domingo, 31 de março de 2013
QUEM CONHECE BEN NIGHTHORSE CAMPBELL?
Benjamin Nighthorse Campbell é uma grande e ilustre personagem da vida pública dos Estados Unidos. Nasceu em Auburn (no estado da Califórnia) a 13 de Abril de 1933, de pai Cheyenne. Estudou Educação Física e Artes Plásticas na Universidade Estadual, em San José, tendo obtido os graus de bacharel. Prestou serviço militar na Força Aérea, durante a Guerra da Coreia. Praticou desporto de alta competição, sagrando-se 3 vezes campeão dos Estados Unidos -na modalidade de judo- para além de ter ganho uma medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1963. Foi membro e capitão da selecção norte-americana de judo e concorreu aos Jogos Olímpicos de Tóquio (1964), onde não logrou obter resultados, devido a uma lesão. Entrou no mundo da política e, em Dezembro de 1982, foi eleito para a Assembleia Legislativa do Estado do Colorado, onde esteve quatro anos. E, em 1992, foi eleito para o Senado dos Estados Unidos, sendo o segundo cidadão de etnia ameríndia a ocupar um cargo tão importante. Depois de ter abandonado responsabilidades políticas de nível nacional, Ben Nighthorse Campbell foi escolhido para integrar o Conselho dos Chefes da tribo dos Cheyennes do Norte, sedeada em Lame Deer, no estado de Montana. Em 1991, bateu-se para que o então chamado 'Battle Field Custer Monument' (no Montana) passasse a ser oficialmente designado pelo nome de 'Battlefield Little Bighorn National Monument'. Enquanto senador, aprovou uma lei especial para criar o Museu do Índio Americano no seio do Smithsonian Institut. Curiosidade : Benjamin Nighthorse Campbell também tem sangue português. Por parte de sua mãe, Maria Vieira, natural dos Açores; que conheceu o seu pai, o Cheyenne Albert Campbell, num sanatório, onde ambos estavam hospitalizados. Actualmente, o Luso-Cheyenne Benjamin Nighthorse Campbell dedica-se à criação de jóias de inspiração nativa. E, como 'designer' e fabricante e joalharia, já recebeu mais de 200 prémios -nacionais e internacionais- pela excelência da sua arte.
«TODOS OS IRMÃOS FORAM VALENTES»
Baseada, livremente, na história dos irmãos Dalton, que alarmaram -com os seus assaltos e roubos- o Cansas do período do pós-guerra de Secessão, «TODOS OS IRMÃOS FORAM VALENTES» («When the Daltons Rodes») é uma película dirigida por George Marshall; que a realizou no ano de 1940. Filmada a preto e branco e com uma duração de 81 minutos, é uma produção dos estúdios Universal International, que conta com a participação de Randolph Scott, Kay Francis, Brian Donlevy, George Bancroft, Andy Devine, Broderick Crawford, Mary Gordon, Stuart Erwin, etc. Simpático filme de aventuras, no qual o cabeça de cartaz -que aqui interpreta o papel do advogado dos Dalton- se encontra numa situação espinhosa : defender os Dalton, seus clientes e amigos ou cingir-se ao cumprimento da lei e da ordem pública ? Desta fita (que, no Brasil, se intitula «A Vingança dos Dalton»), tenho uma boa cópia DVD editada em França.
«ARROW IN THE DUST»
«ARROW IN THE DUST» (realizado em 1954 por Lesley Selander) nunca estreou em Portugal. Não sabemos o porquê. Com Sterling Hayden no papel principal, acolitado por Coleen Gray, Keith Larsen, Tom Tully, Tudor Owen, Jimmy Wakely e Lee Van Cleef, esta fita conta-nos a odisseia de um desertor da cavalaria dos E.U.A., que, na sua fuga, assiste ao quase extermínio de uma coluna militar comandada pelo seu próprio primo. Ao qual ele acaba por prometer (por vê-lo agonizar) dar apoio à caravana de emigrantes que o exército escoltava... Trata-se de um western colorido, produzido para a Allied Artists e distribuído pela RKO Films. Tem uma duração de 79 minutos e chama-se, no Brasil, «Flechas em Chamas». «ARROW IN THE DUST» é uma série B, modesta e de consumo corrente, apreciada -quiçá exclusivamente- pelos incondicionais do género western.
sábado, 30 de março de 2013
«MOHAWK»
«MOHAWK» (m.t.) é um pré-western realizado em 1956 por Kurt Neuman. Que teve a participação de Scott Brady, Rita Gam, Neville Brand, Lori Nelson, John Hoyt, Allyson Hayes, Rhys Williams, Ted de Corsia e Mae Clark nos principais papéis. Curiosamente, esta fita tem por herói um artista plástico que, farto da civilização, se refugia num forte militar da fronteira. Fascinado pelo modo de vida dos pele-vermelhas e pela sua relação com a Natureza, o pintor vai tomá-los como principais temas das suas telas. Mas as malfeitorias de um traficante de armas vão despertar ódios e gerar conflitos... Esta película não é uma obra-prima do género. Longe disso. Mas vale a pena ser vista por duas razões : o inedetismo do tema e o erotismo (algo de raro nessa época) gerado por algumas cenas protagonizadas pelos já citados Scott Brady e Rita Gam. Tenho uma cópia péssima desta película adquirida em Espanha. Espero que aquela que será posta à venda daqui a três dias (em França) seja de muito melhor qualidade. Só assim darei por bem empregues os 13 euros que conto investir no respectivo DVD. Título brasileiro : «Batalha de Guerreiros». «MOHAWK» é um filme colorido, produzido pela National Pictures Corporation e com 79 minutos de duração.
RAOUL TRUJILLO : UM ÍNDIO UTE, ESTRELA DOS PALCOS E DOS ECRÃS
Raoul Trujillo é um autêntico ameríndio e pertence ao povo dos Utes. Nascido em 1955 na cidade de Santa Fé, no estado do Novo México, é um conhecido e apreciado bailarino, coreógrafo e actor de cinema e da TV. Neste último domínio, direi que começou a sua carreira em finais dos anos 80 (do passado século, obviamente) e que já tem cerca de 30 películas na sua filmografia. A mais conhecida será, porventura, «Apocalypto», realizada em 2006 por Mel Gibson. Relativamente a westerns e assimilados -géneros que aqui nos interessam muito particularmente- lembro que Raoul Trujillo fez parte dos elencos de fitas como «Black Robe» (Bruce Beresford, 1991), «Song of Hiawatha» (Jeffrey Shore, 1997), «Into the West» (uma mini-série datada de 2005, onde ele representou o papel do chef Siox Red Cloud), «The New World» (Terrence Malick, 2005) ou como o fantástico «Cowboys & Alliens» (Jon Favreau, 2011). A este excelente actor de etnia Ute desejo longa vida e muitos e bons filmes !
sexta-feira, 29 de março de 2013
«ALMAS DE FOGO»
«The Redhead from Wyoming» é o título original deste colorido e bem-humorado western, que Lee Sholem realizou em 1953. Tendo Maureen O'Hara como cabeça de cartaz, esta fita conta ainda com a participação artística de Alex Nichol, William Bishop, Robert Strauss e Dennis Weaver nos principais papéis. O tema de «ALMAS DE FOGO» é recorrente no cinema western, já que se trata de contar a história de um rancheiro instalado nos férteis vales do Wyoming, que se quer opor à chegada a à apropriação de terras por emigrantes recém-chegados ao território e desejosos de conquistar uma vida melhor. A ruiva actriz irlando-americana está aqui no auge da sua beleza. E isso vê-se. «ALMAS DE FOGO» tem uma duração de 81 minutos e intitula-se no Brasil «Rainha dos Renegados».
«OS PISTOLEIROS MALDITOS»
«OS PISTOLEIROS MALDITOS» («Five Guns West») foi o primeiro filme realizado por Roger Corman, em 1955. Produzido com um fraquíssimo orçamento, este western conta, no entanto, com a participação de actores como John Lund e Dorothy Malone, que, ao tempo, já haviam adquirido alguma nomeada em Hollywood. É uma fita colorida e com uma duração de 78 minutos, que nos conta a história de cinco mercenários (ex-prisioneiros de direito comum), que aceitam assaltar -por conta dos confederados- uma diligência carregada de ouro e executar um traidor à causa sulista. Vê-se com curiosidade. Tenho um DVD com cópia desta série B proveniente de uma gravação da TV francesa. Este western (distribuído pela Metro Goldwyn-Mayer) chama-se «Cinco Revólveres Mercenários» no Brasil. Curiosidade : um dos actores secundários desta fita é aqui apresentado como Touch Connors. Trata-se do futuro herói da série policial da televisão «Mannix», que se tornaria famoso com o nome artístico de Mike Connors.
ORGULHO SULISTA
Esta belíssima tela de John Paul Strain intitula-se «Crossing the Line» e mostra um grupo de militares confederados aquando da Guerra Civil (1861-1865). Atente-se nos uniformes destes soldados de infantaria e nas bandeiras nacionais da efémera nação. A infantaria 'rebelde' era reconhecível pela cor azul dos colarinhos das casacas e das fitas que adornavam os quépis. Esses atributos eram amarelos na cavalaria e vermelhos na artilharia. Clique na imagem para a ampliar.
«DUELO NA LAMA»
///////// Belíssimo filme de Richard Fleischer, que o realizou para a companhia 20th. Century Fox em 1959. «DUELO NA LAMA» («These Thousand Hills») conta-nos a aventura de um cowboy arrivista (Don Murray), que vai subir na vida e fazer fortuna à custa de muito trabalho e de perseverança, mas renunciando, também, à amizade de amigos que o haviam ajudado (Lee Remick e Stuart Whitman) em tempo de dificuldades. Excelente realização de Fleischer e muita sensibilidade por parte dos actores supracitados; que nunca estiveram tão bem. Nota 10 para Lee Remick, no papel de uma prostituta com o coração do tamanho do mundo e cujo sofrimento acabará por fazer a figura nuclear deste drama mudar de atitude e reconquistar a dignidade. Filme colorido e com 96 minutos de duração. Título brasileiro deste grande western de finais da 'Década de Ouro' : «Fama a Qualquer Preço».
A LEI DAS SÉRIES : «TRACKDOWN»
Com o actor Robert Culp a protagonizar o papel de um membro dos Texas Rangers, esta série western da televisão comportou 70 episódios (mais o respectivo piloto ou episódio de apresentação), distribuídos por 2 temporadas. Foi difundida a preto e branco na rede CBS, entre 1957 e 1959.Cada episódio tinha uma duração de 30 minutos. Não me lembro desta série -produzida pela companhia Four Stars, de Dick Powell- ter sido programada na nossa TV ou na televisão francesa; onde eu teria dado por ela. A acção de «TRACKDOWN» desenrola-se no Texas de finais do século XIX e terá sido inspirada na vida de uma figura autêntica daquela famosa polícia rural do Estado da Estrela Solitária. Vários cineastas realizaram os episódios desta série. Entre eles pode-se citar, por serem os mais conhecidos, Thomas Carr, Richard Donner e R.G. Springsteen. Muitas 'guest stars' passaram pour «TRACKDOWN», tais como James Coburn, Rita Moreno, Vic Damone, Lee Van Cleef, Stuart Whitman, Pernell Roberts e outros. A totalidade dos seus episódios já foram gravados, em DVD, nos Estados Unidos.
quinta-feira, 28 de março de 2013
«DURANGO», UM CLÁSSICO DA BANDA DESENHADA
Criada por Yves Swolfs (argumentista e desenhador), a série
«Durango» surgiu -num primeiro álbum- no ano de 1981. Swolfs inspirou-se, ao que parece, na figura que Jean-Louis Trintignant interpretou no western-spaghetti «O Grande Silêncio». Durango é um pistoleiro solitário (alcunhado O Pacificador), que defende os fracos e indefesos, mas só mata os seus inimigos em estado de legítima defesa. A partir do segundo álbum da série (que comporta, actualmente, 16 títulos) este herói de BD perde o uso do seu braço direito e vê-se constrangido a treinar o manuseamento da arma que utiliza com a mão esquerda. E, para compensar a destreza que perdera, adquire uma arma terrível : uma pistola Mauser C96 de 10 tiros. O uso desta arma (inventada na Alemanha em 1898) dá-nos a entender que a acção das histórias de Swolfs decorre, pois, em inícios do século XX. Histórias bem construídas, apesar da nítida influência do western à italiana. Os títulos originais dos álbuns já editados são os seguintes : 1- «Les Chiens Meurent en Hiver», 2- «Les Forces de la Colère», 3- «Piège pour un Tueur», 4- «Amos», 5- «Sierra Sauvage», 6- «Le Destin d'un Despérado», 7- «Loneville», 8- «Une Raison pour Mourir», 9- «L'Or de Duncan», 10- «La Proie des Chacals», 11 «Colorado», 12- «L'Héritière», 13- Sans Pitié», 14- «Un Pas Vers l'Enfer», 15- «El Cobra», 16- «Le Crépuscule du Vautour». Notas finais : A colecção já foi editada por várias casas. Eu tenho 9 dos álbuns realizados pela Alpen. A partir do 14º álbum Yves Swolfs contou com a colaboração do desenhador Thierry Girod.
RELÍQUIA
PROCURA-SE DVD DE «TUDO POR TUDO»
«TUDO POR TUDO» («Dawn at Socorro») : este filme dos estúdios Universal, foi realizado em 1954 por George Sherman e protagonizado por Rory Calhoun, Piper Laurie, David Brian, Kathleen Hughes, Mara Corday, Alex Nicol, Edgar Buchanan e Skip Homeier. Conta-nos a história de um homem singular (jogador de póquer, pistoleiro e... pianista), que sofre de tuberculose. A caminho do Colorado, cujo clima poderá favorizar a cura do seu mal, ele desce da diligência em Socorro, no Novo México, localidade onde vai viver uma epolgante aventura. Nunca vi este filme, que quizem ser de muito boa factura. O herói representa o papel de um temido pistoleiro, que tem algumas afinidades com Doc Hollyday. Gostaria de arranjar uma cópia DVD com dobragem ou legendagem nas línguas portuguesa, francesa ou castelhana. Para tanto, aqui deixo alguns títulos estrangeiros desta fita : «Dinastia do Terror», no Brasil; «Vengeance à l'Aube», na Bélgica francófona. Este filme nunca foi explorado comercialmente em Espanha ou em França. «TUDO POR TUDO» é uma fita colorida, com uma duração de 80 minutos.
«A FLECHA SANGRENTA»
Produzida em 1964 para a desaparecida companhia Allied Artists, esta modesta fita de série B foi realizada por Sidney Salkow e teve no seu elenco alguns bons e conhecidos actores, tais como Dale Robertson, Martha Hyer, Wendell Corey, Elisha Cook Jr. ou Ted de Corsia. Colorido e com 91 minutos de duração, este western conta-nos a história de um bandido, prisioneiro da cavalaria dos Estados Unidos, que após um violento combate desta contra os Apaches, é o único branco sobrevivente. E que, graças à sua conduta heróica, acaba por livrar-se de um passado pouco reluzente... Nada de extraordinário. Apenas um modesto western com interesse para os incondicionais do género. No Brasil intitula-se «Sangue nas Flechas».
segunda-feira, 25 de março de 2013
«O MOSQUITO», UM PIONEIRO DA BD EM PORTUGAL
«O Mosquito» foi uma publicação pioneira das histórias aos quadradinhos em Portugal. «O Mosquito» foi o precursor directo dos também saudosos «Mundo de Aventuras» e «O Cavaleiro Andante», que eu conheci melhor. A primeira edição de «O Mosquito» foi lançada em Janeiro de 1936 e a última -da sua primeira série- saíu do prelo em Fevereiro de 1953. Tinha eu uns 8 anitos de idade. É, pois, muito provável, que eu nunca tenha chegado a comprar exemplares dessa época. Sei, em contrapartida, que comprei e li números de «O Mosquito» das séries 2 e 3, que saíram entre 1960 e 1961 e que tiveram, portanto, vida efémera. Lembro-me sobretudo de alguns dos heróis do tempo, como, por exemplo, Brick Bradford, que, por cá, adoptou o nome de Capitão Relâmpago. A «O Mosquito» também não eram estranhos os paladinos do Faroeste (nenhuma revista do género escapava, então, à moda dos cowboys, xerifes e pele-vermelhas), daí o evocarmos neste blogue exclusivamente consagrado à saga westerniana. E, para memória, aqui deixamos a reprodução de uma das capas dessa popular e desaparecida publicação para a juventude. Que marcou o seu tempo... Lembro, por pura curiosidade, que esta capa é referente ao nº 1 da segunda série (16 de Novembro de 1960) e que tem um desenho executado por José Ruy, que ao tempo era director de publicação de «O Mosquito.
«RIO CONCHOS»
«RIO CONCHOS», realizado em 1964, é -sem dúvida- um dos melhores filmes de Gordon Douglas. E veio provar, definitivamente, que este cineasta tem mais valor do que aquele que, geralmente, lhe é concedido pela crítica. A acção desenrola-se nos territórios do sudoeste dos Estados Unidos, depois de terminada a Guerra Civil. Um oficial do exército da União é comissionado para encontrar um lote de modernas espingardas roubadas à autoridade militar. E, para tanto, vê-se constrangido a utilizar os serviços de um seu ex-colega, que havia combatido nas fileiras confederadas e que é conhecido na região por ser um implacável exterminador de índios. Filme duro, com cenas de crueldade violenta (sugeridas pelo recém-aparecido 'western-spaghetti') «RIO CONCHO» é, apesar disso, uma interessantíssima película. Com argumento inspirado por uma novela de Clair Huffaker, esta fita colorida (produzida pela 20th. Century-Fox e com uma duração de 107 minutos) tem, nos principais papéis, os actores Richard Boone, Stuart Whitman, Tony Franciosa, Jim Brown, Edmund O'Brien e Wende Wagner. E já está editada em suporte DVD em muitos países da Europa, excepto o nosso. Vale a pena ver ! O título brasileiro desta pelicula é idêntico ao original e ao também usado em Portugal.
domingo, 24 de março de 2013
A PROVA PROVADA
Esta é a prova visual de que Lucky Luke é, verdadeiramente, muito mais rápido do que a sua própria sombra. Que esta incrível e especial faculdade em sacar dos Colts e de dispará-los com excepcional ligeireza e pontaria sirva de advertência. Que se acautelem, pois, os John Hardin, os Johnny Ringo, os Wyatt Earp e outros que tais... Porque, diante de Lucky, eles não têm a mínima hipótese de ganhar o duelo.
quarta-feira, 20 de março de 2013
CURIOSIDADE SOBRE JULIA ROBERTS
A propósito de Julia Roberts : a maior parte das pessoas (inclusivé os seus fãs incondicionais) não sabe que esta famosíssima estrela de Holywood deu os seus primeiros passos no cinema, participando num western. É verdade ! -Foi em 1989, numa fita intitulada «Blood Red» (que eu julgo ser inédita no nosso país), realizada por Peter Masterson. No elenco dessa película figuravam o irmão de Julia, Eric Roberts, e Dennis Hopper, Giancarlo Giannini, Burt Young. Aldo Ray, Carlin Glynn, Lara Harris. Trata-se de uma co-produção anglo-americana, inteiramente filmada nos Estados Unidos, e que conta a história de um açambarcador de terras californiano, que quer expoliar os seus vizinhos. Alguns destes homens -vinhateiros sicilianos- vão, no entanto, reagir e opor-se-lhe com as armas na mão... Confesso que não conheço este filme colorido (e com 91 minutos de duração); mas, por curiosidade, ainda gostava de visualizá-lo; já que vê-lo num ecrã de cinema me parece altamente improvável.
«UM REI E QUATRO RAINHAS»
Esta película foi realizada por Raoul Walsh em 1956 e contou com a participação de Clark Gable, Eleanor Parker, Jo Van Fleet, Jean Willes, Barbara Nichols, Sara Shane, Roy Roberts, Jay C. Flippen e Florenz Ames. Distribuído pela United Artists, este divertido e malicioso western (com 84 minutos de duração) foi filmado a cores e em CinemaScope pelo categorizado Lucien Ballard. Conta-nos a história de um aventureiro, que logra introduzir-se no rancho de uma matrona, guardiã da virtude das suas quatro bonitas noras... e de uma maquia de 100 000 dólares, proveniente do saque das diligências assaltadas pelos seus próprios filhos. Excepcional interpretação de Jo Van Fleet -uma actriz de grande talento- que aqui eclipsa o trabalho de todos os seus colegas. Tenho o respectivo DVD, proveniente de França. Este filme também já tem edição videográfica na vizinha Espanha.
sexta-feira, 15 de março de 2013
«TERRAS SOMBRIAS»
Com guião inspirado num romance de Luke Short, «TERRAS SOMBRIAS» («Coroner Creek») é um western de boa factura -com acção e uma boa dose de suspense- produzido, em 1949, por Harry Joe Brown para os estúdios Columbia. Realizado por Ray Enright, esta fita tem, no desempenho dos principais papéis, actores como Randolph Scott, Marguerite Chapman, George MacReady, Sally Eilers, Edgar Buchanan, Wallace Ford e Forrest Tucker. A história contada é a seguinte : um pistoleiro vive obsecado pelo assassínio da sua noiva, ocorrido (na região onde ele agora vive) aquando do ataque a uma diligência. Todos os indícios encontrados no locak do crime indicam que os culpados foram os pele-vermelhas; mas Chris Danning (Scott) não acredita nessa versão dos acontecimentos e pensa que o instigador do drama vive perto de si... Título brasileiro «Águas Sangrentas». Ainda não conheço, na Europa, edição videográfica desta desejada película. À excepção de uma cópia comercializada em Espanha com o curioso e inesperado título de «Coronel Creek».
«O SARGENTO NEGRO»
A fita de Ford «O SARGENTO NEGRO» («Sergeant Rutledge») ocupa um lugar priviligiado na minha lista de preferências. E estou admiradíssimo pelo facto de ela ainda não ter sido editada em DVD. Nem em França (país onde o cinema western tem, ainda hoje, muitos milhares de adeptos), nem em Portugal (onde o género interessa pouca gente). Na realidade, só lhe conheço edições videográficos nesse suporte de gravação nos países anglo-saxónicos, em Espanha e no Brasil. E isso é, como já referi, de espantar ! Porque se trata de uma obra ímpar na filmografia de Ford e de um western belíssimo, do qual emana uma mensagem humanista forte e necessária, direccionada, sobretudo, para um país onde os afro-americanos ainda se debatiam, em 1960 (ano da realização do filme), com problemas de racismo. Numa terra onde os negros ainda não haviam conquistado a plena cidadania, apesar desse direito já lhe ter sido reconhecido (e de estar devidamente consagrado na constituição dos EUA) desde os tempos do presidente Lincoln. «O SARGENTO NEGRO» conta-nos a história de um militar de cor, injustamente acusado de três crimes graves : estupro, assassínio e deserção. E que encontra na pessoa do seu superior hierárquico um defensor decidido a provar que ele é um homem digno, incapaz de tais vilanias. De sublinhar, são as excelentes interpretações de Woody Strode (no papel do sargento negro), de Jeffrey Hunter (no papel do tenente Cantrell), de Constance Towers, de Billie Burke, de Willis Bouchey, de Carleton Young e de muitos outros talentosos actores do elenco. «O SARGENTO NEGRO» foi filmado em Monument Valley (no Arizona) e é uma produção da Warner Bros. Tem uma duração de 111 minutos e é a cores. Tenho duas ou três belas cópias deste western militar, gravadas num canal da nossa televisão por cabo/satélite, que o programou aqui há alguns anitos e possuo também o DVD de editor com a versão castelhana. Título brasileiro : «Audazes e Malditos».
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