quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
«VINGANÇA E GLÓRIA»
«VINGANÇA E GLÓRIA» («Only the Valiant») foi um dos westerns mais marcadamente fascistas a que me foi dado assistir. Disse-se que Gregory Peck -que contratualmente fora obrigado a participar nesta fita- detestava este western militar de uma grande brutalidade formal, realizado em 1951 por Gordon Douglas. A acção decorre no Novo México por volta de 1870 e coloca frente a frente a guarnição de um fortim da cavalaria norte-ameicana e uma tribo local. Na realidade, o oficial que comanda os defensores de Forte Invencível, tem, simultaneamente, vários problemas para resolver : 1º) uma difícil contrariedade amorosa; 2º) vencer os actos de indisciplina e de desleixo de alguns dos seus subordinados; 3º) impedir que os pele-vermelhas rompam o seu dispositivo de defesa e avassalem toda uma região, cuja segurança é da sua responsabilidade. Escusado será dizer, que o exemplar herói da fita acabará por encontrar a solução para todas essas dificuldades (ou não fosse ele o herói da dita...), graças a uma boa dose de psicologia e à ajuda das muitas centenas de cadáveres que semeou à volta do seu fortim.
Tudo isto, ao estilo de alguns westerns reaccionários da década anterior à da realização de «VINGANÇA E GLÓRIA», que aplicavam o tal princípio de que um bom índio é um índio morto. Para mim, esta dispensável película (que não honra nem o seu autor, nem o cinema western) é a de todas as realizadas por Gordon Douglas aquela que piores recordações me deixou. Tenho uma cópia DVD desta película comprada em Espanha; porque eu quero que a minha colecção também inclua fitas que me marcaram pela negativa. Título no Brasil : «Resistência Heróica». Outros actores que participaram nesta detestável película, produzida para os estúdios dos irmãos Warner : Barbara Payton, Ward Bond, Gig Young, Lon Chaney Jr., Neville Brand. Fotografia a preto e branco; duração: 81 minutos.
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