terça-feira, 15 de janeiro de 2013

BUFFY SAINTE-MARIE, CANTAUTORA INTERVENTIVA

De nacionalidade canadiana, Buffy Sainte-Marie nasceu a 20 de Fevereiro de 1941 na reserva ameríndia de Piapot (província de Saskatchewan), situada em Qu'Appelle Valley. De etnia Cree, Buffy foi adoptada por um casal aparentado aos seus pais biológicos, que, ainda menina, a levaram para o leste dos E.U.A., onde ela passou a sua meninice e estudou. A artista -que também é militante activa de movimentos feministas e pró-índios- estudou na universidade de Massachusetts, onde se licenciou em filosofia oriental. As suas canções de protesto tiveram (e têm) grande aceitação do público, nomeadamente do público jovem e do público sensibilizado com o devenir do planeta e dos seus habitantes. Sobretudo as minorias ameríndias. Cantou em centenas de festivais e de salas de espectáculo do Canadá e dos 'states', mas também actuou na Europa (nomeadamente em Portugal) e noutras regiões do mundo.
O seu estilo integra-se nos movimentos Folk e Country. Esteve casada com o compositor Jack Nitzsche, com o qual partilhou a autoria de muitos dos seus sucessos. Sucessos de Buffy Sainte-Marie, mas que também foram cantados (o que é um reflexo da sua qualidade) por gente tão célebre comp Elvis Presley, Barbara Streisand, Cher, Neil Diamond, etc. Considerada, por muitos, como a igual de Bob Dylan, de Joan Baez e de outros famosos cantores de intervenção, que -a partir da década de 60- levantaram as suas vozes para denunciar a guerra e outras injustiças, Buffy é exímia na guitarra. A canção dela que eu prefiro (talvez até pelo facto de não dominar a língua imglesa) é «Soldier Blue», que se estreou com o impressionante filme «Soldado Azul», realizado em 1970 por Ralph Nelson. Os Cree, nação ameríndia (de língua algonquim) a que pertence Buffy Sainte-Marie, é uma das mais importantes e numerosas do Canadá. Um destes dias deixarei aqui um 'post' sobre essa gente, que é, actualmente, composta por umas 90 000 pessoas.

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