segunda-feira, 4 de março de 2013

«RAQUEL, A ESCRAVA BRANCA»»

Produzida em 1948 para a RKO, «RAQUEL, A ESCRAVA BRANCA» («Rachel and the Stranger») teve realização de Norman Foster e foi protagonizada por Loretta Young, William Holden, Robert Mitchum e por toda uma plêiade de bons actores secundários; de entre os quais será justo destacar o jovem Gary Gray. Filmado a preto e branco e com 92 minutos de duração, «RAQUEL, A ESCRAVA BRANCA» conta-nos uma história de pioneiros, vivida no dealbar do século XIX; quando a América do norte -já em plena expansão para o Oeste- era o palco de um puritanismo rigoroso, intransigente. A figura central da fita é uma serva branca comprada por um fazendeiro viúvo, que se vê obrigado a casar-se com ela para calar as línguas viperinas dos seus vizinhos. Mas esse matrimónio de interesses acaba por transmutar-se em união de amor e de respeito, quando Davey Harvey (o senhor de Raquel) descobre que a sua nova esposa é da estirpe das autênticas mulheres da fronteira. Uma mulher admirável, que, para além das suas obrigações domésticas e de mãe de substituição, também é capaz de empunhar uma espingarda e de dispará-la, friamente, contra os ferozes pele-vermelhas que assaltam a fazenda  e que ameaçam a integridade física da sua nova família. Sem ser uma fita de qualidade excepcional, «RAQUEL, A ESCRAVA BRANCA» foi um dos grandes sucessos de bilheteira do ano de 1948.  Isso, porque foi estreado numa altura em que Mitchum (um dos actores principais da película) estava preso por consumo de drogas e que um apelo ao boicote do filme foi sugerido por algumas publicações puritanas da costa oeste dos 'states'. Aconteceu, porém, que o povão se esteve macacando para essa gente (tão parecida com os austeros colonos do século XIX retratados na película) e acorreu, em massa, às salas que exibiam a fita. Numa reacção que a todos surpreendeu ! Esta fita (da qual eu tenho uma óptima cópia DVD) chama-se, no Brasil, «O Homem que eu Amo» ou «Raquel e o Estranho».

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