O pioneirismo luso nas Américas exerceu-se, sobretudo, no Brasil, oficialmente descoberto por Pedro Álvares Cabral no ano de 1500. Mas, muito antes desse memorável ano e da redacção da famosa carta de Pero Vaz de Caminha ao venturoso rei D. Manuel -relatando-lhe o achamento desse verdadeiro Eldorado- já os navegadores portugueses haviam sulcado as perigosas águas do Atlântico norte e avistado o Novo Mundo. Todos estamos recordados da malograda família Corte Real, cujos membros (João Vaz, Gaspar e Miguel) estiveram na Terra Nova e no Canadá continental, desde 1463. Mas é conveniente e justo recordar os nomes de outros (esquecidos) marinheiros de Portugal, que muito contribuíram para revelar a existência de um vasto território, visitado pela primeira vez, está historicamente provado (por volta do ano 1000), pelos Viquingues. Que, só através de algumas das suas sagas, deixaram a memória dessa odisseia. Relativamente aos tais ignotos navegadores lusos do século XV, quero aqui lembrar figuras como Martim Homem, João Fernandes Labrador e Pedro de Barcelos. Referindo que a descoberta da América teve muitos outros portugueses, heróis anónimos, dos quais a História (essa ingrata !) apagou os nomes. Foi a essa costa oriental das Américas que afluiriam, ao longo dos séculos (mas muito especialmente durante o século XIX), milhões de homens e mulheres, originários do Velho Mundo, que iriam construir duas das mais prósperas nações da Terra : Os E.U.A. e o Canadá. Que eles foram penetrando e desbravando (contra a resistência dos povos autóctones) até ao fim das terras, até ao Oeste longínquo, até à prometedora e quase mítica Califórnia. A terra de todas as promessas. Curiosamente, o primeiro europeu a atingir essas extraordinárias paragens também teve nome português. Estou a referir-me, obviamente, a João Rodrigues Cabrilho, capitão ao qual os americanos hispanizaram o nome, pelo facto de ele se ter colocado, como aliás muitos outros homens de acção lusitanos do tempo (navegantes e guerreiros) ao serviço de Castela. Cabrilho descobriu a baía de San Diego e uma porção importante da costa californiana no ano de 1542. E o seu nome é, hoje, mais conhecido nos 'states' do que o é no seu país de nascimento. O que é, diga-se de passagem, paradoxal. Outros portugueses participaram na conquista do 'interland' americano, deixando os seus nomes ligados à História da Conquista do Oeste. Para que conste, irei lembrando, aqui, os seus nomes... A primeira foto é a de uma estátua erigida em St. Johns, no Canadá, à glória do navegador Gaspar Corte Real (séc. XV); a segunda imagem é a reprodução de um selo emitido pela administração postal dos Estados Unidos homenageando a figura de Cabrilho (1499-1543).
O pioneirismo luso nas Américas exerceu-se, sobretudo, no Brasil, oficialmente descoberto por Pedro Álvares Cabral no ano de 1500. Mas, muito antes desse memorável ano e da redacção da famosa carta de Pero Vaz de Caminha ao venturoso rei D. Manuel -relatando-lhe o achamento desse verdadeiro Eldorado- já os navegadores portugueses haviam sulcado as perigosas águas do Atlântico norte e avistado o Novo Mundo. Todos estamos recordados da malograda família Corte Real, cujos membros (João Vaz, Gaspar e Miguel) estiveram na Terra Nova e no Canadá continental, desde 1463. Mas é conveniente e justo recordar os nomes de outros (esquecidos) marinheiros de Portugal, que muito contribuíram para revelar a existência de um vasto território, visitado pela primeira vez, está historicamente provado (por volta do ano 1000), pelos Viquingues. Que, só através de algumas das suas sagas, deixaram a memória dessa odisseia. Relativamente aos tais ignotos navegadores lusos do século XV, quero aqui lembrar figuras como Martim Homem, João Fernandes Labrador e Pedro de Barcelos. Referindo que a descoberta da América teve muitos outros portugueses, heróis anónimos, dos quais a História (essa ingrata !) apagou os nomes. Foi a essa costa oriental das Américas que afluiriam, ao longo dos séculos (mas muito especialmente durante o século XIX), milhões de homens e mulheres, originários do Velho Mundo, que iriam construir duas das mais prósperas nações da Terra : Os E.U.A. e o Canadá. Que eles foram penetrando e desbravando (contra a resistência dos povos autóctones) até ao fim das terras, até ao Oeste longínquo, até à prometedora e quase mítica Califórnia. A terra de todas as promessas. Curiosamente, o primeiro europeu a atingir essas extraordinárias paragens também teve nome português. Estou a referir-me, obviamente, a João Rodrigues Cabrilho, capitão ao qual os americanos hispanizaram o nome, pelo facto de ele se ter colocado, como aliás muitos outros homens de acção lusitanos do tempo (navegantes e guerreiros) ao serviço de Castela. Cabrilho descobriu a baía de San Diego e uma porção importante da costa californiana no ano de 1542. E o seu nome é, hoje, mais conhecido nos 'states' do que o é no seu país de nascimento. O que é, diga-se de passagem, paradoxal. Outros portugueses participaram na conquista do 'interland' americano, deixando os seus nomes ligados à História da Conquista do Oeste. Para que conste, irei lembrando, aqui, os seus nomes... A primeira foto é a de uma estátua erigida em St. Johns, no Canadá, à glória do navegador Gaspar Corte Real (séc. XV); a segunda imagem é a reprodução de um selo emitido pela administração postal dos Estados Unidos homenageando a figura de Cabrilho (1499-1543).
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