índios (que aqui são de etnia Navajo) são surpreendido por Autry a roubar mantimentos no seu rancho. Depois de inquérito feito pelo herói, a verdade rebenta : as tribos passam fome devido aos roubos dos abastecimentos governamentais praticados pelo agente branco que administra a reserva. O malvado será castigado, pois então ! Para além do já referido Gene Autry, esta fita contou com a participação de 'Champion' (o seu famoso cavalo), Sheila Ryan, Frank Richards e Hank Patterson. Filmado a preto e branco. 68 minutos de duração. Repito : sem grande interesse.

«DAY OF THE GUN»

«DAY OF THE GUN» : Depois da morte de seu marido, Maggie Carter bate-se em duas frentes para conservar o património familiar, constituído por um rancho de vocação ganadeira. Primeiramente contra a indiferença de seu filho; que desdenha o trabalho e prefere passar o seu tempo no 'saloon' e no bordel na cidadezinha mais próxima. Depois contra a ganância de dois dos seus vizinhos, que, um e outro, acalentam a esperança de se apossar das terras que lhe pertencem. Mas Maggie é uma mulher corajosa, que está decidida a vencer as duas batalhas... Esta película, datada de 2013, teve produção da One- Eyed Horse Cº e foi filmada a cores. A sua duração é de 128 minutos. Os actores do elenco são Susan Osborne, Eric Roberts, Sam Lukowski, Jim Osborne, Erin Heilman, Raw Leiba, Jason Brown, Ladon Hart Hall, John C. Bailey e Brian St. August. Nunca tive a oportunidade de a ver.

«THE DESPERADOS ARE IN TOWN»

«THE DESPERADOS ARE IN TOWN» é um western de categoria B produzido, em 1956, pela Regal Films e que a 20th. Century Fox distribuíu. Foi realizado por Kurt Neumann, que reuniu uma equipa de actores encabeçada por Robert Arthur, Kathy Nolan, Rhys Williams, Rhodes Reason, Dave O'Brien e Kelly Thorddsen. Tudo profissionais de segunda categoria... A película tem fotografia a preto e branco e uma duração de 73 minutos. Sinopse : depois da guerra civil, o jovem Lenny deixa a fazenda familiar, na Geórgia, para tentar a sua sorte no Oeste, onde pensa fazer fortuna. Mas a vida não lhe corre bem e o jovem candidato a milionário acaba a assaltar bancos no Texas, integrado numa perigosa quadrilha de foras-da-lei. De regresso a casa, desiludido com a aventura vivida, Lenny encontra a propriedade ao abandono, devido à desaparecimento dos pais, falecidos durante a sua ausência... Inédito em Portugal. Título brasileiro desconhecido.

«SHOOT THE SUN DOWN»

Não me parece que «SHOOT THE SUN DOWN» -realizado em 1978 por David Leeds- tenha sido exibido no nosso país ou que por cá tenha merecido a edição de um videograma. Protagonizado por Geoffrey Lewis, Margot Kidder, Christopher Walken, Bo Brundin e A. Martinez (no desenpenho dod principais papéis), esta fita (distribuída por Kino Lober, em vídeo) foi filmada a cores e tem uma duração de 100 minutos. Já tem DVD comercializado em Espanha, com o título de 'Caza al Sol». A história contada é a de um grupo de quatro aventureiros, que organiza uma expedição (a uma rude região do Sudoeste) para tentar descobrir uma roda em ouro maciço, que terá pertencido ao imperador azteca Montezuma. À medida que a jornada se prolonga, no espaço e no tempo, o jogo das traições insinua-se e desfaz a frágil unidade do ambicioso quarteto...