quinta-feira, 29 de novembro de 2012

«SETE DIAS DE PERSEGUIÇÃO»


«SETE DIAS DE PERSEGUIÇÃO» («The Command») é um excelente western militar, que ficámos a dever ao cineasta David Butler. Produzido para a Warner Brothers, conta a história de um oficial médico, que, aquando de uma saída da sua unidade de cavalaria para executar uma missão em território dos pele-vermelhas, se vê constrangido (depois da morte de todos os outros oficiais) a assumir o comando da tropa em campanha. Isso, numa situação militar melindrosa, que se vai complicar com o aparecimento de um surto de vericela numa caravana sob escolta. Realizado em 1954, «SETE DIAS DE PERSEGUIÇÃO» foi 'estrelado' (como dizem os brasileiros)  pelo garboso Guy Madison, pela bonita Joan Weldon e pelo veterano James Whitmore. Este último teve uma apreciável interpretação no papel de um sargento, inicialmente perturbado por ver um impreparado maçarico exercer o comando -que devido ao seu conhecimento do terreno e à sua experiência de chefia deveria ter-lhe sido confiado- mas que acabará por, disciplinadamente, aceitar a situação e por colaborar com um oficial que é, afinal, mais competente e mais corajoso do que ele imaginava...
Esta fita foi a primeira da Warner a ser filmada em CinemaScope e pôde beneficiar de outra técnica então pouco comum : o som estereofónico. A fotografia colorida de Wilfrid Cline é, também ela, excelente, assim como a música de fundo, que é da autoria do consagrado compositor e maestro Dimitri Tiomkin. De notar ainda que esta singular história foi inspirada por uma novela de James Warner Bellah, adaptada ao cinema por Russell Hugues e por Samuel Fuller. A duração desta película (que ainda não mereceu a atenção dos editores de vídeo, vá lá saber-se porquê ?) é de 88 minutos.
Títulos : no Brasil «Sob o Comando da Morte»; em Espanha «Retaguardia»; em França «La Poursuite Dura Sept Jours». Curiosidade : David Butler, que realizou uma boa centena de filmes, raramente dirigiu fitas do género western. Destas, as mais famosas foram, sem dúvida, «Santo António, Cidade sem Lei» (com Errol Flynn) e «As Diabruras de Jane» (com Doris Day).

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