segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

«A LENDA DA RAPOSA VERMELHA»


Esta fita, cuja acção se desenrola durante a Guerra de Secessão e nos anos que lhe sucederam, nada tem de autêntico; embora se foque na personagem de alguém que existiu : a mulher fora-da-lei Belle Starr. Do ponto de vista histórico, «A LENDA DA RAPOSA VERMELHA» (Belle Starr») é até um logro de primeira classe. A começar pelo facto de se ter escolhido a mui formosa actriz Gene Tierney para interpretar o papel principal, o de Belle Starr, que era uma mulher feiíssima, como o atestam, sem margem para dúvidas, as muitas fotografias que dela ainda existem. Em relação à obra cinematográfica, acho que este trabalho de Irving Cummings, que o realizou em 1941, é uma fita insípida e, ao fim e ao cabo, sem grande inspiração e interesse. Foi a opinião que me ficou quando a vi há muitos anos, pela primeira vez, e que não se alterou com o passar do tempo e com novos visionamentos.
Restam, para atenuar essa impressão negativa que tenho deste filme, as presenças da supracitada actriz -que é esplendorosa- e a galhardia de Randolph Scott, um dos eternos e mais carismáticos cavaleiros do cinema Western. «A LENDA DA RAPOSA VERMELHA» é, pois, mais uma fantasia sobre a actividade de uma mulher que deixou rasto na história do banditismo norte-americano do século XIX. Um rasto criminoso e pulha, que Hollywood tentou apagar, tingindo o passado de Belle Starr -tal como fez com outros bandoleiros do seu tempo- com as cores do romantismo fácil. «A LENDA DA RAPOSA VERMELHA» tem ainda na sua ficha artística os nomes de Dana Andrews, John Shepperd, Elisabeth Patterson, Chill Wills, Louise Beavers, etc. Esta película foi rodada a cores para a companhia 20th. Century Fox e tem uma duração de 87 minutos. Dela existem, na Europa, várias edições DVD. O seu título no Brasil é «Formosa Bandida».

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