domingo, 6 de janeiro de 2013

«BURY MY HEART AT WOUNDED KNEE» - PARA LER E MEDITAR

«BURY MY HEART AT WOUNDED KNEE» é, provavelmente, o livro mais completo e mais verdadeiro que eu alguma vez li sobre as relações conflituosas estabelecidas (desde os séculos XV/XVI) entre os colonizadores brancos da América do norte e as nações e tribos ameríndias que, outrora, povoaram esse vasto espaço geográfico. Tenho em minha casa a versão francesa («Enterre Mon Coeur», Ed. Stock, 1973) dessa obra de Dee Brown, que abre com um também interessantíssimo prefácio de Yves Berger, escritor e indianista respeitado. «BURY MY HEART AT WOUNDED KNEE» foi 'best-seller' em muitos países (E.U.A., Grã-Bretanha,França, Alemanha, Japão...), onde vendeu vários milhões de exemplares logo nos primeiros meses de publicação; o que atesta, penso eu, da força e da exemplaridade desta obra extremamente bem documentada, proba, muito rigorosa do ponto de vista histórico. Disse-se deste livro, que é a História da relação entre colonizadores e colonizados vista pelos pele-vermelhas.
Pois eu (que não sou nem muito culto, nem muito inteligente) estou pronto a apostar -dobrado contra singelo- que as páginas deste livro contam a verdade sobre esse antagonismo racial e que a versão dos perseguidos é muito mais merecedora de confiança do que todos os relatórios escritos pelos oficiais do exército dos Estados Unidos, que, no terreno e durante muito tempo, se regeram pelo asqueroso princípio : «Matem todos os Índios que encontrarem». Este 'blog' reveste-se de características que não me permitem alongar-me muito mais sobre o tema. Por essa razão, convido todos os Portugueses (mas não só) que estes assuntos interessam, a ler esta magnífica obra de Dee Brown, que é, simultaneamente, original, instrutiva, dramática. E, sobretudo, indesmentível, no dizer dos próprios historiadores norte-americanos. «BURY MY HEART AT WOUNDED KNEE» serve também para relativizar todas as ideias que o cinema Hollywoodiano nos impingiu -durante décadas a fio- sobre as famigeradas guerras índias; nas quais o pele-vermelha vestiu, sistematicamente, a pele do lobo, a do mau da fita. O papel do carniceiro sedento de sangue e, portanto, alvo lógico e preferencial a abater pelos brancos (civis ou militares) 'normais'. Aqui fica uma óptima sugestão de leitura de uma obra que já tem tradução em português. Pelo menos no Brasil, onde se intitula «Enterrem Meu Coração na Curva do Rio». Observações finais : 1) esta obra de Dee Brown abrange, exclusivamente, o período histórico compreendido entre 1860 e 1890. 2) Um filme inspirado por este livro foi dirigido, em 2007, pelo cineasta canadiano Yves Simoneau. Tem um título em língua portuguesa, que é «O Meu Coração Jaz em Wounded Knee».

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