terça-feira, 1 de janeiro de 2013

«A ÚLTIMA BATALHA»

Como para dar força aquele ditado que diz «Não há fome que não dê em fartura», este filme de George Sherman foi, durante muitos e muitos  anos, ansiado pelos westernófilos. E, depois, bruscamente, surgiram no mercado estrangeiro várias cópias de editor de «A ÚLTIMA BATALHA» («Chief Crazy Horse»); fita que tem no actor Victor Mature uma garbosa (mas pouco credível) encarnação de Cavalo Louco, um dos guerreiros Sioux que venceu Custer em Little Big Horn. E que acabou assassinado, numa reserva, por um 'scout' índio da sua tribo ao serviço do exército inimigo. Quero dizer aqui, com toda a franqueza, que este filmezinho envelheceu muito mal e que, me pareceu ser agora -quase 60 anos após a sua estreia- uma banal sucessão de cromos, mais ou menos folclóricos, sobre a vida de uma das mais lídimas figuras da resistência ameríndia.
Figura histórica que, tal como Mangas Coloradas, que eu referi num 'post' anterior, merecia que os estúdios norte-americanos de cinema lhe rendessem, enfim, homenagem, num filme com outra dimensão. Tal como Walter Hill já o fez em relação a um grande líder Apache, em 1993 («Jerónimo - Uma Lenda Americana»). Esta produção da Universal («A ÚLTIMA BATALHA), que pretende relatar a vida Crazy Horse, data do ano de 1954, é uma fita colorida, em CinemaScope e tem a duração de 86 minutos. Além do já citado Victor Mature, esta obra de Sherman aproveitou o trabalho de Susan Ball, de John Lund, de Ray Danton, de Keith Larsen, de David Jansen, de James Millican, para assegurar a interpretação das outras personagens marcantes desta película pseudo histótica.
Fita que, quanto a mim, é inferior a um telefilme realizado em 1996 por John Irvin -«Crazy Horse»- que se preocupou de maneira mais credível com os detalhes de natureza histórica da figura retratada e com o contexto em que ela viveu.  E que, por outro lado, ofereceu o papel do grande estratego Sioux a um actor de origem ameríndia : Michael Greyeyes. «A ÚLTIMA BATALHA» seguiu o movimento dos westerns pró-índios (e isso não é um problema, naturalmente) inaugurado com filmes como «A Flecha Quebrada» e «O Caminho do Diabo», ambos estreados em 1950. O filme em apreço intitula-se no Brasil «O Grande Guerreiro». Ilustrações, de cima para baixo : capa DVD de uma das duas edições comercializadas recentemente em França; cartaz italiano do filme, que em terras transalpinas se chama «Furia Indiana»; fotograma reproduzindo uma das cenas de «A ÚLTIMA BATALHA».

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