quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

«INCONQUISTÁVEIS»

A acção deste pré-western decorre em meados do século XVIII. O herói desta espectaculat aventura, levada ao ecrã por Cecil B. DeMille, é Christopher Holden (Gary Cooper), um oficial das milícias da Virgínia; que vai resgatar e dar protecção a uma escrava branca (Paulette Goddard) recentemente chegada ao Novo Mundo. Atitude altruista, que vai, todavia, incompatibilizá-lo com o renegado Martin Garth (Howard da Silva), com as autoridades militares britânicas e obrigá-lo a afrontar a revolta de uma nação pele-vermelha.
Com uma duração total de 146 minutos, esta grande produção a cores data do ano de 1947 e tem a chancela dos estúdios Paramount. Inspirada no romance «The Judas Tree», de Neil H. Swanson, «INCONQUISTÁVEIS» («Unconquered») tem fundo verídico, já que faz lembrar os tempos da rebelião de Pontiac, o chefe dos Ottawas; movimento que, ao tempo, incendiou toda aregião dos Grandes Lagos. Os gastos de produção deste fenomenal filme elevaram-se a 5 milhões de dólares, soma elevadíssima para a época; mas que foi rapidamente recuperada pelos investidores, graças ao êxito obtido por «INCONQUISTÁVEIS» junto do público, que encheu as salas de cinema.
Lembro que, para além dos já referidos actores, esta colossal película ainda empregou artistas como Katharine DeMille (filha adoptiva do realizador e casada, nessa época com Anthony Quinn), Boris Karloff, Ward Bond, Cecil Kellaway, Mike Mazurki, Robert Warwick, etc. No Brasil, este filme chama-se «Os Inconquistáveis». Tenho uma belíssima cópia DVD adquirida em França, país onde esta inesquecível epopeia se intitula «Les Conquérants d'Un Nouveau Monde». /////////// A propósito da rodagem desta grande obra de Cecil DeMille, quero dizer o seguinte : quando foram filmadas as espectaculares cenas do ataque ao forte Pitt, o cineasta exigiu tal realismo na acção, que 30 figurantes ficaram feridos. E que, por essa razão tiveram de receber cuidados hospitalares. 'Miss' Goddard ficou de tal modo chocada com o sucedido, que recusou, determinantemente, participar nesse momento do filme. O trauma sofrido pela actriz serviu para que algumas personalidades de Hollywood, incluindo jornalistas, gozassem com o caso e passassem a designar a película em apreço pelo nome de «Os Perigos de Claudette».

Sem comentários:

Enviar um comentário