segunda-feira, 15 de abril de 2013

«SOLDADO AZUL»

Para a breve apresentação deste filme de Ralph Nelson (1970), vou limitar-me a transcrever (na nossa língua) o texto da contracapa de uma das suas edições DVD francesas : «Esta é a verdadeira história de uma tribo Cheyenne, que foi massacrada -no dia 29 de Novembro de 1864- por 900 homens da Cavalaria do Colorado; que, nesse dia, assassinaram mais de 350 mulheres e crianças, arrancaram uma centena de escalpes de índios e cometeram inúmeras violações...». Filme polémico, certamente por causa dos crimes que denuncia e que estão resumidos nas linhas que acima revelo, «SOLDADO AZUL» («Soldier Blue») é uma obra honesta, que denuncia um episódio real (o massacre de Sand Creek) da guerra movida pelos brancos às nações ameríndias da Grande Pradaria. Esta fita colorida (e com 114 minutos de duração) é reveladora daquilo que foi, na sua parte mais sombria e mais crua, a Conquista do Oeste. Durante a qual, os povos autóctones foram submetidos a violências e a vexames sem nome. Obra de visionamento indispensável, esta fita colorida (que, no Brasil, se intitula «Quando É Preciso Ser Homem») foi produzida pela companhia Avco Embassy e tem Candice Bergen, Peter Strauss e Donald Pleasence nos principais papéis. Atente-se, também, na lancinante canção «Blue Soldier», magistralmente interpretada pela cantora ameríndia Buffy Saint Marie. Como, aquando da sua estreia, os E.U.A. se encontravam atolados na guerra do Vietnam, muita gente viu em «SOLDADO AZUL», e não sem razão, uma denúncia das atrocidades que se estavam a cometer nos campos de batalha do sudeste asiático. Não sei se existe, em Portugal, uma edição videográfico deste filme; mas sei que em Espanha é comercializada uma cópia  DVD de «SOLDADO AZUL» com legendas em língua portuguesa.

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