sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A OPERETA «ROSE MARIE» NOS ECRÃS DE CINEMA

A primeira adaptação cinematográica da opereta «ROSE MARIE» -que fizera sucesso nos palcos da Broadway em meados da terceira década do século XX- ocorreu em 1928, quando Lucien Hubbard realizou -por encomenda da M.G.M.- uma fita (obviamente muda) que teve Joan Crawford e James Murray nos papéis principais. Nunca tive o ensejo e ver esta película, que está, aliás, dada como desaparecida. Dela subsistem, apenas alguns cartazes e outro material publicitário do tempo. Em 1928, este filme mudo era, naturalmente, acompanhado por uma orquestra, que reproduzia as músicas originais da peça. Este filme era exibido com intertítulos e tinha uma duração de 70 minutos.
Em 1936, «ROSE MARIE» foi, de novo, levada aos écrãs de cinema -outra vez por conta da Metro Goldwyn-Mayer- graças a uma realização de W. S. Van Dyke. Essa fita (com 102 minutos de duração) teve por base um 'libretto' de Frances Goodrich e de Albert Hackett e a sua partitura musical tinha assinaturas de Rudolf Friml e de Herbert Stothart. Os principais papéis desta fita, com fotografia a preto e branco, eram desempenhados por Jeanette MacDonald e por Nelson Eddy. Vi esta película há muitos anos na TV francesa, provavelmente no quadro de uma emissão do tipo 'Cine Clube'.
No ano de 1954, a Metro Goldwyn-Mayer voltou a fazer nova versão de «ROSE MARIE», propondo, dessa vez, uma luxuosa película colorida e em cinemascope, que Mervyn LeRoy realizou. O par vedeta era formado pela bela e delicada Ann Blyth e por Howard Keel. A história contada (comum aos três filmes citados, mas com algumas diferenças) é a dos amores da bela Rose Marie por Bruce, um garboso sargento da Real Polícia Montada do Canadá. Embora fora de moda, é com muito gosto que aqui evoco um subgénero que também teve o seu lugar no cinema western. E que até granjeou -sobretudo entre os anos 30 e a década de 50- muitíssimos adeptos. Basta saber do sucesso que teve, entre outras, uma película como «Sete Noivas para Sete Irmãos»... Ainda relativamente a «ROSE MARIE», quero dizer que, das duas versões sobreviventes, só a dirigida por Mervyn LeRoy (que, lembramos, também foi o realizador do monumental «Quo Vadis») me é familiar. Até porque foi a única que mereceu uma reprodução em DVD. Nomeadamente no Brasil, onde a respectiva cópia foi editada pela Classic Line com legendagem em língua portuguesa. Refiro que esta derradeira versão de «ROSE MARIE» (115 minutos) se distinguiu pelo facto de apresentar novas músicas e melodias inéditas.

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