Desde o ano passado que (em França, mas não só nesse país) os editores de DVD's tentam valorizar os seus produtos, graças a uma nova moda; que consiste em vender os seus artigos em edições de luxo, que contêm, para lá da cópia do filme, um cofre ou um álbum versando sobre a película em questão e/ou sobre o cineasta que a realizou, o tema que a inspirou, etc. Tudo isso seria muito bonito e até útil, se tal política não concorresse para aumentar substancialmente o preço do objecto essencial da nossa cobiça : a cópia videográfica da fita gravada.
Repare-se que eu não estou contra estas edições de luxo propostas pelas editoras. Acho é que a par das ditas -destinadas, sem dúvida, a coleccionadores mais exigentes e mais abastados- se deveriam lançar cópias mais baratas dos filmes em questão; que comportassem (como acontecia até aqui) o disco protegido pela respectiva caixinha e nada mais. Desse modo, toda a gente poderia -fosse qual fosse o seu poder de compra- adquirir o filme desejado; sem que isso implicasse o sacrifício que agora se lhe exige com tais edições. ///////// As imagens anexadas são exemplos, entre muitos outros, desta nova e descriminatória política, que consiste vender (certos títulos) só aos mais ricos. Acima, está a edição de luxo de «Rio Vermelho» (já comercializada) e, em baixo, a futura edição do excelente filme de Edgar G. Ulmer «Alvorada Vermelha». Que custam (ou custarão) sensivelmente o dobro do preço que é normalmente pedido por uma edição corrente.
Sem comentários:
Enviar um comentário