domingo, 19 de maio de 2013
«MEU SANGUE POR MINHA HONRA»
Trata-se de um western colorido realizado, em 1958, por Richard Carlson. Tem Rory Calhoun, Beverly Garland, Russell Johnson e John Larch a dar protagonismo às principais personagens do entrecho. Produzido pelos estúdios Universal, «MEU SANGUE POR MINHA HONRA» («The Saga of Hemp Brown») conta-nos a seguinte história : um tenente de cavalaria é expulso da instituição militar por, supostamente, ter organizado uma sangrenta emboscada, na qual pereceram um coronel do exército e a sua esposa. O acusado vai envidar esforços para descobrir os verdadeiros culpados do crime e, naturalmente, para provar a sua inocência. Vi este western (que me pareceu de boa factura) há muitos anos. Espero poder visioná-lo proximamente, graças à edição de uma cópia videográfica, prestes a ser lançada em França. Este filme, com uma duração de 80 minutos, tem o mesmo título no Brasil.
«A DESAPARECIDA»
É o meu western preferido. E é também o filme do género predilecto de milhões de cinéfilos espalhados pelo mundo. Vi esta obra de John Ford pelo menos vinte vezes. E, confesso, sempre com o mesmo deleite. Rodado em Monument Valley, em plena reserva Navajo do Arizona, «A DESAPARECIDA» («The Searchers») conta-nos a história de uma menina (que se fez mulher), filha de pioneiros do Texas, que é raptda pelo clã do chefe Comanche Scar. E narra a busca incessante de dois dos seus familiares (um tio e um irmão adoptivo) para a localizar e resgatar... Mas esta quase mítica película de John Ford, estreada em 1956, não se resume apenas a isso. Oferece algo de muito mais profundo e de muito mais belo. Que eu aconselho os jovens cinéfilos portugueses a descobrir. O elenco de «A DESAPARECIDA» é de luxo, já que refere nomes como os de John Wayne (num dos grandes papéis da sua longa e rica carreira), Jeffrey Hunter, Natalie Wood, Ward Bond, Vera Miles, Olive Carey, John Qualen, Harry Carey Jr., Henry Brandon e muitos outros mais. Este filme (largamente difundido em DVD) foi produzido pela Warner Bros., é colorido e tem uma duração de 2 horas aproximadamente. Título no Brasil : «Rastros de Ódio». Deste filme, tenho 1 cópia DVD e uma outra sobre suporte 'Blu-ray', sendo esta última absolutamente fabulosa ! (Clique as imagens para as ampliar).
CLARA BARTON, O 'ANJO DOS CAMPOS DE BATALHA'
Clarissa Harlowe Barton, de se verdadeiro nome, nasceu no dia de Natal de 1821 em North Oxford, uma localidade do estado de Massachusetts. Foi incumbida pelos seus, desde muito nova, para dar apoio a doentes familiares. Que, inesperadamente, recuperaram a saúde graças aos seus cuidados. Mais tarde, foi professora e funcionária pública. Quando, no ano de 1861, rebentou a guerra civil, Clara (nome pelo qual respondia) organizou vários movimentos humanitários para angariar roupas, alimentos e material sanitário para socorrer os soldados em dificuldade. Em 1862, depois de muita insistência da sua parte, recebeu autorização oficial para estender a sua actividade humanitária aos campos de batalha e, em 1864, foi nomeada -pelo general unionista Benjamin Butler- responsável pelos hospitais de uma das frentes de combate. Foi nesses lugares de sofrimento e de morte e perante o seu espírito interventivo e reconhecidamente solidário, que Clara ganhou o seu cognome de 'Anjo dos Campos de Batalha'. Esteve no horroroso campo de prisioneiros de Andersonville (autêntico precursor de Dachau e Auschwitz), onde, depois da derrota dos Confederados, ela ajudou a identificar e a marcar as campas dos soldados da União martirizados nesse lúgubre lugar. Foi também Clara Barton quem criou o organismo dos soldados desaparecidos em combate, em Washington. Depois da tormenta, Clara visitou a Europa, nomeadamente a Suíça, onde teve a ocasião de conhecer Henri Dunant, o futuro fundador da Cruz Vermelha. O ramo norte-americano dessa benemérita instituição seria fundada pela pioneira da acção humanitária na Guerra de Secessão em 1882 e teve no presidente Chester Arthur um dos seus primeiros sócios e apoiantes. Clara Harlowe Barton prosseguiu a sua actividade a favor dos que sofriam durante outros conflitos (Crimeia, guerra Hispano-Americana, etc) e, depois de uma vida bem preenchida, faleceu a 12 de Abril de 1912 em Glen Echo, no estado de Maryland. Tinha 90 anos de idade. A sua casa de Maryland -onde ela viveu os derradeiros 15 anos da sua vida e onde funcionou a primeira sede da Cruz Vermelha dos E.U.A.- recebeu em 1975 o estatuto oficial de Edifício Histórico Nacional e recebe anualmente muitos milhares de turistas; que ali vão para prestar homenagem a uma das grandes mulheres da história americana.
sábado, 18 de maio de 2013
«LEVA-ME À CIDADE»
Comédia -ambientada no Oeste- realizada em 1953 por Douglas Sirk. «LEVA-ME À CIDADE» («Take me to Town») conta-nos a história de um casal de vigaristas que logram escapar à polícia (que os conduzia à prisão) e esconder-se numa anónima e tranquila cidadezinha do noroeste do país. Ela, conhecida pelo nome de Vermillon O'Toole, trabalha como corista num cabaret local, quando é assediada por três fedelhos, que teimam apresentá-la ao seu pai, viúvo... Com a chancela da Universal International, este filme colorido (com 81 minutos de duração) contou com a colaboração dos seguintes actores : Ann Sheridan, Sterling Hayden, Phillip Reed, Lee Patrick, Lee Aaker e, num pequeno papel, Anita Eckberg. Nunca foi exibido nas salas portuguesas. O título «LEVA-ME À CIDADE» foi-lhe dado aquando de uma tardia passagem pela nossa televisão. Já no Brasil foi apresentado ao público em seu devido tempo com o título «Mulher de Fogo».
«AMOR SELVAGEM»
Realizado em 1946 por Jacques Tourneur, «AMOR SELVAGEM» («Canyon Passage») é um western bastante oroginal, com Dana Andrews, Susan Hayward, Brian Donlevy, Patricia Roc, Ward Bond, Hoagy Carmichael e Lloyd Bridges nos papéis mais importantes. Com acção decorrente numa comunidade de pioneiros do Oregon, no tempo da descoberta de ouro e da hostilidade dos pele-vermelhas da região, «AMOR SELVAGEM» tem guião escrito por Ernest Pascal e pelo famoso Ernest Haycox. A fotografia (a cores) é belíssima e tem a assinatura de Edward Cronjager. Embora já possuísse uma boa cópia DVD, gravada num dos nossos canais do cabo/satélite, adquiri, há pouco, uma cópia de editor de excelente qualidade e com interessantes extras, que me custou à volta de 9 euros. Patrocinada pelos estúdios Universal, esta belíssima película beneficiou de um notável colorido e tem uma duração de 1 h 30 aproximadamente. O seu título brasileiro é «Paixão Selvagem».
«FLOR BRAVIA»
A película «FLOR BRAVIA», cujo título original é «Montana Belle», foi realizada em 1952 por Allan Dwan e teve na figura de Jane Russell a sua principal intérprete. Actriz que aqui dá corpo e voz a Belle Starr, a famosa mulher fora-da-lei. O que deturpa a verdade dos factos, se pensarmos na beleza da supracitada (uma das estrelas mais cintilantes de Hollywood) e na extrema fealdade (atestada por fotos do tempo) daquela que foi uma das mais temidas 'bad girls' do seu tempo. A acção desta fita dá, igualmente, protagonismo a figurões como os irmãos Dalton e outros bandidos da época. Aos quais o cinema popular norte-americano se referiu abundantemente e nem sempre de maneira rigorosa. Fita de série B, com interesse quase exclusivamente limitado aos fãs do género, «FLOR BRAVIA» chegou a ter edição videográfica em Portugal, no tempo das cassetes VHS. Foi filmada a cores, tem uma duração de 82 minutos e a sua distribuição foi assegurada pela companhia RKO. Para além da vedeta referida, esta película foi protagonizada por George Brent, Scott Brady, Forrest Tucker, Jack Lambert, Ray Teal e Andy Devine. Título brasileiro : «Bela e Bandida».
sexta-feira, 17 de maio de 2013
«SANGUE, SUOR E PÓLVORA»
O western «SANGUE, SUOR E PÓLVORA» («The Culpepper Cattle Cº») foi realizado em 1972 por Dick Richards e é, sem que subsista a mínima dúvida, um dos filmes mais autênticos sobre o universo dos cowboys de finais do século XIX. Mundo que era extremamente duro, brutal, perigoso. Despojado de qualquer ponta de romantismo, este filme (que foi a primeira obra de Richards para o grande ecrã) conta-nos a história de um adolescente que vai fazer a sua aprendizagem de vaqueiro e de homem, no seio de um grupo de cowboys que conduz uma manada de bovinos entre a fronteira mexicana e Fort Lewis, no Colorado. E que, nessa pista, vai afrontar inúmeros e variados perigos, entre os quais se contam a acção dos ladrões de gado e os ataques de pele-vermelhas. O jovem actor Gary Grimes -que aqui assume (e muito bem) o principal papel- contracena com Billy 'Green' Bush, Luke Askew, Bo Hopkins, Geoffrey Lewis, John McLiam e outros actores pouco conhecidos, mas todos eles bons profissionais. Esta fita distribuída pela 20th. Century Fox deixou, graças à sua autenticidade e à sua reconhecida qualidade, uma marca inapagável na História do Cinema Western. «SANGUE, SUOR E PÓLVORA» é um filme colorido, com 92 minutos de duração, que se intitula no Brasil «Assim Nasce Um Homem». Tenho uma magnífica cópia (de origem francesa) desta película em suporte 'Blu-ray'.
FALECEU JEANNE COOPER...
Brilhante actriz de cinema e da televisão, Jeanne Cooper faleceu na passada quarta-feira, com 84 anos de idade. O essencial da sua carreira no cinema nada teve a ver com o western. Mas, ainda assim, lembro que o seu percurso se iniciou -no ano de 1953- com três filmes do género. A saber : «ALMAS DE FOGO» («The Redhead From Wyoming»), «INVASORES» («The Man From the Alamo») e «SHADOWS OF TOMBSTONE» (que não chegou a estrear em Portugal). Muito popular nos Estados Unidos (mercê da sua participação, durante 36 longos anos, na telenovela «The Young and the Restless»), Jeanne Cooper também participou em episódios de 15 séries TV (!!!) de sabor westerniano. Aqui fica a lista exaustiva dessas séries : «THE ADVENTURES OF KIT CARSON», «DEATH VALLEY DAYS», «MAVERICK», «CHEYENNE», WANTED : DEAD OR ALIVE», RAWHIDE» «THE WAGON TRAIN», «BONANZA», «GUNSMOKE», «THE VIRGINIAN», «THE BIG VALLEY», «DANIEL BOONE», «LAREDO», «LANCER» e «CIMARRON STRIP». Nestas circunstâncias, nada de mais natural que rendermos-lhe aqui uma sentida homenagem. /////// Numa das fotografias que ilustram este texto pode ver-se Jeanne Cooper (à direita) acompanhada por Maureen O'Hara e por Alex Nicol. Que formaram o trio de actores principais do já citado western «Almas de Fogo». Jeanne Cooper era natural de Taft (Califórnia), onde nasceu a 25 de Outubro de 1928. E finou-se agora em Los Angeles...
quinta-feira, 16 de maio de 2013
MAIS UMA TELA DE FREDERIC REMINGTON
No tempo das Guerras Índias : cinco cavaleiros brancos (civis ou militares ?) aguardam, junto a uma nascente, que os Apaches que os cercam passem ao ataque... Esta sugestiva tela é da autoria do artista Frederic Remington (1861-1909) e intitula-se «Fight for the Water Hole». Esta obra foi pintada em inícios do século XX e faz parte do espólio do Houston Museum of Fine Arts (Texas). *Clique na imagem para a ampliar*
«TERRA DE AMBIÇÕES»»
Com a assinatura do realizador Elia Kazan, «TERRA DE AMBIÇÕES» («The Sea of Grass») foi estreado no ano de 1947. Esta película, de grande intensidade dramática, conta-nos as atribulações de um poderoso ganadeiro do Novo México, confrontado com o abandono de sua esposa (que não suporta a dureza do marido) e com a morte violenta e prematura de um filho bastardo, mas que ele amava. Na opinião de muitos críticos, esta longa película (131 minutos de duração) baseou-se num projecto ambicioso, mas que não cumpriu as suas promessas. Terei que rever a fita, proximamente, para formar a minha própria opinião. «TERRA DE AMBIÇÕES» foi produzida pela companhia M.G.M., filmada a preto e branco e contou com a participação dos actores Spencer Tracy, Katherine Hepburn, Melvyn Douglas, Robert Walker, Phyllis Thaxter e Edgar Buchanan. O seu título no Brasil é «Mar Verde», por alusão à vastidão e cor das pradarias do Oeste.
«GIGANTES DA FLORESTA»
Western silvícola com realização (em 1952) de Félix Feist e produção dos estúdios Warner Bros.. A história começa assim : Jim Fallon (figura encarnada por Kirk Douglas) é um empresário de madeiras que pretende abater sequoias centenárias numa região da Califórnia, onde vive uma comunidade religiosa. Comunidade que se levanta em peso contra um vil acto comercial, que contraria as suas profundas convicções sobre a protecção da Natureza. Entre os adversários mais virulentos do negociante está a bela Alicia (Eve Miller), que Jim ama e por quem ele se vai deixar convencer do seu erro, até abandonar o seu sinistro projecto. «GIGANTES DA FLORESTA» («The Big Trees») não é uma obra-prima do género, mas, ainda assim, é um filme agradável e sensato por via da mensagem ecológica que dele emana. Para além dos dois actores já citados, esta fita colorida (com 89 minutos de duração) contou ainda com a participação de Patrice Wymore, Edgar Buchanan, John Archer, Alan Hale Jr. e Roy Roberts. Título brasileiro : «Floresta Maldita». Filme largamente difundido em DVD.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
FILMOGRAFIA WESTERN DE ANDRÉ DE TOTH (1912-2002)
Natural da Hungria, onde se formou em direito, André de
Toth fez por lá teatro e cinema (enquanto guionista, montador e realizador),
antes de se instalar nos Estados Unidos da América; país onde chegou depois de
ter rebentado, na Europa, a 2ª Guerra Mundial. Nos ‘states’ -mais precisamente
em Hollywood- este cineasta competente e multifacetado realizou dezenas de
películas. De todos os géneros. Admiro particularmente, e como é óbvio, o seu
trabalho no domínio do cinema western. Este cineasta dirigiu 11 películas desse
género, quase todas elas com distribuição comercial em Portugal, que são :
01-«RAMROD» (s.t.p., 1947);
02-«DUELO NA MONTANHA»
(«Man in the Saddle», 1951);
03-«O OIRO DA DISCÓRDIA» («Carson City», 1952);
04-«MISSÃO SECRETA»
(«Springfield Rifle», 1952);
05-«O SABRE E A FLECHA» («Last of the Comanches», 1953);
06-«O FORASTEIRO ESTAVA ARMADO» («The Stranger Wore a
Gun»), 1953;
07-«TEMPESTADE NA
PLANÍCIE» («Thunder Over the Plains», 1953);
08-«RIDING SHOTGUN»
(s.t.p., 1954);
09-«THE BOUNTY HUNTER»
(s.t.p., 1954);
10-«O CAÇADOR DE ÍNDIOS» («The Indian Fighter», 1955);
11-«HOMENS DE GELO»
(«Day of the Outlaw», 1959).
Tenho um amigo em Lyon (França) que teve a honra e o
prazer de conversar com este realizador de cinema de origem magiar, aquando de
uma homenagem que, em sua presença, lhe foi prestada pelo mundo cinéfilo lionês
nos anos 90. Esse meu amigo, que colecciona cartazes de westerns (para além de
muitas mais outras coisas que têm a ver com o cinema do género), foi obsequiado
por André de Toth com vários autógrafos, apostos em cartazes dos seus filmes.
Coisa de que ele muito se orgulha. Aproveito a ocasião para saudar esse meu
amigo -o Daniel Bonnardel- que é uma das
pessoas que eu conheço (a par do Claude Guinard, outro amigo francês) que mais
conhecimentos tem sobre esta temática, que também me apaixona. Ainda algumas
curiosidades sobre André de Toth : era zarolho e usava pala, foi casado com a
famosa actriz Veronica Lake e faleceu com a bonita idade de 90 anos.
Nota : A sigla s.t.p. (na lista de filmes) significa que
a fita assinalada não chegou a estrear em Portugal.
WYOMING'S WINTER
Esta belíssima fotografia mostra as neves imaculadas que enfeitam um rincão do Parque Nacional do Grand Teton, no estado do Wyoming. Lembro que, nesta fotogénica região, foram rodados alguns dos grandes clássicos do cinema western; tais como, por exemplo, «Céu Aberto» (de Howard Hawks, 1952) e «Shane» (de George Stevens, 1953). = Clique na imagem para a ampliar =.
«FOUR FACES WEST»
«FOUR FACES WEST» nunca foi estreado em Portugal. Embora seja um excelente filme e, por ventura, um dos melhores westerns com Joel McCrea. Tenho uma excelente cópia DVD desta obra -realizada por Alfred E. Green em 1948- adquirida em Espanha, país onde esta fita se intitula «Cuatro Caras del Oeste». Para aqueles que ainda pensam que, no western, não podem faltar tiroteios, quero dizer, desde já, que se desiludam, porque em «FOUR FACES WEST» não se ouve o disparo de uma pistola. E, no entanto, trata-se de um filme com acção quanto baste, bem ao estilo do género. A história começa assim : numa pequena cidade do Oeste vive-se um clima de grande excitação, pelo facto de lá se encontrar um certo Wyatt Earp, o mais famoso atirador da Fronteira. Mas a agitação vai atingir o clímax, quando um forasteiro, um certo Ross McEwen, aproveita a ocasião para sacar uns milhares de dólares da instituição bancária local e consegue escapar à milícia que lhe dá caça. Wyatt Earp toma parte na dita. Até que, algum tempo mais tarde consegue descobrir a identidade do assaltante (que, curiosamente, deixara um reconhecimento de dívida ao gerente do banco) e apanhá-lo. Só que o homem é tudo menos o facínora que se esperava... Muito bom filme, porvido de um guião deveras original, com Frances Dee, Charles Bickford, Joseph Calleia, William Conrad e Martin Garralaga nos outros papéis de topo. Produzido pelos Artistas Associados (United Artists), «FOUR FACES WEST» foi filmado a preto e branco e tem uma duração de 1 h 30. Intitula-se no Brasil «Eles Passaram Por Aqui».
«LOUCURA BRANCA»
«LOUCURA BRANCA» («The Wild North») é um filme de aventuras com acção decorrente no norte canadiano e que coloca frente a frente um caçador de peles (cujo papel é interpretado por Stewart Granger) e um obstinado elemento da Real Polícia Montada (Wendell Corey). O primeiro é procurado por um obscuro crime (que ele não cometeu) no decorrer de uma perseguição, que obriga o homem da lei a confrontar-se com os limites da resistência humana. Isso, numa região de uma hostilidade extrema, da qual ele só escapará com vida, graças à ajuda daquele que ele quer capturar a todo o preço... Realizado por Andrew Marton, em 1952, este 'western nórdico' (intitulado «Terras do Norte», no Brasil) tem na pessoa da bonita e esbelta Cyd Charisse a sua principal estrela feminina. Que aqui encarna a índia Adjidaumo. «LOUCURA BRANCA» é uma fita colorida e com uma duração de 97 minutos, que tem a marca dos estúdios M.G.M.. Fotografia esplêndida !
«SEIS CAVALOS PRETOS»
É mais um western protagonizado por Audie Murphy. Que desta feita foi realizado por Harry Keller, em 1962. Com um guião de Burt Kennedy, esta fita conta-nos a história de dois amigos que são contratados por uma (bela) senhora para a ajudar a atravessar um território sob o controlo de índios hostis. Mas, na realidade, a mulher quer utilizá-los para vingar a morte do marido e acaba por lança-los um contra o outro. Para além de Murphy, podemos ver Dan Duryea e Joan O'Brien nos outros papéis de relevo. «SEIS CAVALOS PRETOS» («Six Black Horses») é uma produção da Universal, colorida e com 80 minutos de duração. Chama-se, no Brasil, «Gatilhos em Duelo».
«A ÚLTIMA CARAVANA»
Realizado em 1956 por Delmer Daves, «A ÚLTIMA CARAVANA» («The Last Wagon») conta a história de um mestiço, condenado à morte por vários assassínios. O criminoso (que, afinal, agira em estado de legítima defesa e por reacção à morte dos seus familiares) vai salvar os membros de uma caravana e acaba por escapar à forca, graças à sua acção solidária. Com Richard Widmark, Felicia Farr, Tommy Retting, esta fita colorida e em cinemascope foi produzida pela 20th. Century Fox e tem uma duração de 99 minutos. Pode considerar-se um bom western, embora o louríssimo actor principal apresente as características, pouco verosímeis, de um meio índio... Esta película foi estreada no Brasil com o título «A Última Carroça».
CACTO FLORIDO
TOM JEFFORDS, O AMIGO DE COCHISE
Esta fotografia é uma das raras que se conhecem de Thomas Jeffords (1832-1914), o homem branco de boa vontade, que negociou um tratado de paz com Cochise, o famoso e temido chefe dos Apaches do Arizona. Vários filmes e produções televisivas ilustram esse feito, sendo «A Flecha Quebrada» (western realizado em 1950 por Delmer Daves) a mais conhecida de todas essas obras. O actor que nela encarnou a figura de Jeffords foi o saudoso James Stewart, que, como se vê, não apresentava a mínima parecença fisionómica com o irmão de sangue de Cochise. Ainda assim, o filme (já editado em formato DVD em Portugal) foi um retumbante sucesso mundial. Talvez pelo facto dessa película ter sido uma das primeiras obras hollywoodianas a dar aos pele-vermelhas o estatuto de seres humanos, em vez de os apresentar como criaturas sanguinárias, totalmente desprovidas de sentimentos e de raciocínio.
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